sexta-feira, 30 de março de 2018

POLÍTICA - E o Lula é que é o grande corrupto!

Xadrez de Temer no xadrez

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ao deter uma das acionistas do grupo Libra, finalmente Ministério Público Federal e Polícia Federal bateram em um dos mais antigos sistemas de corrupção da República, umbilicalmente ligado a Michel Temer, Eduardo Cunha e seu grupo.

Capítulo 1 – a entrada da Libra do porto de Santos

Em 1998, o grupo Libra arrendou a área do Terminal 35 da Ponta da Praia. Apresentou uma proposta imbatível, a ponto da segunda colocada entrar na Justiça, argumentando que os valores apresentados eram inexequíveis.

O jogo consistia nisso. Primeiro, conseguiu entrar. Logo em seguida, passou a contestar as faturas do arrendamento. Alegava que o terreno recebido era menor do que o previsto no edital de concessão, e que a linha férrea não havia sido removida, além de faltar profundidade nos berços de atracação.

Capítulo 2 – a jogada da anistia

Foi acumulando dívidas. Em 2001, estimava-se o valor da dívida em R$ 700 milhões.

Em agosto daquele, o Ministro dos Portos Pedro Britto propôs um acordo, fixando a dívida em R$ 120 milhões. Por ele, a Libra se comprometeria a quitar R$ 71 milhões da dívida em até 12 meses, com correção monetária. O acordo não avançou.

O caso foi sendo empurrado até que, em 2005, o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, tentou promover uma anistia para a Libra. Com Danilo de Camargo, presidente do Conselho de Administração da Codesp, Vieira acertou uma Nota Técnica visando embasar um aditivo no contrato da Libra, que significaria praticamente uma anistia, que perdoaria 85% da dívida de R$ 120 milhões.

A identificação foi possível depois de um auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) ter denunciado Vieira, por encomendar um parecer de R$ 300 mil beneficiando uma das empresas.

Os padrinhos políticos da Libra eram o então presidente da Codesp, José Carlos Mello Rego, indicador pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR) e apoiado pelo Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR). Vieira atuou com base em Nota Técnica do então presidente do Conselho de Administração, Danilo de Camargo.

Mas o tutor maior, o grão-duque do porto de Santos desde os anos 90 era Michel Temer.

Rego chegou a assinar um aditivo, pelo qual a Codesp reconhecia demandas duvidosas da Libra. Mas a jogada não passou devido à resistência de três diretores da Codesp, que ameaçaram pedir demissão.

Sete anos depois explodiu a Operação Porto Seguro, quando um auditor do TCU (Tribunal de Contas da União (TCU) denunciou Vieira por ter feito uma proposta de R$ 300 mil por um parecer visando beneficiar a Tecondi, outra arrendatária do porto.

Capítulo 3 – a jogada da arbitragem

Em 2013, é deflagrada uma nova operação visando livrar a Libra, a Lei dos Portos (12.815), de 5 de junho de 2013. Havia uma corrida contra o tempo, uma jogada para prorrogar o prazo de vigência dos contratos por 20 anos. Aproveitando o projeto de reforma do porto, Libra planejava integrar seus quatro terminais (T-33, T-34, T-35 e T-37).

No artigo 62, a lei previa que concessionária inadimplentes não poderiam ter os contratos prorrogados. Mas, no parágrafo 1º, introduzia uma nova saída:

§ 1o Para dirimir litígios relativos aos débitos a que se refere o caput, poderá ser utilizada a arbitragem, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996(Regulamento)

Imediatamente, Libra aderiu à tal arbitragem. Bastou a manifestação de desejo para que, em setembro de 2015, a Secretaria dos Portos, prorrogasse o contrato de exploração da Libra por 20 anos, até 2015.

O argumento é que a Libra havia chegado a um acordo com a Codesp sobre seus passivos. Ela se comprometia a desistir das ações que questionavam o pagamento na Justiça para resolver o caso mediante procedimento arbitral.

Na ocasião, o valor das dívidas da Libra chegava a R$ 1 bilhão. Esperava-se que a decisão arbitral saísse em dois anos. Mas, sem cobrar a dívida, a Codesp ofereceu a arbitragem à Libra.

