segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Altamiro Borges: Vaza Jato, mijar na rua e super-heróis

Altamiro Borges: Vaza Jato, mijar na rua e super-heróis

Altamiro Borges: Juiz de garantia contra abusos de autoridade

Altamiro Borges: Juiz de garantia contra abusos de autoridade

Altamiro Borges: O que são os "paraísos fiscais"?

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Altamiro Borges: Leonardo Boff e a tragédia em Brumadinho

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Altamiro Borges: Brasil-EUA: Do Banestado à Lava-Jato

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Altamiro Borges: Bolsonaro e os livros didáticos

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Altamiro Borges: Um ano do crime da Vale em Brumadinho

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Altamiro Borges: Paulo Guedes, o ministro vende pátria

Altamiro Borges: Paulo Guedes, o ministro vende pátria

DENÚNCIA - Gestão da Petrobras levou homens armados para audiência no MP...

Poder das milícias afeta democracia

Boa Noite 247 (26.1.20): O desafio da esquerda nas redes sociais

VAI SER DÍFICIL

��CORONAVÍRUS, CORONAVIRUS, CHINA PERDEU CONTROLE!

��CORONAVÍRUS, CORONAVIRUS, CONSPIRAÇÃO ???

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Receita Federal de Bolsonaro parte para a guerra e multa celebridades da Globo

Receita Federal de Bolsonaro parte para a guerra e multa celebridades da Globo: No total, mais de 30 celebridades receberam as autuações da Receita Federal, em razão de receberem seus salários como pessoas jurídicas, e não pessoas físicas. Advogado vê perseguição do bolsonarismo contra a Globo

(vídeo) Zélia Duncan sobre Regina Duarte no governo Bolsonaro: 'sentimento de traição'

(vídeo) Zélia Duncan sobre Regina Duarte no governo Bolsonaro: 'sentimento de traição': Cantora lembra da personagem Malu Mulher, representado por Regina Duarte no final dos anos 1970. 'Uma mulher de luta, uma mulher que sabe como é difícil ser mulher. A Malu não pode nos trair. E foi esse o sentimento que eu tive'

Altamiro Borges: Guedes foi um desastre na Suíça

Altamiro Borges: Guedes foi um desastre na Suíça

Altamiro Borges: Alvim, nazismo e o momento da vergonha

Altamiro Borges: Alvim, nazismo e o momento da vergonha

Altamiro Borges: Racismo alimenta ações genocidas da polícia

Altamiro Borges: Racismo alimenta ações genocidas da polícia

Altamiro Borges: Lula receberá prêmio mundial em Madri

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Reinaldo Azevedo: Luiz Fux, o esbirro de Sergio Moro

A MENSAGEM DIRETA DE ZÉLIA DUNCAN PARA REGINA DUARTE!

Mino Responde: 2020 pode ser o último ano de Bolsonaro na presidência?

Reinaldo Azevedo: Alvo do MPF não é Glenn, mas a liberdade de imprensa

Reinaldo Azevedo: Abre o olho, Bolsonaro! Demita Sergio Moro

Bom dia 247: Bolsonaro frita Moro (24.1.20)

O É da Coisa, com Reinaldo Azevedo - 23/01/2020

Reinaldo Azevedo: "Assumam que vocês erraram nessa história de 'caixa-pr...

Reinaldo Azevedo: Luiz Fux, o esbirro de Sergio Moro

Reinaldo Azevedo: Luiz Fux, o esbirro de Sergio Moro

Xadrez da radicalização política

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

GIRAMUNDO: O VEXAME GUEDES

Por que humanos escravizam outros humanos ontem e hoje

Por que humanos escravizam outros humanos ontem e hoje: O teólogo Leonardo Boff indaga sobre o mal da escravidão. Ele diz: 'não sentir os outros como nossos semelhantes e não ter empatia para com eles é o “nosso pecado original”, origem da escravidão de ontem e de hoje e do sistema de sistemática exploração das pessoas em função da acumulação privada, do eu sem os outros'

O governador do Maranhão, Flavio Dino, fala sobre a necessidade de a esq...

Altamiro Borges: A economia para os 99%

Altamiro Borges: A economia para os 99%

Altamiro Borges: Glenn Greenwald e o estado de exceção

Altamiro Borges: Glenn Greenwald e o estado de exceção

Blog do Roberto Moraes: Será mesmo que evoluímos muito desde o feudalismo ...

