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terça-feira, 10 de agosto de 2010

DEBATE - Bonner prioriza mensalão do PT na entrevista de Marina.

Essa Globo é um escárnio. O que quer mesmo é atacar o PT e por tabela a Dilma.
Carlos Dória.


Do blog do Rovai.

Marina foi muito bem na entrevista do Jornal Nacional realizada há pouco. Estava firme e não escapou das perguntas que lhe foram propostas.

Soube inclusive responder com tranquilidade sobre como governaria sendo de um partido pequeno e sem base no Congresso.

A surpresa da noite, no entanto, estava reservada para a atuaçao de Willian Bonner. Ele deu um show de “jornalismo”. Interrompeu a candidata e lhe ofereceu mais 30 segundos para que respondesse sobre o mensalão do PT e os desvios éticos e morais do partido naquele momento.

Bonner queria saber por que Marina não saiu do PT em 2005 e deixou para fazê-lo apenas quando decidiu ser candidata. Já que outros saíram naquela época “inclusive chorando”.

Foram três perguntas feitas pelo apresentador apenas sobre isso, que invocou o interesse do telespectador no momento que insistiu e concedeu mais 30 segundos para a candidata tratar do assunto.

Não dá para dizer que isso é cara-de-pau. É algo muito sério. O jornalismo global superou todos os limites. Pouco se perguntou sobre os projetos de Marina. O que interessava era atacar ao PT.

Ninguém que estava asssistindo ao programa estava interessado em saber disso. Quem estava interessado nessa pauta era a Globo e seus Bonner´s.

Aguardem o Serra. É amanhã.

Talvez de novo o PT apareça na pauta. Quem sabe a partir da exploração da frase de Índio da Costa sobre a relação do partido com a Farc. Você acha impossível? Eu não.

DEBATE - Dilma engole casal vinte do JN.

Do blog Democracia&Política.


“Na bancada do JN faltou a Regina Duarte

William Bonner estreou (em 09/08) as pseudo-sabatinas do jornal nacional com Dilma Roussef.

A primeira pergunta dá o tom do preconceito elitista do PiG(*).

Tentar desqualificar Dilma do ponto de vista intelectual e político faz parte da ideologia pigo-tucana supor que os trabalhistas são despreparados e o Serra e o FHC uma combinação de Albert Einstein com Winston Churchill.

O Bonner tentou também vestir Dilma a marca do “temperamento difícil”.

Trata-se de uma observação que se baseia em elementos factuais indiscutíveis:

O que é difícil e onde ela demonstrou que tem um temperamento difícil?

O que diria William Bonner do temperamento dócil, suave, simpático, leal do candidato da PiGlobo, José Serra.

Aliás, prevalece a dúvida, quem terá sido o Espírito Santo de orelha das perguntas do casal vinte: José Serra ou Ali Kamel?

Observe-se a generosidade conjugal de Fátima Bernardes que salvou o marido quando Dilma lhe disse: você deveria me perguntar onde o que o PT acertou.

Bonner perdeu o prumo.

Quem mandou não ter bagagem para entrevistar a futura presidente do Brasil?

Aí, Fátima entregou a bandeja à Dilma e perguntou sobre saneamento básico e Dilma falou do “pavão-pavãozinho- alemão-Rocinha e calou a boca desses pálidos representantes de um PiG moribundo.

Quem mandou não chamar a Regina Duarte para a bancada ?

Quem mandou não chamar a Miriam Leitão ?

Quem mandou não chamar o Jabour ?

Para enfrentar a Dilma a Globo tem analistas isentos e equilibrados de outro calibre.
Este ordinário blogueiro aguarda ansioso as perguntas do casal vinte ao José Serra.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”

DEBATE - Dilma muito melhor no JN.

Do blog do Rovai.

A candidata Dilma Roussef (PT) esteve no Jornal Nacional abrindo o ciclo que o programa fará com os três candidatos à frente nas pesquisas.

Dessa vez se comportou como uma veterana da política. Estava muito mais segura do que no debate da Band e mostrou que não se intimida com questões supostamente difíceis.

O casal Willian Bonner e Fátima Bernardes bem que tentou dar uma desestabilizada na candidata.