Se a Procuradora Geral da República Raquel Dodge quiser mais detalhes sobre a arbitragem na nova Lei, poderá obter do ex-Advogado Geral da União Luís Ignácio Adams detalhes sobre a insistência do ainda vice-presidente Michel Temer, em arrancar posições da AGU.

Capítulo 4 – os jogos de postergação

“A antecipação do contrato foi feita mediante salvaguardas jurídicas importantes. O que for decidido na arbitragem terá de ser cumprido pela empresa, sob pena de rescisão contratual”, afirmou o ministro Edinho Araújo (MDB-SP), um ex-prefeito de São José do Rio Preto estritamente ligado a Temer.

Na época, o advogado especializado Carlos Augusto da Silveira Lobo, em artigo no site Migalhas, apontava a falta de transparência do decreto. Omitia a nomeação dos árbitros, a indicação do local em que seria proferida a sentença, indicava a matéria objeto de arbitragem em um anexo que não foi publicado.

Ficava claro que era uma jogada para terminar os litígios judiciais, permitindo à Libra prorrogar seus contratos.

Depois anos depois de firmado o acordo, a Codesp sequer havia devido a empresa que faria sua defesa na corte arbitral.

Questionada sobre a demora pelo jornal santista “A Tribuna”, a Codesp atribuiu “aos trâmites legais imprescindíveis para a conclusão do processo.

Capítulo 5 – desdobramentos políticos

A nova operação bateu no centro do esquema de corrupção de Michel Temer. Vai-se investigar até reformas em casas de suas filhas. Sugere-se que investiguem a compra de mobiliário para as casas, que consumiu pequenas fortunas.

Assim como Eduardo Cunha, Temer, Padilha, Moreira pertencem à nobre linhagem dos suspeitos mais óbvios da República.

É cedo para se analisar os desdobramentos políticos do caso. Melhor aguardar os próximos dias, para avaliar melhor até onde a operação conseguirá chegar. É possível que se consiga Temer atrás das grades ainda no primeiro semestre de 2019. Todas as provas estão distribuídas em vários processos e inquéritos. É só questão de recolher e consolidar.

O preço é que, se conseguir pegar o cappo dos cappi, o MPF e a PF irão ampliar o nível de arbítrio atual.

Altamiro Borges: Atentado contra Lula repercute no mundo

Altamiro Borges: Atentado contra Lula repercute no mundo: Por Altamiro Borges Em sua coluna no Jornal do Brasil nesta sexta-feira (29), a destemida jornalista Hildegard Angel mostra que as hord...

POLÍTICA - Alceu Valença - Mensagem para uma grande amiga.

Alceu Valença: mensagem para uma grande amiga



Nunca, o poeta chegará perto de ideologias mesquinhas como muita gente, sem notar, vai se engajando.Bato palmas para sua boa intenção. 
Infelizmente, você não percebe que a ideologia que nos sobrou, domina o mundo e é aquela que promove a ganância, o acúmulo e o individualismo. 
Sou e serei sempre contra as grandes corporações.

Precisamos ficar atentos porque Hitler está renascendo das cinzas. 
Lembram da campanha contra Marielle? 
-"Ela era a favor do tráfico".
-"Ela era a favor da legalização das drogas".
Ninguém pode ter essas duas posições ao mesmo tempo. São antagônicas. 
Lamento, mas não sou a favor da mão de ferro do Estado. 
Por outro lado, o poeta nunca será a favor do Estado Mínimo. 
No mínimo, o Estado tem que ser equilibrado. Senão, nunca existirá a meritocracia. 
Sou mais Lisboa do que Orlando, viu amiguinha? 
Escola, saúde, educação, moradia para todos. 
Jesus, o humanista e revolucionário, é o meu guia. 
Foi crucificado entre dois ladrões. 
Pilatos lavou as mãos. 
Salve a transposição imaginada desde Dom Pedro II. Salve a água no sertão.
A Justiça também é dominada pelas grandes corporações? Claro. Existe algo por trás da cortina do teatro. 
Cuidado com Rússia, China e o Tio Sam? Cuidado com quem nos domina. 
Cuidado com Facebook! Olha a eleição de Trump!
As grandes corporações adoram...privatizações !!!
O último apagão foi promovido por uma empresa de energia chinesa. 
Água...
Metais. 
Natureza.
Valeu a pena privatizar a Vale? 
Virou um mar de lama. 
Afogou Mariana. Sabias que a Samarco é Australiana? A culpa foi do canguru? 
A Vale do Rio Doce empurra com a barriga uma dívida ao IR que se fosse paga e usada na saúde e educação, resolveria esse crucial problema. 
O Judiciário é corrompido o induzido para empurrar o processo com a barriga. Daqui a dez anos, não tenhas dúvidas, a dívida será perdoada. 
BILHÕES, BILHÕES e BILHÕES !!!!