Blog do Roberto Moraes: Será mesmo que evoluímos muito desde o feudalismo ...: Matéria do Valor  " Desigualdade globa está fora de controle " (veja aqui ) sobre a pesquisa da Oxfam, divulgada em mais um evento...

Altamiro Borges: A luta no front da educação

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Altamiro Borges: Bolsonaro e o futuro da cultura

Altamiro Borges: Bolsonaro e o futuro da cultura

Altamiro Borges: Glenn Greenwald é perseguido pelo MPF

Altamiro Borges: Glenn Greenwald é perseguido pelo MPF

O caso Glenn Greenwald e o estado de exceção

O caso Glenn Greenwald e o estado de exceção

Jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, fala sobre a Vaza J...

Bernie Sanders defende Glenn e exige que governo Bolsonaro pare de atacar a liberdade de imprensa

Bernie Sanders defende Glenn e exige que governo Bolsonaro pare de atacar a liberdade de imprensa: O senador Bernie Sanders, pré-candidato do Partido Democrata à presidência da República nos Estados Unidos, manifestou solidariedade ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, e fez dura advertência ao governo de Bolsonaro

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Obrigado, Paulo Guedes, muito obrigado de verdade!

Obrigado, Paulo Guedes, muito obrigado de verdade!: Em um texto irônico, Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia, agradece ao ministro da Economia 'por ter me trazido a luz' em sua declaração absurda em Davos, de que os pobres destroem o meio ambiente quando têm fome. 'Além de tudo que eu já achava de você, agora sei que sua prepotente indecência e sua imbecilidade não conhecem limites', escreve o colunista

Altamiro Borges: A reunião nacional da campanha Lula Livre

Altamiro Borges: A reunião nacional da campanha Lula Livre

Altamiro Borges: A farsa de Guaidó sobre a TeleSur

Altamiro Borges: A farsa de Guaidó sobre a TeleSur

Altamiro Borges: A ofensiva contra o funcionalismo público

Altamiro Borges: A ofensiva contra o funcionalismo público

Altamiro Borges: A luta no front da educação

Altamiro Borges: A luta no front da educação

Denúncia do MPF contra Glenn desrespeita decisão de Gilmar Mendes, do STF

Denúncia do MPF contra Glenn desrespeita decisão de Gilmar Mendes, do STF: Em agosto passado, o ministro Gilmar Mendes deferiu liminar na qual vetou que o jornalista fosse incriminado no caso da Vaza Jato. O procurador Wellington Divino Marques de Oliveira, que assina a ação, faz um malabarismo e diz que a decisão de Gilmar não foi descumprida. Glenn poderá recorrer ao STF por descumprimento

Guedes vai anunciar em Davos abertura do Brasil para empreiteiras internacionais

Guedes vai anunciar em Davos abertura do Brasil para empreiteiras internacionais: Depois da destruição das construtoras brasileiras com a Operação Lava Jato, virá agora o golpe de misericórdia: o mercado nacional de compras governamentais será aberto às empresas estrangeiras e o anúncio será feito por Paulo Guedes em Davos, na Suíça

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Como a Lava Jato deixou de lado a maior corrupção do planeta

Altamiro Borges: Petardo: Frota e Joice detonam Bolsonaro

Altamiro Borges: Petardo: Frota e Joice detonam Bolsonaro: Por Altamiro Borges O deputado Alexandre Frota, o ex-bolsonarista que virou tucano, admitiu no sábado (18) pelo twitter que as artistas...

Tacla Duran diz que Diogo Mainardi ainda será investigado

Tacla Duran diz que Diogo Mainardi ainda será investigado: 'Apoia mesmo [a Lava Jato] e bastante, porque quando parar de apoiar será investigado e processado', escreveu o ex-advogado da Odebrecht Tacla Duran em resposta à provocação do dono do site O Antagonista acerca das novas revelações da Vaza Jato

Altamiro Borges: Racismo e abusos do McDonald's... nos EUA

Altamiro Borges: Racismo e abusos do McDonald's... nos EUA

Altamiro Borges: Lava-Jato usa o site "O Antagonista"

Altamiro Borges: Lava-Jato usa o site "O Antagonista"

Altamiro Borges: Trump sobrevive no Senado. Qual o dano?

