quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Altamiro Borges: O jogo arriscado de Bolsonaro

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Altamiro Borges: Brasil em mudança, para pior

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Palocci a caminho de casa, com muito dinheiro no bolso

Os homens públicos no país dos puxa-sacos

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Altamiro Borges: O grande bedel como ministro da Educação

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Altamiro Borges: Bolsonaro tem condições de governar o país?

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Altamiro Borges: A fábrica de acusações contra Lula

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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Altamiro Borges: Petrobras: a raposa no galinheiro

Altamiro Borges: Petrobras: a raposa no galinheiro: Por Paulo Kliass, no site Carta Maior : Muito já foi dito e escrito a respeito dos interesses geopolíticos e econômicos que operaram ao...

Altamiro Borges: A lição do asilo político de Alan Garcia

Altamiro Borges: A lição do asilo político de Alan Garcia: Por Bepe Damasco, em seu blog: Proibido de deixar o Peru por 19 meses, em consequência da investigação sobre seu suposto envolvimento e...

Altamiro Borges: Bilionários ficam 20% mais ricos em 2017

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Altamiro Borges: Ultra-ricos preparam um mundo pós-humano

Altamiro Borges: Ultra-ricos preparam um mundo pós-humano: Por Douglas Rushkoff, no site Outras Palavras : No ano passado, fui convidado a fazer conferência num resort superluxuoso para um púb...

A privataria nos levará de volta à selva!

A privataria nos levará de volta à selva!

Despedida emocionante dos médicos cubanos em Campinas

O Brasil entre o Nobel da Paz a Lula e a pauta medieval de Bolsonaro

POLÍTICA - Sobre Cuba, um depoimento de quem morou lá.



“Morei em Cuba por 7 anos da minha vida, estudei lá, lá tenho pessoas que considero meus familiares. Cuba é um país pequeno, sem recursos naturais (como minério, petróleo) nenhum rio caudaloso (não pode ter hidroelétrica que é a energia mais barata), tem somente 25% do solo fértil (o Brasil tem 85%), vive um bloqueio econômico cruel onde não pode comercializar com os EUA nem com ninguém que comercializa com eles, ou seja TODO O MUNDO, teve que se militarizar pois já foi invadido, teve mais de 2000 bombas em locais vitais colocadas pelos EUA, teve ataques biológicos (confirmados por organismos internacionais) contra a suas plantações, implantação de doenças contra animais de criação e contra humanos. Sobrepassando todas estas coisas, Cuba tem uma saúde pública muito melhor que a nossa, sua educação é de excelência, é um país super seguro onde as pessoas andam pela madrugada na capital sem NENHUM medo, é o único país das Américas onde a droga já não é um problema (quase não existe), o povo participa muito mais das decisões do estado, sejam nas assembleias dos bairros, quanto nas eleições (SIM EM CUBA EXISTE ELEIÇÕES), e inclusive agora na constituinte onde existe debate e propostas em cada escola, fábrica, universidade e em cada bairro. O maior problema de longe de Cuba é o econômico, que o único responsável é os Estados Unidos, tendo muitos papagaios de pirata que repetem o mesmo discurso do opressor, que a culpa é de Cuba, seria como você colocar concreto no pé de alguém e jogar-lo ao mar e culpar aquele por não saber nadar, para estes repito o desafio que Cuba sempre fez aos EUA, retirem o Bloqueio por um ano, e se Cuba não avançar economicamente a culpa será toda de Cuba. Porque será que os EUA nunca o fez? Compare Cuba com os países próximos: Honduras, Jamaica, Guatemala, Rep. Dominicana, Haiti, México e veja quem manda mais imigrantes aos EUA e que pais tem melhor qualidade de vida e Índice de Desenvolvimento Humano.