A internet, nos transforma em mulas e repassadores de mensagens enviadas por marqueteiros que nos usam e nem sequer desconfiamos. Cuidado com os marqueteiros...
Como não pertenço a grupos virtuais, me salvo da "Bolha do Domínio." 
Felizmente, permaneço menino, traquino...
Já falava, há muito que estávamos sendo usados, escravizados como mulas e, por isso, sempre foi contestado por aqueles que argumentam:
- "Ele é um adepto da Teoria da Conspiração". 
Acredite, não sou não. 
Sempre fui um questionador. 
A minha professora de filosofia, Bernadete Pedrosa, me ensinou a raciocinar com lógica. 
O silogismo é a salvação. Mas, cuidado com as premissas! Quando uma delas é falsa, a conclusão também se torna falsa.
Estávamos em tournée na Europa, no fim da década de 80, e ao passar pela Alemanha Oriental, previ a queda do Muro de Berlim.
Por quê?
Por causa do papel higiênico.
Falei: 
-A bunda dos comunistas não aguenta mais essa lixa. 
O saudoso Clávio Valença ouviu, sorriu e não acreditou na afirmação do primo doidão. 
Conclusão: 
Acertei!!!!
O Muro caiu, logo após minha louca afirmação. 
Cagada? Não! 
Sou chegado ao uso de metáforas e por isso, não agrado a quem não se permite soltar a imaginação. Práticos, retilíneos, dogmáticos!
Sempre levei porrada de todos os lados. 
Não, não tenha pena de mim. Já estou acostumado. 
Na faculdade de Direito era tido como meio torto. 
Doido. 
Fui preso no DOPS e nunca vesti a camisa de herói. 
Devo confessar que não fui torturado fisicamente, mas aquilo parecia coisa da ditadura do Diabo.
Não gosto do Super-Man. 
Prefiro João Grilo.
Lampião para mim é uma metáfora. 
O que existe por trás do Cangaço e da Justiça? 
Malícia. Milícias. 
- O Poder é irmão da policia que é prima carnal do Estado e de uma cega chamada Justiça...
Cega não, dissimulada. Tem um olhinho aberto, que por vezes, só enxerga os inimigos do donos do Poder e do cifrão $$$$$.
Morro de pena dos moradores do Morro.
Olha a previsão: 
Um dia desses eu tive um sonho
Que havia começado a grande guerra entre o morro e a cidade,
E meu amigo Melodia era o comandante em chefe
Da primeira bateria lá do Morro de São Carlos. 
Ele falava, eu entendia: 
Você precisa escutar a rebeldia! 
Pantera Negra, FM Rebeldia, 
Transmitindo da Rocinha primeiro comunicado: 
Por pão e circo e o poder da maioria, 
O país bem poderia ter seu povo alimentado. 
E era um sonho ao som de um samba tão aflito
Que eu quase não acredito, não queria acordar...
Profecia? Não.
Pensar livremente. 
Escola, Saúde, Educação. 
Eis a solução para diminuir a violência. 
Cuidado com a Bancada da Bala!!!
Cuidado com o boato. 
Eu era tido como drogado e nunca fumei um baseado. 
Na Ditadura fui Censurado pelo Cenimar,
Continuei a compor e a me expressar. 
Segui em frente sem Medo e sem Ódio.
Finalizando, minha doce e querida amiga, atente para isso: 
O pré-sal que há pouco era ridicularizado, como inviável, hoje está sendo explorado pela Chevron, EUA 
Sheel, Holandesa
Companhia Norueguesa e de outros países ... 
Estranho, não é?
Você devia 
deveria adivinhar
Que atrás do Samba havia o Semba
Que atrás do Semba havia a África
Que atrás de tudo havia o Açúcar
E a Companhia das Índias Ocidentais. 
Primeira multinacional do Planeta. 