Altamiro Borges: Trump sobrevive no Senado. Qual o dano?

Altamiro Borges: A reunião nacional da campanha Lula Livre

Altamiro Borges: A reunião nacional da campanha Lula Livre

Vaza Jato revela o esquema de o Antagonista com Deltan Dallagnol

Blog do Roberto Moraes: Dowbor: "Segundo a Forbes, o Brasil tem 206 bilion...

Blog do Roberto Moraes: Dowbor: "Segundo a Forbes, o Brasil tem 206 bilion...: A afirmação foi feita pelo professor Ladislaw Dowbor da PUC-SP em interessante entrevista ao site Humanitas da Unisinos publicada hoje. La...

Blog do Roberto Moraes: Excedentes econômicos da produção de petróleo e a ...

Blog do Roberto Moraes: Excedentes econômicos da produção de petróleo e a ...: Até a década de 70, o preço do petróleo estava na casa dos US$ 2 dólares. No período entre 2010 e 2014, o barril de petróleo, pela primeira ...

POLÍTICA - Contra o PT vale tudo.


De Schimtt e Goebbels – Quando o TRF-4 usou um jurista nazista para livrar a cara de Moro por um crime, por José Chrispiniano

Foi um relatório de 5 páginas do desembargador federal Rômulo Pizzolatti, em setembro de 2016, que sacou do porão da história a doutrina jurídica de Carl Schmitt, o jurista do nazismo, para não punir Sérgio Moro

De Schimtt e Goebbels – Quando o TRF-4 usou um jurista nazista para livrar a cara de Moro por um crime