Cuba tem em sua constituição a solidariedade internacional, que além de ser lei é um valor moral, e isso fez que há mais de 50 anos, Cuba, mesmo sendo um país pobre, enviasse contingentes numerosos de médicos aos países que sofriam com catástrofes naturais ou guerras, somando já mais de 120 países e estando neste momento em mais de 60 países. A maior parte destas missões não tem custo aos países que as recebem, porém a menos de duas décadas Cuba iniciou a troca de médicos por recursos que não podia ter acesso pelo bloqueio, e percebeu como poderia ser uma saída econômica importante, a exportação de serviços de saúde já que Cuba não é bem industrializada e não tem minérios exportáveis.
É importante que se entenda que cada ministério em Cuba tenta ser autônomo, ou seja dispor dos recursos que necessita, no caso a maior parte do recurso recebidos pelo Programa Mais Médicos vão direto à saúde pública, que é 100% gratuita, universal e de qualidade, e ao contrário do Brasil, percebe-se que a corrupção não o desfacela. Prova disso é que ao iniciar o Programa Mais Médicos o governo cubano aumentou os salários de mais de 300.000 profissionais de saúde na ilha.
Sempre no início de cada ciclo do Programa Mais Médicos são convocados os médicos brasileiros, as vagas sobrantes, são disponibilizadas aos brasileiros formados no exterior, as próximas sobrantes aos estrangeiros de outras nacionalidades e ao final para ocupar o espaço que nenhum médico quis, chegam os cubanos, por isso que eles atendem a 90% das comunidades indígenas, os 700 municípios que antes do programa não tinham sequer nenhum médico e as periferias mais perigosas e intrínsecas. Na maioria destes lugares, as pessoas viram um médico pela primeira vez na sua vida, e estes falavam portunhol e tinham a mesma cor que os que ali moravam. E para confirmar de forma científica dezenas de universidades do Brasil e do Exterior estudaram os efeitos deste programa e constataram que estes médicos reduziram a mortalidade infantil e materna, e salvaram milhares de vidas em todo nosso país.
O médico cubano que vem ao Brasil ele é funcionário do Ministério de Saúde Pública de Cuba, o qual conheceu os termos do contrato, e decidiu por o aceitar antes de vir ao Brasil, com isso estes recebem o salário que recebiam em Cuba de forma integral (são repassados para suas famílias), assim como as garantias previdenciárias, e no Brasil recebem quase R$4.000 de salário, mais ajuda de custo de moradia e alimentação que em geral superam os R$2.000, junto com uma passagem aérea anual, e a garantia de que não gastará NADA com a educação, saúde e segurança de toda a sua família, qual seria a porcentagem de brasileiros que dispõem destas condições??
Bolsonaro que desde a criação do Programa vem fazendo diuturnamente ataques ao mesmo, dizendo que não são médicos, que são espiões, com ataques ao governo cubano e que se ganhasse os mandaria de volta. Todas estas opiniões são irresponsáveis e irrespeitosas, e vindo de um futuro chefe de estado, pior ainda. Sua avalanche de ataques fio contra as 63 milhões de pessoas que foram atendidos por este programa e contra os quase 10 mil médicos cubanos que aqui se encontram e contra todo o povo cubano, que tem uma dignidade poucas vezes vista na história da humanidade, os cubanos lutaram por 100 anos contra a Espanha armados de facões contra canhões, e lutam a mais de 50 anos contra o império mais poderoso da história da humanidade. Cuba nunca se ajoelhará ante ninguém, tenha o poder que tiver. Não digo que o Brasil não tenha a soberania de rediscutir um contrato internacional, porém isso deve ser feito com respeito e respeitando a soberania dos povos, como reza a carta das Nações Unidas o documento mais importante da diplomacia mundial que Bolsonaro vem pisando a cada dia.
Eu como médico do Programa Mais Médicos, formado em Cuba e já revalidado e especializado aqui, vi como este programa melhorou a vida do nosso povo pobre ao aplicar o que aprendemos na formação em Cuba, a solidariedade, o humanismo, o compartilhar a dor do outro, pois somos iguais e não superiores.
Escravos são aqueles mercadores da saúde que se vendem por dinheiro, nós somos médicos de ciência e consciência, que priorizamos a vida do próximo antes de qualquer coisa.
Agradeço de coração a Cuba e aos seus médicos por trazer a esperança a muitos que já a haviam perdido. O que poderá substituir o cuidado e amor que estes médicos deram ao nosso povo??”

Leandro Nascimento Bertoldi

Olavete sabe-nada é o ministro da Educação

Turma de Xi! Cago vai vender tudo!

Ministro da educação (colombiano!): recado a respeito da liberdade docente

POLÍTICA - "Fatiada".

Conversa Afiada reproduz crônica de Luis Fernando Veríssimo, no Globo Overseas empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):

Fatiada


Eu fazia xixi na cama. Eu sei, eu sei: nada menos importante neste grave momento da vida nacional do que memórias da minha incontinência urinária. Mas espere, o assunto é sério. Eu tinha uns 4 anos e acordava todos os dias boiando num lago que eu mesmo produzira. Era preciso tomar uma providência, nem que fosse só para poupar os lençóis. Decidiram que eu deveria fazer xixi antes de dormir para não fazer dormindo. Simples, mas não funcionava. Me lembro de estar de pé na frente da privada, com sono, tentando cooperar e não conseguindo. Meu pai, ao meu lado, me incentivando.

— Vamos, meu filho.

Nada. Nem um pingo.

— Pelo Brasil, meu filho.

Nada.

— Pelo doutor Getúlio!

O Getúlio também não adiantava. Eu fazia xixi na cama.

Por que pensei nisso agora? É a lembrança mais remota que tenho do meu pai e de mim mesmo. Mas pensei principalmente no Getúlio Vargas, que eu não sabia quem era, muito menos que mandava no Brasil. O petróleo, ainda por ser descoberto no país — um geólogo americano nos asseguraria que ele não existia — , já causava agitação. A defesa do nosso hipotético petróleo unia militares nacionalistas e intelectuais, direita e esquerda. A posição do Estado Novo getulista, ligeiramente filofascista, não era clara, mas foi o próprio Getúlio quem, anos mais tarde, diria a frase seminal “o petróleo é nosso”. Um slogan que perdurou até agora, quando os que antigamente eram chamados de “entreguistas” já calculam o que será entregue, sem encontrar resistência, na salada neoliberal em que está se transformando o futuro governo Bolsonaro.

Há alguns anos inventaram de mudar o nome da empresa hoje sendo fatiada, de “Petrobras” para “Petrofax” ou coisa parecida. Uma das razões para a mudança era, juro, que o final “bras” em inglês lembraria “brassière”, sutiã. Passaríamos por bobos no mundo das petroleiras. Mas já estamos passando.

POLÍTICA - "Vão esquartejar a Petrobras".

Por Janio de Freitas, na Fel-lha:

A noção perdida


A privatização de partes da Petrobras, até deixar apenas o talo, é um dos poucos itens de política econômica confirmados pelos planejadores do futuro governo e pelo próprio Jair Bolsonaro, mas outra vez com dispensa de uma obrigação preliminar. Tal como nos negócios do governo Fernando Henrique com empresas do Estado. 

Por que à época vender a Vale, de alta lucratividade e, portanto, de dupla contribuição para os cofres públicos, em impostos e em rentabilidade de acionista? Não foi dito ao país. E o destino prometido para o resultado da venda era falso, jamais se informando ao país o fim dado à dinheirama. 