Açucar é doce, 
Doce, doce, doce 
como mel
Doce, doce 
Doce como o fel
Não acredite, 
não tem mistério
O velho é novo 
e o novo é velho
É como o Ovo e a Galinha
Se a culpa é nossa
A culpa é minha 

Mas que nunca 
é preciso DESCONFIAR 
Eu desconfio no sentido estrito
Eu desconfio no sentido lato
Eu desconfio dos cabelos longos 
Eu desconfio do Diabo a Quatro.

Alceu Valença
28 de março de 2018

Altamiro Borges: O novo codinome da privatização

Altamiro Borges: O novo codinome da privatização: Por Gilberto Bercovici e Felipe Coutinho, no site Carta Maior : Pesquisa recente apontou que 70% dos brasileiros são contra a privatiza...

Altamiro Borges: O novo codinome da privatização

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O Quarto Poder – Mídia disparou o gatilho contra a caravana de Lula?

O Quarto Poder – Mídia disparou o gatilho contra a caravana de Lula?

O Supremo é um campo de batalha

Altamiro Borges: Lula: 'O culpado desse ódio chama-se Globo'

Altamiro Borges: Lula: 'O culpado desse ódio chama-se Globo': Em Curitiba (PR), 28/3/18. Foto: Ricardo Stuckert Da Rede Brasil Atual : No ato que encerrou a quarta etapa da Caravana de Lula pel...

POLÍTICA - Nesse momento, o traíra começou a conspiração contra a Dilma, junto com seu comparsa Eduardo Cunha.




Um dos motivos da queda da presidente Dilma Rousseff foi a questão do Porto de Santos; honesta, ela não pretendia permitir que empresas do setor portuário em dívida com a União, como o grupo Libra, que devia mais de R$ 1 bilhão, renovassem suas concessões; em razão disso, Dilma demitiu o ex-ministro Edinho Araújo, indicado por Michel Temer; no entanto, após o afastamento de Dilma, Temer reconduziu Edinho ao cargo e ele, em seus últimos dias no posto, renovou a concessão do grupo Libra. 
Começaram as famosas "pautas bombas", que paralisaram o governo Dilma, até chegar a aceitação do pedido de impeachment da Dilma, aceito pelo Cunha.

 Como o mundo dá voltas, a principal executiva do grupo, Celina Torrealba foi presa, Edinho, que é prefeito de São José do Rio Preto (SP) foi chamado a depor e Temer viu seus principais operadores de propinas serem presos.

Altamiro Borges: A cadela no cio do fascismo agora pariu

Altamiro Borges: A cadela no cio do fascismo agora pariu: Por Mauro Lopes, em seu blog : O dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956), um dos maiores da história e que combateu valentemente ...

Altamiro Borges: O Supremo é um campo sangrento de batalha

Altamiro Borges: O Supremo é um campo sangrento de batalha

POLÍTICA - Nazistas brasileiros.

Região sul do Brasil tem cerca de 100 mil simpatizantes do neonazismo

Do R7 de 7 de junho de 2014. Estamos postando em homenagem a Milton Neves, que diz que a área é formada por “estados cultos e politizados“.
Imagens da suástica, adoração ao ditador alemão Adolf Hitler, crença na superioridade da raça ariana. Essas expressões parecem retiradas dos livros de história, mas o nazismo ainda encontra eco no mundo atualmente. Os neonazistas extrapolaram os limites da Europa e têm milhares de representantes, inclusive no Brasil.