por José Chrispiniano

Não foi um vídeo de Roberto Alvim de 6 minutos sobre política cultural com plágio de fala de Joseph Goebbels no dia 16 de janeiro de 2020. Foi um relatório de 5 páginas do desembargador federal Rômulo Pizzolatti em setembro de 2016, referendado por uma votação de 13 desembargadores contra 1 no Tribunal Regional da 4º Região, que abarca os 3 estados do Sul do Brasil, que sacou do porão da história a doutrina jurídica de Carl Schmitt, o jurista do nazismo, para não punir Sérgio Moro de um crime explícito e assumido cometido pelo então juiz às vistas do país inteiro.
O caso, do ponto de vista objetivo, era pornográfico, explícito: Sérgio Moro, no dia 16 de março, cometeu um crime ao divulgar ilegalmente interceptação telefônica de uma conversa da então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sem autorização judicial. A gravação não tinha autorização judicial porque ele mesmo a havia suspendido duas horas antes do telefonema interceptado e divulgado.
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Advogados representaram no tribunal apontando que Moro havia cometido um crime previsto na legislação. O crime de interceptação telefônica ilegal e sua divulgação, delitos previsto em lei, cometido por um juiz que deveria ser o protetor da ordem legal, contra a autoridade máxima eleita, a presidente da República, documentado e admitido pelo próprio Moro. O TRF-4 então passa a ter um problema não óbvio: como fazer o que queriam, livrar a cara do juiz celebridade, e não simplesmente executar a lei e punir Moro? Como justificar isso juridicamente, em um texto?
Roberto Alvim plagiou Goebbels mas não avisou isso no vídeo, claro.
Pizzolatti embasou seu relatório dizendo que a norma jurídica incide sobre o plano da “normalidade”, mas que não se aplicaria em “situações excepcionais”. Para isso, usou uma citação do jurista e ex-ministro do Supremo Eros Grau, do seu livro “Ensaio e Discurso sobre a Interpretação/Aplicação do Direito”. Foi essa a citação no relatório, para a qual vou chamar atenção depois para uma palavra:
“De início, impõe-se advertir que essas regras jurídicas só podem ser corretamente interpretadas à luz dos fatos a que se ligam e de todo modo verificado que incidiram dentro do âmbito de normalidade por elas abrangido. É que a norma jurídica incide no plano da normalidade, não se aplicando a situações excepcionais, como bem explica o jurista Eros Roberto Grau: A ‘exceção’ é o caso que não cabe no âmbito da ‘normalidade’ abrangida pela norma geral. A norma geral deixaria de ser geral se a contemplasse. Da ‘exceção’ não se encontra alusão no discurso da ordem jurídica vigente. Define-se como tal justamente por não ter sido descrita nos textos escritos que compõem essa ordem. É como se nesses textos de direito positivo não existissem palavras que tornassem viável sua descrição. Por isso dizemos que a ‘exceção’ está no direito, ainque que não se encontre nos textos normativos do direito positivo. Diante de situações como tais o juiz aplica a norma à exceção ‘desaplicando-a’, isto é, retirando-a da ‘exceção [Agamben 2002:25]. A ‘exceção’ é o fato que, em virtude de sua anormalidade, resulta não incidido por determinada norma. Norma que, em situação normal, o alcançaria (GRAU, E. R. Por que tenho medo dos juízes (a interpretação/aplicação do direito e os princípios). 6ª ed. refundida do Ensaio e Discurso sobre a Interpretação/Aplicação do Direito. São Paulo: Malheiros, 2013. p. 124-25)”
O texto citado pelo desembargador como citação também tem uma citação. A palavra chave é “Agamben”, do filósofo italiano Giorgio Agamben. Eros Grau no seu trecho está analisando não uma norma jurídica, mas o livro (excelente, por sinal) “Estado de Exceção” (Boitempo) de Giorgio Agamben. Esse livro analisa, criticamente, a natureza do Estado de Exceção (instrumento contraditório com a lei e a democracia, mas presente em praticamente todas as constituições) e os conceitos do jurista que deu base teórica e “ legal” ao nazismo, Carl Schmitt. O trecho citado por Eros Grau não é uma jurisprudência legal baseada nas leis brasileiras: é um comentário sobre uma análise do direito nazista. Essa citação é apresentada assim, como fato, no relatório que recebeu voto favorável de 13 desembargadores da região Sul do Brasil “É que a norma jurídica incide no plano da normalidade, não se aplicando a situações excepcionais, como bem explica o jurista Eros Roberto Grau”. Quem decreta a situação de excepcionalidade? Na prática, foi como se o TRF-4 já desse como válido um “excludente de ilicitude” para Moro, que talvez agiu sobre “forte emoção. A formatação de texto clichê de decisão jurídica do relator torna banal a gravidade dele, que seria entendida de forma clara se dita de outra forma: foda-se a lei!
O resumo do caso: só havia um jeito do TRF-4, provocado pela sociedade, não reagir aplicando a lei e punindo Sérgio Moro por cometer um crime: suspendendo a lei. E só havia um jeito de um tribunal de leis buscar alguma fundamentação conceitual para justificar isso: buscar conceitos em Carl Schmitt, no direito nazista.
Na prática, Moro no episódio do grampo, e o TRF4, ao isentá-lo de punição pelo crime cometido, “suspenderam a lei”, o tal do “rule of law” que alguns gostam tanto de pronunciar em discursos como se tivessem uma batata na boca. Instituíram o vale tudo. Escreveram isso, não no aplicativo Telegram, onde tal questão foi chamada pelo procurador Deltan Dallagonol em mensagem privada de “filigrama jurídica”, mas em uma decisão judicial:
“Ora, é sabido que os processos e investigações criminais decorrentes da chamada ‘Operação Lava-Jato’, sob a direção do magistrado representado, constituem caso inédito (único, excepcional) no direito brasileiro. Em tais condições, neles haverá situações inéditas, que escaparão ao regramento genérico, destinado aos casos comuns” – Rômulo Pizzolatti setembro de 2017
Mas se um tribunal de aplicação leis decide que não precisa mais seguir leis, seu poder baseia-se no que? No poder de dizer quando as leis valem e quando elas não valem? Se a Lava Jato não segue a lei, ela segue o que? Um advogado atua nele como? Como ler suas decisões?
Rápida digressão: o desembargador escreve que a Lava Jato estava “sob a direção” de Moro. Estranho, não? Fim da digressão.
Voltando ao livro de Agamben, cujo autor provavelmente jamais imaginaria que seria usado para reanimar – e ser aplicado em um caso específico – o horror que ele estudou: “0 estado de exceção apresenta-se, nessa perspectiva, como um patamar de indeterminação entre democracia e absolutismo.”
Bem vindos ao Brasil talvez acima de tudo. Em alemão, Brasil acima de tudo é Brasilien Über Alles. Foi o slogan de campanha e é o mote do presidente eleito em 2018, Jair Bolsonaro. Não se chega à um ministro da Cultura que segue a política para área de Goebbels do dia para a noite nem por acaso, nem sem aviso. Em alemão, Alemanha acima de tudo é “Deutschland Über Alles”, e gritar isso em logradouro público naquele país é crime.
Na primeira audiência do caso do Tríplex do Guarujá, julgado por Moro contra Lula, ouviu-se o ex-senador tornado delator Delcídio do Amaral. Posteriormente, em um processo contra Lula do qual ele foi inocentado na justiça de Brasília, Delcídio foi considerado mentiroso pelo juiz. Mas no dia 21 de novembro de 2016 ele prestou depoimento como testemunha para Sérgio Moro, e seu depoimento está na sentença final dele. Durante a audiência o então juiz se irritou com a defesa: ““A defesa pelo jeito vai ficar levantando questões de ordem a cada dois minutos nesta inquirição. É inapropriado, doutor. Estão tumultuando a audiência”. Um dos advogados de Lula, José Roberto Battochio, retrucou que o juiz não é dono do processo e disse: ““Se vossa excelência quiser eliminar a defesa… E eu imaginei que isso já tivesse sido sepultado em 1945 pelos aliados e vejo que ressurge aqui, nesta região agrícola do nosso país. Se vossa excelência quiser suprimir a defesa, então eu acho que não há necessidade nenhuma de nós continuarmos essa audiência .” A audiência e o processo continuaram. Muita gente no Paraná não gostou de ser chamado de habitante de “região agrícola”, outros se orgulharam disso. A referência aos derrotados pelos aliados causou menos reação. As vezes uma declaração em um determinado tempo parece um arroubo exagerado de retórica. Mas o tempo passa.
A condenação de Lula por Moro e pelo TRF-4 o impediu de disputar as eleições de 2018, nas quais liderava por ampla margem as pesquisas. Sem Lula, venceu Jair Bolsonaro, Über Alles.
Quem defende a condenação garante que ela seguiu a lei e a normalidade do processo legal. Mas, curiosamente, há uma decisão do TRF-4 que diz que Moro e a Lava Jato não precisariam seguir o “regramento genérico” para “casos comuns”. Quem diz que o caso é excepcional não sou eu, é o TRF-4. Por 13 votos contra um.
No governo onde Alvim era ministro da Cultura e Bolsonaro presidente, o Ministro da Justiça é Sérgio Moro. Ele foi juiz, dirigiu e julgou (bateu escanteio e cabeceou) uma operação de combate à corrupção. Cometeu um crime aos olhos de todo o país. E nunca foi punido em uma decisão baseada em conceitos do jurista do nazismo Carl Schmitt. Ninguém se indignou.
Íntegra do relatório de Pizzolatti: https://www.conjur.com.br/…/lava-jato-nao-seguir-regras…
Fala de Battochio em audiência com Moro: https://www.gazetadopovo.com.br/…/advogado-de-lula…/