A ideia de esquartejar a Petrobras não é nova. Subiu à tona nas águas da Lava Jato e começou a se efetivar na ilusória salvação que Michel Temer impôs à empresa. A BR Distribuidora e as refinarias, agora citadas para iniciar a privatização das mutilações, são duas minas de lucros. Equipadas, organizadas, com matéria-prima e clientela garantidas, sem exigir investimento algum, não pedem mais do que a atividade atual para produzir altos lucros. Não dão motivo para sua venda.

A Petrobras as perderá com motivos para mantê-las. A rentabilidade da distribuidora e das refinarias deu forte contribuição às montanhas de recursos financeiros necessários à prospecção e à exploração do pré-sal. 

Reprimido no seu "tudo vai ser privatizado" —em resposta como candidato sobre o futuro da Petrobras—, Bolsonaro diz que "a empresa vai se dedicar só à produção de mais petróleo". Mas depois de perder duas fontes dos recursos necessários a tal objetivo. E os cofres públicos deixam de receber os lucros do Estado como acionista da Petrobras e suas subsidiárias. 

A sanha das privatizações, imposta pelo neoliberalismo e seu "capitalismo financeiro", já postos sob acusações graves por danos a muitos povos, tem muito o que privatizar, ou mesmo fechar, antes de suprimir fontes de recursos adicionais para a carente administração pública. 

Ainda assim, voltados para um lado, os neoliberais gritam pelo corte de gastos, por falta de recursos; viram-se, e berram pela extinção de fontes de recursos. Não é de economia, sua pretensa especialidade, que estão falando. É de política, de necessidades da população, de objetivos do país —e de interesses de grupos nacionais e internacionais. 

Chegar ao governo, seja por eleição ou nomeação, não autoriza a pensar e conduzir-se como novo possuidor do que, sob a guarda do Estado, continua a ser patrimônio público. No Brasil essa noção, fraca no passado remoto, esvaiu-se por completo em nosso tempo. 

Meia dúzia de governantes e planejadores decidem à vontade a destinação de patrimônios, vitais tantos deles, que custaram sacrifícios, esforços e muito tempo às gerações. 

É o caso do conhecimento e das riquezas alcançadas pela Petrobras. E de certa paz, mantida à distância a ferocidade das ambições e disputas dos grupos magnatas do petróleo. 

Integrados na brava campanha "O petróleo é nosso", que teve o Clube Militar como sua fortaleza, os militares foram decisivos para a existência da Petrobras e, daí, para a potência petrolífera que o Brasil é hoje. Não é irônico que sejam militares a ameaçar a existência da Petrobras e mesmo a riqueza petrolífera do pré-sal.
Em tempo: o esquartejamento da Petrobrax segue em rumo acelerado: Cessão onerosa pode render R$ 40 bi a mais.

MÔNICA IOZZI: QUAL "CIDADÃO DE BEM" MÉDICO IRÁ PRA TOCANTINÓPOLIS?

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

POLÍTICA - Médicos Cubanos: Artigo do Ricardo Kotscho.