Insistiu em perguntas sem conteúdo e que irritam (do tipo se ela maltratava ministros) e valeu-se de subterfúgios questionáveis, como comparar o crescimento médio dos últimos 8 anos do Brasil com o da Bolívia e Uruguai.

Nesse momento Dilma se comportou de forma tranquilia e firme. Disse que “com todo respeito esses países são menores do que muitos estados pequenos do Brasil.” Ou seja, disse o óbvio: a comparação é invalida.

O que o casal certamente já sabia antes de formular a questão.

Como dizia minha avó Conceição, não se compara alhos com bugalhos.

Mais do que isso, os jornalistas do Plin-Plin ainda se valeram de informação equivocada para tentar colocá-la nas cordas.

Bonner afirmou que os países do Bric tiveram desempenho melhor que o Brasil. É falso.

A Rússia, só no ano passado, teve uma queda do PIB de 8%. E Dilma também soube lembrar disso. Índia e China tem mais de 1 bilhão de habitantes e uma margem enorme para crescimento por conta de enorme estagnação anterior. Por que não nos comparou com qualquer país europeu? Ou o crescimento de hoje com o dos tempos de FHC?

Ainda houve a tentativa de fazer Dilma escorregar com perguntas capciosas sobre as alianças atuais do PT com grupos que antes criticava.

Ela também foi bem nesse momento.

Disse que o PT aprendeu que para governar precisava de maioria. E que para isso precisava ampliar o diálogo para outros setores. Goste-se ou não, a resposta atende muito bem às crenças do cidadão médio brasileiro.

A entrevista de hoje tem muito mais poder de influência do que o debate da Band. Ou seja, Dilma tendo ido melhor na Globo do que na Band ficou no lucro.

E por ter sido a primeira e ter passado no teste com louvor, jogou toda a responsabilidade para os seus adversários.

Serra e Marina terão de ir muito bem para empatar com Dilma.

Ou seja, mais um degrau foi superado pela candidata que já é favorita para ganhar no primeiro turno.

Agora é esperar para ver qual vai ser o grau das dificuldades de Serra na sua entrevista.

PS: Entrevistei o candidato Plínio de Arruda Sampaio pelo tuiter na noite de hoje. Publicarei a entrevista na íntegra amanhã cedo. Aliás, Plínio não irá participar do ciclo de entrevistas no JN, o que não contribui em nada com o nosso processo democrático.

DEBATE - Dilma na bancada do JN desmanchando ilusões da oposição.

Do blog do Alê


O Estado de S.Paulo publicou comentários de dois cientistas políticos de fato independentes ou que pelo menos se esforçam com competência para parecer independentes. Ninguém quer jornalismo chapa-branca, quer informação e opiniões divergentes. Deixem a militância para nós blogueiros engajados.
Sem tropeço e com simpatia de aeromoça

Carlos Melo

Já com audiência de horário nobre, as entrevistas são desafio não só para candidatos, mas também para o jornalismo: encontrar o ponto certo, não ser acusado de favorecimento.

De resto, a ansiedade de todo o início; assim, também casal-âncora parecia ansioso. Ainda assim, não deu fôlego à candidata, padrão que deve se repetir nas próximas entrevistas.

A expectativa sobre Dilma é grande. Há meses, apostava-se num tropeço; no descontrole. O fato político é que isto ainda não ocorreu.

Dilma Rousseff surgiu com sorriso e simpatia de aeromoça. Andou, no entanto, no fio da navalha: orgulha-se do presidente Lula, mas mantém identidade; não "maltrata", apenas buscou "fazer com que o Brasil se esforce". Sócia do presidente, é "mulher firme" e exigente. Quanto aos aliados, foram eles que convergiram ao governo, não o contrário. O PT errou e aprendeu.

A promessa é "dar continuidade, sem repetir". Avançar. A "candidata de Lula" foi, enfim, formalmente apresentada.

Desconforto do vídeo ao vivo sob controle

Marcus Figueiredo

A candidata à Presidência Dilma Rousseff foi bem na entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo. Ela estava calma e controlou o desconforto que o vídeo ao vivo oferece.