POLÍTICA - Fake news.


1/3 dos vídeos nas redes veiculam ‘fake news’ e a extrema-direita impera

Deslange Paiva e Thiago Lavado, do G1, publicam a informação sabida, mas espantosa, pela quantidade.
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que nada menos que um terço dos vídeos veiculados pelo Whatsapp, com origem no Youtube, estão recheados com mentiras e, pelo relato, a imensa maioria com a ação de fanáticos de extrema-direita.
São ONGs ateando fogo na Amazônia, Lula mandando invadir Roraima, Bolsonaro prometendo intervenção militar e outras sandices do gênero, que representam mais de 5 milhões de visualizações no Youtube, dados coletados a partir do monitoramento de 490 grupos de mensagens instantâneas.
Estenda isso para as centenas de milhares de grupos existente e imagine o grau da repercussão deste lixo.
É claramente improvável que esta seja uma aberração espontânea. Bobagens e tolices na rede existem desde que elas foram criadas mas, de tempos para cá, elas começaram a ser claramente orquestradas por grupos extremistas.
O curioso é que as plataformas, tão rápidas e implacáveis ao bloquear qualquer imagem de nudez, inclusive a de uma tribo indígena com o Marechal Rondon, como aconteceu comigo, assistem impávidas este absurdo e, até, deixam que eles sejam feitos, como revela a reportagem, em canais que remuneram seus autores pelas visualizações.
Mas, para isso, o Ministério Público não tem tempo, não é?