CONSEGUIRAM! JÁ EM 2013, BALAIO DENUNCIAVA A CAMPANHA SUJA CONTRA CUBANOS DO MAIS MÉDICOS

Por uma destas infelizes coincidências, nesta mesma quarta-feira em que o governo brasileiro abriu as inscrições para contratar 8,5 mil profissionais brasileiros em lugar dos cubanos que estão voltando ao seu país, recebi da amiga Valeria de Britto Mello um texto meu publicado no Balaio em 2013, logo após a implantação do programa Mais Médicos.
Ali já estava bem claro que, enquanto o governo de Dilma Rousseff e os médicos cubanos se dedicavam aos pacientes desassistidos nos grotões e nas periferias, a classe médica nativa estava mais interessada em garantir a reserva de mercado.
As atitudes vergonhosas e hostis de jovens médicos brasileiros, “recepcionando” os seus colegas cubanos com cenas de intolerância e xenofobia nos aeroportos, foram, acima de tudo, emblemáticos do desprezo que nutrem pelos pacientes do SUS, já que eles não se dispunham a deixar o conforto das capitais para cuidar dos milhões de doentes que nunca tinham visto um médico em suas cidades.
Para eles, ao contrário dos cubanos, a medicina é um negócio como qualquer outro, mais interessados em arrebanhar clientes abonados do que em cuidar de pacientes pobres.
Cinco anos depois daquela vergonha pela qual passamos, quero ver agora quanto tempo vai levar para que os médicos brasileiros comecem a atender as comunidades mais carentes, que ficaram sem assistência de um dia para outro, graças à irresponsabilidade do novo governo, ao tratar até a saúde da população como uma guerra ideológica contra os “vermelhos”.
Vale a pena reler esta matéria. Nos últimos parágrafos, relatei como os cidadãos brasileiros, ao contrário dos seus doutores, ficaram felizes com a chegada dos cubanos para o programa Mais Médicos.
Neste país degradado, quebrado e falido, onde falta solidariedade e sobra ganância, a nova ordem unida se sente vitoriosa, pouco se importando com o destino de legiões de brasileiros maltratados diariamente nas filas dos hospitais e postos de saúde.
Há exceções, é claro, como mostrei nesta segunda-feira em reportagem publicada pela Folha, sobre a saga de um negro de origem muito humilde, o dr. Roberto Jaguaribe Trindade, para se formar em Medicina, graças a uma bolsa de estudos oferecida pelo governo cubano.
Com dedicação exclusiva ao Programa Saúde da Família, dr. Roberto, ao contrário dos seus colegas, não tem carteirinha de plano de saúde. Só se trata no SUS, como a imensa maioria dos brasileiros.
Abaixo, a íntegra da matéria.
***
Toda a polêmica criada nos últimos dias sobre a vinda de médicos cubanos para suprir as carências de assistência à saúde das populações mais pobres do país _ ainda temos 701 municípios sem nenhum médico residente _ agitou as redes sociais neste final de semana e serviu para revelar como podem ser desumanos e hipócritas os que colocam seus interesses pessoais, profissionais, partidários ou ideológicos acima das necessidades básicas de sobrevivência dos brasileiros que não têm acesso ao SUS, muito menos aos planos de saúde.
É como se fossem dois países chamados Brasil: um, daqueles que têm todos os direitos garantidos e não abre mão dos seus privilégios assegurados pelo Estado desde Cabral ( o Pedro Álvares), dispondo de alguns dos melhores hospitais do mundo; outro, o dos que se virem por conta própria com benzedeiras, rezas e curandeiros. Para deixar bem claro: é desumana a campanha não contra a vinda dos médicos cubanos, que chegaram ao Brasil felizes da vida, mas contra os pacientes pobres brasileiros sem assistência.
A ofensiva contra o Mais Médicos criado para trazer profissionais do exterior e instalá-los nas regiões onde os brasileiros se recusam a trabalhar, começou logo após o programa ser lançado pelo governo federal por medida provisória em julho, e ganhou mais força com a chegada dos primeiros profissionais cubanos na semana passada.
Boa parte da classe médica brasileira e suas entidades representativas, numa violenta demonstração de xenofobia e corporativismo, foram às ruas para fazer protestos com narizes de palhaço e ocuparam espaços generosos na mídia para declarar guerra ao governo, mas não apresentaram nenhuma proposta alternativa parar minorar o sofrimento de milhões de brasileiros abandonados à sua própria sorte nas regiões mais remotas do país e nas periferias das grandes cidades.
Em seus argumentos hipócritas (não confundir com o juramento a Hipócrates), mostraram-se preocupados com a formação dos médicos estrangeiros e sua capacidade de atender com qualidade à população, como se o trabalho deles fosse uma maravilha de dedicação e competência em todos os hospitais e postos de saúde públicos.
Preocuparam-se até com os salários de R$ 10 mil pagos aos médicos cubanos, acertados num convênio do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), porque uma parte será repassada ao governo cubano, que os formou, ficando uma parcela de 25% a 40% para os profissionais. Chegaram a classificar esta medida, semelhante à estabelecida pela Opas com outros 58 países, como “trabalho escravo”.
“Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo”, rebateu o médico cubano Nélson Rodriguez, um dos primeiros 206 profissionais daquele país que desembarcaram sábado no Brasil.
Além da Opas, o programa Mais Médicos recebeu a aprovação da Organização Mundial de Saúde e, segundo as pesquisas mais recentes, é apoiado por 54% da população brasileira(contra 47% no final de junho). Entre quem apontou o PT como seu partido de preferência, este número sobe para 62%. Já entre os que preferem o PSDB, a maioria (49%) respondeu que é contra a importação de médicos, números que podem explicar o Fla-Flu nas redes sociais que é dominado por baixarias de todo tipo.
De outro lado, sete entre nove cartas sobre a polêmica publicadas nesta segunda-feira no “Painel do Leitor” da Folha dão seu apoio à importação de médicos estrangeiros e fazem duras críticas aos médicos brasileiros. Melhor é deixar o povo falar o que pensa.
Alguns exemplos:
Jalson de Araújo Abreu (São Paulo, SP): “O exame Revalida, ao qual médicos formados no exterior estão sujeitos, deveria ser aplicado nos formandos brasileiros. Esperamos que não confirme o resultado do exame do Cremesp, que reprovou 80% dos avaliados”.
Alcides Morotti Junior (São Roque, SP): Os médicos cubanos que disseram que são médicos por vocação, e não por dinheiro, estão seguindo o juramento de Hipócrates. Já os brasileiros _ pelo menos a grande maioria _, não.”
Luiz Carlos Roque da Silva (São Paulo, SP): “É incrível a atitude da maioria dos doutores contra o Mais Médicos: eles não vão para as regiões carentes e não deixam ninguém ir. Agora, vendo que a população apoia o programa, concentram-se nos cubanos. Estes já estão no Haiti, na África, no norte do Brasil. Os nossos, não. O mesmo se dá com os Médicos sem Fronteiras que arriscam a vida na Síria.”.
Carlos Roberto Penna Dias dos Santos (Rio de Janeiro, RJ): “Gostaria de condenar a campanha que a máfia de branco está fazendo contra o programa Mais Médicos. A histeria destas entidades médicas lembra o macarthismo. Tenho certeza de que a maioria da população apoia a vinda dos médicos estrangeiros e repudio a posição nazifascista de algumas entidades”.
Edgard Gobbi (Campinas, SP): “Um jornalista flagrou uma médica da Prefeitura de São Bernardo do Campo batendo o ponto e indo atender pacientes no seu consultório. Será que ela aprendeu com aquela médica de Ferraz de Vasconcelos quer marcava ponto com dedos de silicone com a impressão digital de outros médicos? E alguém duvida que a prática é comum no Brasil?”
Entre as duas cartas críticas, uma foi enviada pelo médico Fernando Piason França, de São Paulo, SP. Só pode ser deboche:
“Há uma determinação para que médicos não circulem pelas ruas de jalecos por questão de higiene. Os cubanos desembarcaram no aeroporto assim trajados. Nem começaram a já cometeram a primeira infração. Mau começo”.
Se todas as infrações cometidas diariamente por médicos brasileiros se limitassem a isso, estaríamos bem servidos. Aliás, se eu for atropelado daqui a meia hora na esquina de casa e aparecer alguém de jaleco branco, não vou querer saber de onde vem, não vou lhe pedir o currículo. Basta que ele salve a minha vida.
Não se trata de discutir o regime cubano nem a legislação trabalhista vigente naquele país. Não é problema meu. Neste ponto, estou absolutamente de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quando ele diz:
“Quem tem crítica pode fazer sugestões para aprimorar. Agora, não venham ameaçar a saúde da população que não tem médicos”.
É este o ponto. O resto é querer se aproveitar de uma solução de emergência, por todas as razões necessária, para criticar o governo, seja o do Brasil ou o de Cuba ou o de qualquer outro país que nos possa ajudar a enfrentar este gravíssimo problema da população ainda desassistida de saúde pública _, entre outros motivos, porque a maior parte dos nossos médicos não parece preocupada com isso.
Vida que segue.