A novela Vitória, que estreou nesta segunda-feira (2) na Record, tem o neonazismo como um dos pontos polêmicos da trama. Em tempos de intolerância de alguns setores da sociedade, os personagens Paulão (Marcos Pitombo), Enzo (Raphael Montagner) e Priscila (Juliana Silveira) interpretam cenas sobre o assunto, como crimes contra negros e homossexuais.
Com um impressionante número de 45 mil pessoas, Santa Catarina é o Estado brasileiro com a maior concentração de simpatizantes do nazismo. Somados os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, a região Sul soma hoje cerca de 100 mil pessoas que apoiam essas ideias. Os números estão em um estudo realizado pela antropóloga e pesquisadora Adriana Dias, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em 2013.




Um monitoramento da internet feito pela pesquisadora, que estuda o assunto há mais de dez anos, revelou o número de internautas que baixam um volume expressivo de arquivos de sites nazistas. Aqueles que fizeram mais de 100 downloads e não são pesquisadores são considerados simpatizantes.

De acordo com Adriana, os grupos neonazistas eram predominantes no Sul do País, mas nos últimos anos têm crescido no Distrito Federal (8.000 internautas), em Minas Gerais (6.000 simpatizantes) e em São Paulo (29 mil).
(…)

P.S DO FALANDOVERDADES: Isso representa menos de 1% da população do sul do Brasil e não representa a imensa maioria dos sulistas, a pesquisa no entanto mostra que esses grupos, que também começaram a se organizar em outros estados do sudeste, semeam ódio e preconceito em nossa sociedade e devem sim ser denunciados.


Terceira denúncia contra o Temer ou as eleições?

quinta-feira, 29 de março de 2018

Entenda como uma reforma na casa de Maristela filha de Michel Temer pode...

O Supremo é um campo de batalha

POLÍTICA - Uma frente ampla antifascista se faz necessária!