Lava Jato usou site O Antagonista para interferir na escolha do presidente do Banco do Brasil, diz Intercept

Lava Jato usou site O Antagonista para interferir na escolha do presidente do Banco do Brasil, diz Intercept: De acordo com um novo capítulo da Vaza Jato, em fins de 2018, a força-tarefa da Operação Lava Jato municiou com documentos o site O Antagonista 'para alimentar notícias que evitassem que o ex-presidente da Petrobras Ivan Monteiro ocupasse a presidência do banco'. 'O comentarista Diogo Mainardi, dono e editor do site, acatou pedido de Dallagnol', diz a reportagem

domingo, 19 de janeiro de 2020

Altamiro Borges: O desmonte da Casa de Rui Barbosa

Altamiro Borges: O desmonte da Casa de Rui Barbosa: Por Roberto Amaral, em seu blog: Escrevo sobre a mais recente agressão do governo à inteligência: a razia que desmontou a área de pesquisa ...

Altamiro Borges: Os resistentes da Casa de Rui Barbosa

Altamiro Borges: Os resistentes da Casa de Rui Barbosa: Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior : "Para mudar um regime político é preciso antes destruir a sociedade", diz o mantr...

Altamiro Borges: A luta contra as demissões na Petrobras

Altamiro Borges: A luta contra as demissões na Petrobras

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Altamiro Borges: O fenômeno Bernie Sanders nos EUA

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Altamiro Borges: Guaidó tenta dar um golpe na TeleSur

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Altamiro Borges: Quem foi Goebbels,a voz do nazismo

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Altamiro Borges: Tem nazistas no governo Bolsonaro

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Altamiro Borges: O discurso e a prática nazista no governo

Altamiro Borges: O discurso e a prática nazista no governo

sábado, 18 de janeiro de 2020

POLÍTICA - "Nova Política"