25 comentários em “Conseguiram! Já em 2013, Balaio denunciava a campanha suja contra cubanos do Mais Médicos

  1. Quando começou a ocorrer a chegada dos médicos cubanos aqui no Brasil, houve a previsível resmungança por parte de todos que jamais seriam prejudicados, minimamente atingidos.
    A direita toda rezingou, porque os médicos em questão eram cubanos. Ou seja, eram nascidos, crescidos e formados em um país comunista. Quiçá as injeções, pílulas e pomadas que prescrevessem contivessem germes comunistas, que seria inoculados no organismo do brasileiro.
    Boa parte da classe médica também resmungou, sentindo-se preterida. Só não consideraram o fato de que os cubanos iriam atuar em áreas geográficas que há muito os médicos brasileiros repelem: zona rural, selvas, periferia das grandes cidades. Não é porque os cubanos estavam indo para tais lugares que esses médicos brasileiros perderiam o lugar. Os postos estavam ociosos e a eles ninguém se habilitava.
    Mas o mais curioso é o fato de que boa parte desses resmungões, que reclamaram de eles serem cubanos, não reclamaria se fossem suecos, italianos, alemães. O motivo desses idiotas é muito evidente, chama-se racismo. Não querem eles mesmos serem medicados por médicos negros e mulatos, e impedem que outros, que querem ser atendidos seja por que médicos for.
    A propósito, lembro-me de uma pergunta feita por um capcioso repórter da Globo, a um morador de um desses lugares que receberiam médicos cubanos, se “ele referia ser atendido por um cubano ou por um brasileiro”. Sensatissimamente, a pessoa contestou com outra pergunta: “Ué, agora já pode até escolher? Antes não tinha nenhum…”
    E outro repórter televisivo comentou com um barqueiro que faz o transporte de Belém a uma cidade da ilha de Marajó que ele iria levar o médico cubano destinado para lá. O barqueiro disse que essa era a primeira vez que transportava um médico, em 25 anos, e que a última vez se tratava de um médico do Sudeste que havia ido lá para pescar… Pois há muito não mais clinicavam ao se tornar empresário da saúde.
    E deixou claro que todos os casos mais simples eram tratados por curandeiros, com chazinhos, e por benzedeiras, com reza brava, e os doentes mais graves eram levados a Belém e muitas vezes morriam na viagem.
    Dá para tirarmos muitas conclusões desses fatos.
  2. Caro amigo Kotscho,conforme resultado da prova do conselho regional de medicina de São Paulo abaixo(que não impede os reprovados de exercer a profissão,como a prova da OAB) ,não são os médicos cubanos que estão precisando fazer a prova do revalida e sim os brasileiros,pois conforme esta pequena amostra( menos de 3.000 médicos recem formados somente em São Paulo).
    Mais da metade dos médicos recém-formados é reprovada em exame do Cremesp (Consenho Regional de Medicina S.P.)
    Escolas públicas tiveram piora no desempenho, com 37,8% dos reprovados. Nas instituições privadas, 66,3% dos alunos foram reprovados.
    • 2016 – 2.667 participantes – 56,4% de reprovação
    • 2015 – 2.726 participantes – 48,1% de reprovação
    • 2014 – 2.891 participantes – 55% de reprovação
    • 2013 – 2.843 participantes – 59,2% de reprovação
    • 2012 – 2.411 participantes – 54,5 % de reprovação
    Isto significa que mais da metade dos médicos formados no Brasil,não têm conhecimento básico para exercer a profissão e pior que isto, também explica por que o Brasil e campeão mundial de erro médico.
    Esses “profissionais” exemplares que criticam os cubanos ,não por preconceito e sim por reconhecer que a medicina cubana como solução da saúde pública está na vanguarda do mundo e nós ainda estamos engatinhado,não admitem profissionais mais bem preparados se colocando a disposição do governo brasileiro para atender uma parte da população brasileira, principalmente de periferia e do interior, marginalizada por “profissionais” brasileiros!
    Agora sem os médicos cubanos,essa população ficará sem atendimento ou será atendida por médicos de capacidade duvidosa que não consiguirem trabalhar nos grandes centros onde as exigências de conhecimentos proficionais são maiores!!
    Parabéns ao bozo,conseguiu fazer palhaçada antes de entrar no circo!!
    Força Amigo! Estamos juntos na resistência!
  3. “Quero ver agora quanto tempo vai levar para que os médicos brasileiros comecem a atender as comunidades mais carentes”. Esta é também a minha expectativa.
  4. Naquela época, pelo menos que eu saiba, você foi o único jornalista a se manifestar a favor do programa na TV Record
    Repito, quem, como eu, foi atendido pelos cubanos fica deprimido só de pensar em voltar a se tratar com os arrogantes passadores de receita de antigamente, obviamente com as honrosas e pontuais exceções
  5. Caro Kotscho, eu não vou discutir aqui sobre esquerda e direita e nem sobre as diferenças dos regimes políticos adotados e praticados em Cuba e no Brasil, cada povo sabe de si, mas quando o tema é sobre medicina cubana vou agradece-la e defende-la sempre até o último dia da minha vida.
    Ainda que me considerem chato por citar tantas vezes a minha experiência em Cuba quando em 2015 por conta de uma campanha que meus fizeram na Internet por mim para arrecadar o dinheiro que eu não tinha para me tratar no CIREN (Cientro Internacional de Regeneración de Enfermedades Neurológicas) em Havana, para quem nunca teve contato ou só ouviu falar dos médicos e da medicina cubana, quero e faço questão de contar como foi.