Jean Wyllys: o Brasil precisa de uma frente antifascista

 
Lula com Boulos e Manuela D’Ávila no ato em Curitiba encerrando a caravana
Publicado na Mídia Ninja
POR JEAN WYLLYS
O que aconteceu no Paraná foi um ato terrorista. Não usemos eufemismos, assim seria chamado em qualquer país civilizado. Foi, também, uma manifestação da emergência do fascismo que, desde o golpe, está cada vez mais empoderado, orgulhoso do seu ódio e violento.
A caravana de Lula foi atacada a tiros. Em qualquer democracia saudável, isso teria sido repudiado sem justificativas por todos, seria a capa dos jornais de hoje e teria provocado uma reação unânime da sociedade. Mas nesse Brasil anestesiado, houve até um pré-candidato que justificou a barbárie. Geraldo Alckmin disse que os petistas “estão colhendo o que plantaram”.
Não foi o boçal, mas o candidato da direita que se diz “liberal” e “de centro”. Em qualquer país normal, um candidato que justificasse tiros contra a caravana do seu adversário se derrubaria nas pesquisas e seria afastado pelo próprio partido. Mas Alckmin não é inexperiente ou burro, fez isso para disputar eleitores de Bolsonaro, mostrando que ele também pode representar os odiadores. É um sintoma da gravidade da crise política e moral do país. Perdemos a capacidade de perceber o absurdo e o naturalizamos. Mas isso não começou ontem.
Em 2016, quando uma presidenta eleita foi derrubada, nosso país deu o primeiro passo em direção a um regime autoritário. Aceitamos como se fosse normal que os partidos que perderam as últimas quatro eleições presidenciais chegassem ao governo junto a um vice-presidente traidor, para implementar o programa vencido nas urnas. E a degradação democrática foi se aprofundando cada dia mais.
Como uma democracia de fachada precisaria de novas eleições esse ano, os golpistas precisam impedir o Lula de concorrer, porque ele ganha. Foi assim que um setor do Judiciário usou o processo absurdo do triplex, para enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa. E, mais uma vez, naturalizamos isso.
Em breve podemos ter um dos principais líderes políticos do país preso – um preso político – e uma eleição presidencial fraudulenta, sem o candidato que venceria. Mas será que vai ter mesmo? Hoje, o Blog do Noblat noticia conversas reservadas com um ministro “muito próximo do presidente” que diz que talvez não tenha eleições em 2018. Vamos naturalizar isso também?
É nesse contexto que precisamos entender o que ocorreu no Paraná. Vários parlamentares, eu inclusive, recebemos ameaças de morte. Uma vereadora do meu partido foi assassinada a tiros. Agora atiraram contra a caravana do Lula. Não estou dizendo que todos esses atos tenham um mesmo mandante, nem acho, mas eles fazem parte de um mesmo processo político. O fascismo é hoje um cão raivoso que está solto. Aliás, são centenas, cada um deles com seus próprios ódios e fora de controle.
O que mais precisa acontecer? Como é possível que, diante de um ato de terrorismo contra um ex-presidente, as capas dos principais jornais falem de qualquer outra coisa? Como é possível que políticos e jornalistas tentem culpar Lula e o PT pelas balas contra eles, tentando transformar as vítimas em culpados, porque parece que nesse país tudo é culpa do Lula! É inacreditável que depois de um atentado a tiros, parte da imprensa e da política queira desviar a atenção do fascismo que ajudou a crescer e culpar quem recebeu as balas.
O antipetismo e o macarthismo foram um cavalo de Tróia usado pelos plutocratas do PSDB, pelos traidores da base do governo petista, por setores da grande mídia, do empresariado e do mercado financeiro, e pela casta do Judiciário, para derrubar um governo eleito e garantir mais facilmente as medidas econômicas neoliberais e antipopulares e os privilégios do andar de cima em tempos de crise econômica e “ajuste”.
E esse discurso de ódio precisava do apoio dos grupelhos fascistas, dos odiadores patológicos, das bravatas de Bolsonaro e de algumas sub-celebridades caricatas, que os golpistas acharam que poderiam controlar.
Ninguém pode. A história do século XX tem exemplos disso. O ovo da serpente quebrou. E agora que o fascismo ceifou brutalmente uma vida — e até ela foi difamada depois de morta — e disparou tiros contra uma caravana política, os golpistas, que não conseguiram até agora emplacar um nome que os represente, estão perdendo o voto antipetista para o candidato fascista. E, desesperados, já falam até em cancelar as eleições.
Diante desse cenário de terror, a esquerda e os setores democráticos, de forma ampla, sem sectarismo, precisam se unir. A decisão de Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos, pré-candidatos à presidência pelo PCdoB e pelo PSOL, de participar hoje de um ato unitário junto a Lula em Curitiba, contra o fascismo e sua violência, é um passo importante e correto. Enfrentamos circunstâncias excepcionais e precisamos de medidas excepcionais.
Uma frente ampla antifascista se faz necessária!

POLÍTICA - Os caras puseram na boca do Lula, a frase "estancar a sangria", que como todo mundo sabe, foi dita pelo golpista Romero Jucá.


            Vale tudo para tentar incriminar o Lula. 
   
O Brasil e o mundo vivem uma guerra contra as notícias falsas que, com as redes sociais, se espalham como rastilho de pólvora. O potencial das fake news é literalmente explosivo: estudo mostra que apenas três delas foram capazes de influenciar o resultado das últimas eleições nos EUA. No Brasil, as fake news têm servido para incitar o ódio contra o ex-presidente Lula, principal alvo delas no país hoje. Sobre Lula e sua família já se publicaram as maiores barbaridades, desde que o filho dele é dono de uma mansão no interior usando uma foto da ESALQ e que o Lula é dono da Friboi, até dizerem que sua mulher, Marisa, não morreu e está na Itália.
A pretexto de fazer ficção em cima de fatos reais, o cineasta José Padilha, de Tropa de Elite, se tornou um produtor de fake news ao inserir na boca do personagem baseado em Lula de sua nova série da Netflix, O Mecanismo, a frase sobre “estancar a sangria” celebrizada pelo senador golpista Romero Jucá. Ou seja, Padilha colocou na boca do ex-presidente uma frase pronunciada por um político que estava do outro lado do espectro político, seu ex-aliado, é verdade, mas naquele momento seu inimigo. Seria o mesmo que atribuir a John Kennedy uma frase dita por Richard Nixon. Isso não é ficção “baseada em fatos reais”; isso se chama falsear a história. Mentir.
É lamentável que um cineasta com carreira internacional se rebaixe dessa maneira, igualando-se a um troll qualquer de internet. Não há diferença entre Padilha e o troll Luciano Ayan (agora identificado como Carlos Augusto de Moraes Afonso), que teve seu perfil cancelado no facebook após ficar demonstrado que foi um dos principais disseminadores de calúnias sobre a vereadora Marielle Franco, executada há duas semanas. Ninguém duvide que, se algum dia for contar a história de Marielle, o cineasta coloque frases da desembargadora Marília de Castro Neves em sua boca.