COMO ERA E COMO É: CHEFE DA SECOM MONTA PUXADINHO NO PLANALTO

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Nos primeiros dias do governo Lula, estava na minha sala na Secretaria de Imprensa e Divulgação (SID), quando a dona de uma revista de Brasília veio me procurar.
Queria anúncios do governo para a sua publicação e eu lhe expliquei que não cuidava dessa área.
Publicidade governamental era uma atribuição da Secom, chefiada pelo ministro Luiz Gushiken. Eu só cuidava das relações institucionais com a imprensa.
A mulher não se fez de rogada e foi direta ao assunto:
“Eu sei disso, mas você não está me entendendo. Vim aqui só para acertar um sistema fifty-fifty, entendeu? Metade da verba pra mim, metade pra você”.
Não, fingi que não entendi. Não, não conhecia esse sistema e pedi para a mulher se retirar antes que eu chamasse a segurança.
Nunca mais voltou, e me fez um favor: espalhou para o mercado de Brasília que eu era um petista xiita, um maluco com quem não tinha nem conversa.
Eu era um estranho no ninho, deviam me achar um ET.
Para espanto dos que queriam fazer negócios ou ocupar cargos, mantive a maior parte da equipe da SID, profissionais de carreira que trabalhavam com minha amiga Ana Tavares, secretária de Imprensa de FHC durante todo o seu governo.
Fui para Brasília acompanhando o presidente eleito Lula, depois de trabalhar como assessor de imprensa em três campanhas presidenciais, ganhando menos da metade do meu salário anterior na Folha.
Antes de assumir, pedi à minha mulher, uma pesquisadora respeitada no mercado, que ajudou a criar o Datafolha, para cancelar o contrato com o Ministério da Saúde, onde prestava serviços há anos na época de José Serra.
Não pegaria bem os dois trabalharem para o governo. Poderia parecer nepotismo.
Na mesma época, José Alencar, o vice de Lula, tinha nomeado um irmão para trabalhar no governo e foi detonado pela imprensa.
No dia seguinte, depois de uma rápida conversa que tivemos, a nomeação do irmão foi cancelada.
E não se falou mais no assunto. Eram outros tempos.
Agora, depois da denúncia da Folha, de que o chefe da Secom, Fabio Wajngarten, tinha montado um puxadinho da sua empresa privada no Palácio do Planalto, para atender aos dois lados do balcão, como cliente e fornecedor, o presidente Jair Bolsonaro deu de ombros aos questionamentos da imprensa, e disse que manteria o auxiliar no cargo:
“Se foi ilegal, a gente vê lá na frente”.
Lá na frente, quando? Eleito com a bandeira do combate à corrupção, em nome da “nova política”, o capitão faz as suas próprias leis como qualquer aiatolá.
Todas as denúncias contra o governo para ele são fake news porque, na sua realidade virtual, simplesmente não existe corrupção no  governo, por mais provas que apareçam, envolvendo inclusive a sua própria família.
Como é que podem a Record e o SBT, clientes da empresa do secretário, receber um valor de publicidade do governo bem maior do que o da Globo, emissora líder, que tem uma audiência maior do que os dois concorrentes juntos?
No ano passado, a Secom movimentou uma verba de R$ 197 milhões em campanhas publicitárias.
Como fui besta… Em 2004, deixei o governo porque nossa renda familiar já não cobria as despesas.
Será por acaso que essas duas emissoras fazem “entrevistas exclusivas” a toda hora com Bolsonaro e sua família, os repórteres só levantando a bola, desde o tempo em que o candidato fugia dos debates “por razões médicas”?
É tudo tão grosseiro, tão grotesco, tão na cara, que eles nem se preocupam em esconder a parceria público-privada comandada por Wajngarten, que cuida ao mesmo tempo das relações com a imprensa e das verbas de publicidade. Dá com uma mão e tira com a outra, tudo dentro da lei, é claro.
Se aquela envolvente dona da revista de Brasília aparecesse agora no Palácio do Planalto, ninguém chamaria a segurança.
É bem provável que ela também tenha feito campanha para “tirar o PT daqui”.
Vida que segue.

Altamiro Borges: Esquema de corrupção na Secom de Bolsonaro

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Altamiro Borges: As pretensões políticas de Luciano Huck

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Altamiro Borges: Lawfare é uma arma geopolítica!

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Altamiro Borges: O terraplanismo de Paulo Guedes

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Altamiro Borges: Como funciona o imperialismo americano?

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Altamiro Borges: A admiração de Bolsonaro pelo nazismo

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Altamiro Borges: A luta contra as demissões na Petrobras

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Além de errar na correção do Enem, Inep também assassinou a língua portuguesa

Além de errar na correção do Enem, Inep também assassinou a língua portuguesa: Tweet do instituto que elabora as provas do Enem escreveu 'vizualizações', provocando onda de revolta na internet

Toda menina baiana

Os ataques aos direitos dos desaparecidos, o caso Gugu e a regulação da ...

A guerra contra o Brasil: como funciona o imperialismo americano

A guerra contra o Brasil: como funciona o imperialismo americano

Altamiro Borges: A admiração de Bolsonaro pelo nazismo

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O discurso e a prática nazista do governo Bolsonaro

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Richard Wagner - Lohengrin - Prelude

Altamiro Borges: Corrupção virou bandeira política nos EUA

Altamiro Borges: Corrupção virou bandeira política nos EUA

Altamiro Borges: As bases do fascismo no Brasil

Altamiro Borges: As bases do fascismo no Brasil

Altamiro Borges: Dilma comenta "Democracia em Vertigem"

Altamiro Borges: Dilma comenta "Democracia em Vertigem"

A German Life Trailer 1

Descontrolado com a corrupção de seu governo, Bolsonaro volta a insultar mãe de jornalista

Descontrolado com a corrupção de seu governo, Bolsonaro volta a insultar mãe de jornalista: Jair Bolsonaro demonstrou mais uma vez total descontrole emocional ao ser questionado sobre o escândalo que envolve seu secretário de Comunicação, que recebe dinheiro das empresas para as quais direciona publicidade, num caso flagrante de conflito de interesse. “Você está falando da sua mãe?”, indagou a um jornalista que tentava realizar seu trabalho

Formandos da USP fazem intervenção contra ministra da Agricultura Tereza...