    Não fui pra lá com esperança de cura porque para a Distrofia Muscular, cura não há. Fui para tentar amenizar meus sofrimentos e minhas dores constantes devidos dos efeitos colaterais da doença. VOLTEI SEM AS DORES, de lá para cá raramente as senti!!! Essa foi a minha primeira e maior VITÓRIA que consegui. Obrigado sempre a todos os envolvidos.
    Peço perdão de antemão e a licença tua e de todos por me extender para contar um detalhe no intuito de contribuir a uma reflexão necessária para evitar pré julgamento e “pré conceitos” de alguns (muitos) :
    Há muito que eu não via um relógio de ponto daqueles com ponteiros e alavanca pra bater o cartão, aqui no Brasil praticamente desses não existem mais. Pois bem, Dr. Amado, diretor geral da renomada clínica citada, batia o seu ponto de entrada, hora do almoço e saída no mesmo relógio dos faxineiros, porteiros, seguranças não porque em Cuba essa função não é necessária, enfermeiros, os tantos outros médicos e funcionários da administração. Não há distinção e nem reclamação por normas comuns a todos. Não maior ou menor importância do cargo a não ser pelo maior para menor grau de conhecimento, especialidade e experiência nas diferentes funções. Essa é a hierarquia que eu vi naquele país e naquele hospital.
    Fiquei amigo do Dr. Amado, além de conversarmos muito sobre o tratamento e a Distrofia, falamos também sobre os nossos países e sobre nossas profissões, eu químico no Brasil e ele médico famoso em Cuba. Me contou que ganha por mês o equivalente a 1 salário mínimo do Brasil, pouca coisa mais do que os mais de 500 funcionários públicos do CIREN que dirige mas muito em se tratando de Cuba, um país muito pobre por conta do criminoso bloqueio econômico imposto pelos EUA desde aquela revolução.
    Isso talvez explique porque ganhar R$ 3.000 em missões pelo mundo equivale para eles a uma fortuna.
    É de fato um povo muito valente e forte!!! Fortíssimo em caráter, patriotismo e convicção. Eles querem ganhar mais e muito evidentemente mas não vi nem ouvi ninguém por lá pedindo ou querendo a volta do o capitalismo, pelo contrário, eles tem é rejeição!!!
    1. Amigo, desculpe, entendo sua opção ideologia, mas pimento no olho do outro é refresco, não é mesmo? Como assim cubanos tem rejeição aí capitalismo? Em qual planeta tu vives? Há décadas aquele povo é aprisionado e amestrado, controlado, reprimido. O salário médio de um cabo é trinta dólares por mês. Você acha mesmo que eles são contentes vivendo amontoados em cortiços pidrest, vigiados, censurados, ameaçados? Você acha ok que um cidadão cubano tenha que pedir permissão para sair de seu próprio país para viajar? E mesmo que tenha sorte de ganhar a permissão, vão viajar com qual dinheiro ganhando trinta dólares por neste? Internet é restrita a locais turísticos npara uso de turistas apenas, imprensa é cem por cento controlada pelo governo, oposição não existe, é reprimida. Cuba é única ilha do planeta que não há pescadores. Barcos de pesca são proibidos em Cuba pois obviamente muitos navegariam para longe da ilha em direção a Miami .
    2. “Eles querem ganhar mais e muito evidentemente mas não vi nem ouvi ninguém por lá pedindo ou querendo a volta do o capitalismo, pelo contrário, eles tem é rejeição!!!”
      Como ganhar muito sem o capitalismo? Vc poderia surgerir um outro sistema em que pessoas possam ganhar mais e muito sem o sistema capitalista?
      1. De fato qualquer cubano hoje com menos de 60 anos desconhece outro sistema que não o socialismo. Eu bem que provoquei mas eles querem manter o seu socialismo ganhando mais. Se o país cresce, todos melhoram, segundo eles.
  6. Tu achas mesmo que os conselhos de classe neste país vão permitir intrusão na sua reserva de mercado?
    Uma lástima para todos nós que precisamos de assistência de saúde.
    Sinto vergonha de dizer que sou brasileiro, só isso.
  7. Olhe, lógico que é lamentável a expulsão dos médicos cubanos, por questões ideológicas e de alinhamento com os EUA. Não é novidade a decisão, a não ser o ineditismo de uma decisão de responsabilidade do traíra Temer esteja sendo imposta pelo capetão eleito para substituí-lo como segundo presidente golpista, mostrando a unicidade do golpe de estado de 2016, que com ilegalidades, falcatruas mesmo, como divulgadas, impediram a oposição, na realidade o Presidente Lula e o PT de voltarem ao poder. E ainda tem gente se lamentado pela derrota imposta pelo golpe, como se estivéssemos na vigência do Estado Democrático de Direito, ainda num regime constitucional, quando na realidade estamos numa Ditadura, comandada a partir do Supremo Tribunal Federal. Nada podemos fazer para reverter a decisão. Os golpistas que se resolvam com os dois presidentes em exercício. Ambos presidentes eméritos, porque quem manda mesmo não os distintos.
  8. Kotscho, como disse Mano Brown, os progressistas devem aproveitar esse (e darão muitos) erro grotesco do coiso e dar os primeiros passos para voltar às origens. O descontentamento com essa atitude
    arrogante e prepotente atingiuu todos indistintamente, inclusive que votou nele.
  9. Agora vou falar… Falar não!!! Vou mostrar em imagens de vídeos curtos (se o Kotscho permitir) como é essa tal de relação humanizada entre médicos e profissionais da saúde cubanos com seus pacientes. Para isso preciso antes contextualizar o período temporal em que lá estive (2015) para que todos entendam.