É fato que cometeu uma ou outra gafe durante a entrevista, como trocar a Baixada Fluminense pela Baixada Santista, mas isso não tem importância. Ela conseguiu impor aos entrevistadores a própria agenda, não ficou presa aos assuntos levantados nas perguntas. Procurou se mostrar simpática no vídeo, algo a que não estamos muito acostumados.

Não creio que ela tenha conquistado eleitores durante o programa, pois isso não ocorre de forma tão rápida. O que acontece é que vai se criando um caldo de cultura positivo.

Já se esperava que ela fosse muito mal no debate da TV Bandeirantes, e isso não aconteceu – o desempenho foi razoável. Ontem ela se saiu melhor. Está se aprimorando e treinando para o que ainda vem pela frente, que é o horário eleitoral gratuito.

A verdade é que os entrevistadores, principalmente o William Bonner, não estavam muito interessados em propostas de governo. Foram à entrevista-quase-debate mais para testar os limites da candidata. Tentaram de todo modo mirar em supostas contradições, insistiram em perguntas comportamentais e sobre alianças. E para a Dilma foi um presente, que ela soube aproveitar.

Sem vacilar e com muita personalidade, ela pôde mostrar para uma audiência na casa dos 35% que sabe se controlar sob pressão e que a "dureza" da ministra é um valor necessário para quem tem metas a cumprir, para quem tem o desafio de comandar uma nação. E mesmo sob ataque cerrado, ainda conseguiu "vender o peixe" dos milhões de empregos gerados no governo Lula, na mobilidade social alcançada por dezenas de milhões de brasileiros, no saneamento etc.

De fato Dilma não tem a experiência, o carisma e o jogo de cintura de um Lula, não tem a rapidez de pensamento de um Brizola, mas para uma caloura nesse tipo de exposição, passou no teste com louvor. O importante para ela nesse momento é deixar evidente para o eleitor quem é situação e quem é oposição e para isso contou com a ajuda do próprio Bonner que insistiu nas relações dela com o presidente Lula. Se apresentou, sim, como "braço direito e esquerdo" do presidente, como a segunda pessoa mais importante na hierarquia do governo, não fingiu independência, mas não se deixou cair nas armadilhas montadas pelos entrevistadores, que queriam vendê-la como uma figura de menor estatura, manipulada.

Contradições nas alianças só não tem Plínio, pois até no PV de Marina tem problemas. Ou Quércia, Roriz e Efraim Morais, entre outros, não configuram contradições? O importante, como ela salientou, é que "não é que nós aderimos ao pensamento de quem quer que seja. O governo Lula tinha uma diretriz: focar na questão social. [...] Para fazer isso, quem nos apoia, aceitando os nossos princípios e aceitando as nossas diretrizes de governo, a gente aceita do nosso lado. Não nos termos de quem quer que seja, mas nos termos de um governo que quer levar o Brasil para um outro patamar, para uma outra." O tema alianças é mesmo muito complexo, sofisticado para ser tratado num tempo tão pequeno, já que implica em inevitáveis concessões. O discurso moralista é sempre mais palatável. O PT no passado era criticado por não fazê-las, agora é atacado por fazê-las.

Um preço pelas alianças qualquer governo tem que pagar. Mas se você observar com cuidado, no núcleo duro do governo Lula, de onde sai o planejamento das políticas públicas, o PT é amplamente majoritário. Dilma na Casa Civil, Guido Mantega na Fazenda, Paulo Bernardo no Planejamento, Alexandre Padilha nas Relações Institucionais. Na saúde e na Educação dois nomes de confiança do presidente, José Gomes Temporão e Fernando Haddad. Na Justiça, até há poucas semanas, Tarso Genro. Cedendo na periferia do governo para aliados, não resta dúvidas de que a máquina do Estado estava e continua a estar nas mãos do PT.

Enfim, quem apostou em desmontar a candidatura "poste" para vencer eleições, deve estar tendo que rever planos.

Resta agora esperar para ver como será o comportamento dos apresentadores com os outros candidatos, Marina Silva e José Serra. O que se espera do jornalismo numa eleição é o mesmo tratamento para todos. E é justo reconhecer que em 2006 Geraldo Alckmin também passou "maus bocados" naquela bancada.