O terraplanismo de Paulo Guedes e a destruição da Receita

COMO A ANTICORRUPÇÃO VIROU BANDEIRA POLÍTICA DOS EUA - EP.1 - #LavaJatoL...

Lula: "Não podemos permitir que a mentira vença outra vez"

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Entrevista com Beatriz Bissio: Entenda o que está acontecendo no conflit...

COMO A ANTICORRUPÇÃO VIROU BANDEIRA POLÍTICA DOS EUA - EP.1 - #LavaJatoL...

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Bolsonaro ataca jornalista e insulta todos os japoneses que vivem no Brasil

Bolsonaro ataca jornalista e insulta todos os japoneses que vivem no Brasil: Em discurso no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro se referiu à brasileira Thaís Oyama, autora de livro que revela bastidores do Planalto: 'a nossa imprensa tem medo da verdade. Deturpam o tempo todo. Mentem descaradamente. Trabalham contra a democracia, como o livro dessa japonesa, que eu não sei o que faz no Brasil'. Como milhões de brasileiros, Thaís é descendente de japoneses

Lula a Bolsonaro: livro ‘tem muita coisa escrita’, mas vale ler este pra...

Altamiro Borges: Petra Costa no programa Entre Vistas

Altamiro Borges: Petra Costa no programa Entre Vistas

POLÍTICA - O cara é realmente um espanto!

CAPITÃO JAIR DETONA FILME QUE NÃO VIU E LIVRO QUE NÃO LEU

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Entre outros problemas cognitivos, o capitão Jair Bolsonaro, nosso presidente da República, tem sérias dificuldades para lidar com a verdade factual.
Há uma incompatibilidade visceral entre a realidade e as fantasias do máximo mandatário.
De volta as férias, partiu com os dois pés para cima do documentário “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, que concorre ao Oscar, e do livro”Tormenta”, da jornalista Thaís Oyama, sobre o seu primeiro ano de governo.
Gosto não se discute, mas esse caso é mais grave porque ele confessou que não viu o filme nem leu o livro.
Aliás, o ex-militar não se dá bem com o cinema e a literatura, e com a cultura em geral, que ele abomina como coisa de comunistas.
Seu repertório nessa área deve se limitar a filmes de bangue-bangue e livrinhos de sacanagem, a julgar pelo seu palavreado chulo.
Para ele, que governa montado num esquema industrial de mentiras, é tudo ficção quando as verdades factuais não lhe agradam.
“O livro é fake news, mentiroso e não vou responder sobre o livro”, disse aos jornalistas no cercadinho do Alvorada.
“Vocês têm uma colega de vocês que fez um livro que leu meu pensamento. Acho que não tenho que conversar com vocês, é só escrever o que você achar”.
O mesmo ele falou sobre o filme que se orgulha de não ter visto, o único concorrente do cinema brasileiro ao Oscar.
Só um detalhe: o filme foi exibido pela multinacional Netflix e o livro editado pela Companha das Letras, a maior e mais competente editora brasileira.
No melhor estilo Trump, ele não entra em detalhes, não argumenta. Apenas detona, vira as costas, e vai embora fazendo cara de mau.
Ao ouvir o nome do desaparecido fantasma Queiroz, decretou: “Acabou a entrevista”.
Com a previdência em colapso, depois da reforma, Bolsonaro está preocupado é em fazer uma campanha pregando a abstinência sexual no Carnaval, uma obsessão da ministra-pastora Damares.
Não sei como ainda não proibiram a cerveja, o confete e a serpentina. Eles abominam a alegria, a música, a festa.
Estão sempre em guerra contra o mundo, em seu universo particular feito de confrontos, tristezas, destruição e mortes, num país que gostava de celebrar a vida.
Quando a coisa aperta, chamam os militares. Vão convocar 7 mil fardados de pijama para cuidar das filas do INSS, onde multidões de desesperados são tratados como gado.
É tudo tão louco que o governo vai gastar mais R$ 9,5 bilhões até o final do ano para “adaptar” o INSS à reforma, feita exatamente para combater o rombo fiscal e tornar mais difícil a vida dos aposentados.
Parece mesmo ficção, mas é tudo real.
Vida que segue.