    Dois assuntos predominavam em qualquer conversa pra todo canto : Novela brasileira e futebol. Na televisão passava “Duas Caras” da Globo com o Antônio Fagundes e o Lázaro Ramos dez anos depois de passar no Brasil. No futebol, Cuba se divide em torcer pelo Real Madrid, na época do Cristiano Ronaldo ou pelo Barcelona de Messi. No tempo que fiquei lá disputava-se a Copa América e eu, meu irmão que me acompanhou e um ou outro cubano torciamos para o Brasil de Dunga contra a maioria absoluta que torcia pela Argentina de Messi.
    Aos links dos vídeos, pois.
    1-Toda manhã uma equipe de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que me acompanharam no dia e na noite anterior se reuniam no meu quarto para uma rápida avaliação e programação das atividades a seguir. Naquela noite o Brasil de Dunga conseguiu perder para a Colômbia com o Roberto Firmino chutando pra lua ao invés de para o gol sem goleiro. Alessandro (de camiseta verde), chefe do departamento de fisioterapia e Rey, meu “rehabilitador” não me pouparam. Ah sim, eles sabiam que eu torcia para o Palmeiras na época treinado por um porra de um argentino e cheio de contratados pés quadrados de mesma nacionalidade.
    https://youtu.be/vqxY5cu2XtU
    2- Minha despedida do CIREN com todos os fisioterapeutas que cuidaram de mim. Reparem no final do vídeo o Reynaldo (Rey) me ajudando a calçar os sapatos. Rey possui mestrado em fisioterapia e escreve para várias publicações em todo o mundo sobre temas da sua especialidade. Me contou que já ministrou cursos temáticos na Inglaterra, França, Espanha, Portugal, México, Colômbia, Angola, Marrocos e Austrália (guardei na memória para honrar esse orgulho dele)
    https://youtu.be/CULyHxH1aIE
    3- E por fim, NELSON!!! Motorista da ambulância que nos transportava de manhã da clínica para o “Ginásio de reabilitação”, de volta para o almoço na clínica, de volta para o ginásio outra vez e já quase noite de novo pra clínicas. Dentre todos os demais “ambulanceros”, todos preferiam o Nelson, esse “extraordinario ” astro cantor da música caribenha!!!
    https://youtu.be/vcbWJxrovws
    Como não amar os cubanos???
  10. Não há “irresponsabilidade do novo governo”. E quem demonstrou desprezo pelo atendimento aos brasileiros foi a ditadura cubana.
    Informado de que o novo diretor do seu cliente pensa em dispensá-lo (coisa que sempre pode acontecer), um fornecedor normal o procuraria e, em último caso, proporia uma desativação gradual que atenderia às duas partes. Mas, ao contrário, sem nenhum respeito pelo país que lhe doou fortunas e pelas pessoas que podem ficar sem atendimento, Cuba vai retirar seus médicos sem diálogo e sem qualquer decisão do novo governo (que nem poderia tomá-la porque não assumiu).
    O objetivo, evidente, é causar-lhe dano político e/ou esconder podres de sua relação incestuosa com o PT, que deixou o déficit de médicos aumentar de modo irresponsável durante dez anos para então oferecer a “solução” que favorecia sua ditadura de estimação.
    Quanto à reposição, mais de 3.000 brasileiros já se inscreveram e, se necessário, não devem faltar médicos venezuelanos dispostos a vir para o Brasil com emprego garantido. Alguns pacientes podem ficar sem atendimento por algum tempo, mas será por culpa da ditadura cubana. Não vamos inverter os fatos.
  11. Kotscho, eu tinha decidido não dar mais palpites por aqui, mas diante da indecência que está se tornando o noticiário acerca da saída dos médicos cubanos do Brasil, não pude me abster. Ouvi um comentarista da rádio bandeirantes dizer que Cuba encerrou o programa por não querer ajudar um governo de direita. Veja a que ponto chegamos.
    O governo de Cuba reagiu às declarações do presidente eleito com indignação diante das “necessárias” exigências que o mesmo fez para que o programa continuasse, não aceitando portanto suas declarações “com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, tendo declarado e reiterado que modificará os termos e condições do programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e ao que foi acordado por esta com Cuba” (palavras do governo cubano).
    Nossa imprensa golpista vem defendendo o futuro presidente e suas declarações alopradas, num desrespeito aos pobres cidadãos brasileiros que só conseguem consultas porque os médicos cubanos aceitaram trabalhar em quase todos os rincões onde nenhum profissional da saúde brasileiro aceitou ir para cumprir seu compromisso assumido quando de seu juramento. Mesmo no estado mais rico da nação, São Paulo, é grande a necessidade dos profissionais cubanos. A confusão já está formada em clínicas, hospitais, pronto atendimentos de todo o país com a saída dos cubanos a partir de hoje. Faltam médicos, é claro. Consultas estão sendo canceladas e emergências ignoradas. Pelo amor de Deus, a saúde não pode esperar, mas o estrago está feito. Tomara que os médicos bolsominions honrem seu slogan de “Brasil acima de tudo” e preencham todas as vagas médicas disponíveis. Nunca quiseram. Será que agora vão mudar?
  12. “A gente se sentia explorado, diz cubano que saiu do Mais Médicos e ficará no Brasil” frase de um médico cubano. Fonte Folha de São Paulo. Vão chamá-lo de traidor? Desde que seja explorado e as famílias ameaçadas, além de nem direito de ter consigo o passaporte pelos companheiros serão defendidos apenas pela conexão ideológica. Começam aparecer o submundo do acordo cuba/pt