terça-feira, 27 de março de 2018

POLÍTICA - O fascismo no sul do Brasil.


O fascismo na Itália é irmão do fascismo do sul do Brasil. Por Lucia Helena Issa

 

Professor Abel, alvo do ódio dos “filhos do Hitler”, como disse Lula
Publicado no Facebook de Lucia Helena Issa, jornalista
Morei em Roma durante seis anos, de onde colaborei como jornalista com dois grandes jornais brasileiros, e durante os meus anos em Roma, tentei entender o ódio que tomou conta dos jovens italianos nas décadas de 30 e 40 e como o ódio foi sendo alimentado por grupos poderosos e invisíveis até então, legitimando agressões contra todos os que pensassem de forma diferente, contra os jovens de esquerda, contra mulheres mais independentes, contra trabalhadores rurais etc, dando origem ao Fascismo. 
As milícias fascistas eram chamadas de “fascio”, uma espécie de feixe com vários gravetos de madeira que, juntos, podem fazer uma fogueira, segundo uma das metáforas usadas na época.
O movimento dos “fascio” passou a ganhar força quando a Milizia Volontaria per La Sicurezza passou a agredir as pessoas em passeatas. Os agressores eram chamados de Camicie Nere, Camisas Negras, em homenagem aos “arditi”, que usavam uniformes negros, e agiam em nome do anticomunismo, do antipacifismo e do ” nacionalismo”.
Os Camisas Negras atacavam mulheres, jovens, espancavam grevistas, intelectuais críticos ao fascismo, membros das ligas camponesas e de qualquer grupo que pensasse de forma diferente dos fascistas. Poucas pessoas sabem que bem antes da II Guerra, os “fascios” foram responsáveis pelo assassinato de 600 italianos, enquanto a polícia italiana se omitia ou se recusava a fazer algo.
Essas milícias, no início, usavam porretes e chicotes ao invés de armas, pois seu objetivo era humilhar seus inimigos e não matá-los. A semelhança entre o MBL e outros grupos como os que atacaram mulheres que estavam participando de uma caravana política, com os jovens fascistas italianos da década de 30 é assustadora. Os Camicie Nere queriam impedir as pessoas de circularem livremente pelo território italiano.
As milícias que atacam no Brasil também. Os Camicie Nere odiavam os trabalhadores rurais, os jovens de esquerda e os membros das Ligas Camponesas. Os que atacaram no sul do Brasil também. Os fascistas italianos tiveram o apoio de policiais e, mais tarde, do próprio Mussolini. Os que agrediram mulheres no sul do Brasil tiveram o apoio dos policiais e de uma senadora da República.
Vivendo em Roma, pude entrevistar pessoas que perderam seus pais durante o Fascismo e centenas de mulheres que lutam para que a história jamais se repita e o ódio não seja adubado. Recentemente, o Facebook fechou uma página italiana chamada “Giovani fascisti italini” (Jovens Fascistas Italianos), que tinha como objetivo alimentar o ódio e como membros jovens de extrema direita e dois senadores que os apoiavam.
Recentemente, o Facebook brasileiro fechou uma página ligada ao MBL, por criar notícias falsas sobre a vida de Marielle Franco e por alimentar o ódio.