    através de telegramas nos jornais. Ataques cibernéticos no site de inscrição do programa. Será que são os fascistas da esquerda??? Vida que segue
  13. Os médicos cubanos podem ser ótimos médicos-Quem não presta é o governo cubano ,ESCRAVIZA esses cidadãos com apoio da OEA,e da ONU!!!!.O governo cubano recebe cerca de 70% do salário desses médicos,repassando apenas 30%.Sem em levar em conta a perversidade de dividir a família.Separando os filhos dos pais!!!!.
  14. Prezado Kotscho: Lendo seu post de hoje sobre os médicos cubanos me parece que você escreveu outro texto, salvo engano, com o título “Insanidade sem limite: médicos cearenses atacam médicos cubanos”de 27/08/2013 que merece, também, ser revisitado nessa direção
    http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2013/08/27/insanidade-sem-limite-medicos-cearenses-atacam-medicos-cubanos/comment-page-2/
    Agora o que podemos esperar para o setor da saúde de um governo militarizado, cheio de “notáveis”, que nem bem assumiu, mas que já dá sinais de que vai arrebentar o país? Acabar com o “Mais Médicos”, do jeito que estão fazendo com os médicos cubanos, parece ser só o começo. E vão querer vender tudo: a água, o petróleo, a saúde e quem sabe até o ar que respiramos. Agora só nos resta aguardar a indicação das demais “bonitezas” para os ministérios restantes. Triste Brasil.
    1. Prezado Kotscho: Entre os 59 comentários para seu post publicado em 26/08/2013 sob o título “É desumana esta campanha contra médicos cubanos” garimpei esse que fiz na mesma data sobre o assunto tratado: “Prezado Kotscho “Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo”, rebateu o médico cubano Nélson Rodriguez, um dos primeiros 206 profissionais daquele país que desembarcaram sábado no Brasil. Esse é o ponto crucial. Exercer a medicina e tratar das pessoas por vocação e não por dinheiro. Ter a visão da medicina (e exercê-la) voltada para a saúde pública da população. Cuba é uma referência sobre como conduzir uma política pública nessa direção. A chiadeira pode ser debitada na conta daqueles que pensam na medicina como meio de enriquecimento.” Parece óbvio que o pontapé inicial para detonar o programa vem desse época. Agora o próximo governo só vai colocar a pá de cal. A direita reacionária avançou com unhas e dentes, mas já está se auto- arranhando com as indicações dos recentes cargos ministeriais.
      1. De fato, caro Heraldo, até agora esse novo governo que ainda não assumiu só falou em cortar, demitir, vender, prender e esfolar.
        Ainda não descobri qual é programa de governo para melhorar a vida das pessoas.
  15. Discordo veementemente do nobre articulista. Nenhum “benefício”, a quem quer que seja, justifica trabalho análogo à escravidão. Este é o mesmo argumento dos escravocratas do século XVIII, que argumentavam que os escravos eram necessários para o trabalho e sem eles o Brasil viraria o caos. A vice ministra de Cuba, Márcia Cobas Ruiz, membra graduada do Partido Comunista Cubano foi demitida pelo simples fato do filho decidir ficar no Brasil. Imaginem os familiares comuns dos outros médicos, mantidos reféns pelo regime hediondo cubano para o caso de alguém pedir asilo. Vocês justificam a escravidão pelo simples fato de que o escravagista é o regime cubano. Enquanto não entenderem que não é possível defender regimes facinorosos (Cuba, Venezuela, Nicarágua, etc) bancando os democratas, ninguém, prestará atenção à vocês. Não é possível gritar “Bolsonaro apoia tortura” enquanto apoiam torturas à presos políticos destes regimes decrépitos e tiranos. Num dia fazem passeata contra Bolsonaro, no outro assinam manifestos a favor do Maduro….Por isso a sociedade está “anestesiada” contra seus esperneios: ninguém mais liga para hipócritas. Obs: estou tentando ajudar vocês, tirando-os da bolha que vivem. Saiam do mundo do “Brasil 247” e experimentem conversar com o povo comum, vai ajudar bastante.
    1. Já em relação às ditaduras no Oriente Médio (Líbia, Arábia Saudita, Bahrein, Qatar), todas pró-EEUU, tudo bem, não? Deixe de ser um maria-vai-com-a-globo!
  16. O tempo dirá e a população desassistida julgará o serviço médico prestado com a solidariedade internacional cubana. Até agora todos os indicadores favoreceram a presença da medicina cubana. Aliás, o programa Saúde da família foi originalmente inspirado no modelo cubano. A direita festiva esconjurou Hipócrates.
  17. Sobre programa Mais Médicos. É sabido que é um programa que é adotado por uma série de países,inclusive pasmem voces nós Estados Unidos da América Do Norte.Sim tem lá existem médicos cubanos do Mais Médicos atendendo as populações carentes e não são imigrantes não. É por acaso o coiso de lá expulsou os médicos cubanos? Não porque ele sabe que isso é uma medida contraproducente.Entao vamos parar com chorumelas com dizia o personagem Saraiva da Escolinha do Professor Raimundo. Agora um outro tópico que gostaria de ver adotado aqui no blog: a fraude na eleição. Sim porque uma pessoa com um mínimo de massa cinzenta consegue perceber que foi isso que aconteceu não só aqui como em outras partes do mundo.Precisamos falar sobre isso.Precisamos falar sobre a Cambridge Analytical. Isso é sério muito sério. Obrigada R.K pelo seu blog.Maria de Fátima
    1. Cara Maria de Fátima, você tem toda razão. Mas esse negócio de redes sociais eu não domino muito, tenho medo de escrever bobagem.
      Vou esperar algum fato novo, alguma coisa concreta, uma denúncia comprovada para comentar. Te agradeço pela dica. Abraços