Por Rodrigo Vianna, em seu blog:
Na noite deste domingo, o dono do Bip-Bip (o bar que é uma espécie de templo do samba no Rio) foi “conduzido” para a delegacia.
Não. Ele não roubou um cliente na conta. Ele não bateu num garçom.
Alfredinho, um personagem que promove rodas de samba e exige que os clientes fiquem em silêncio para ouvir os músicos, um sujeito que defende a democracia e a cultura, resolveu promover uma homenagem à vereadora Marielle.
Esse foi o crime de Alfredinho!
Um policial rodoviário (PRF) resolveu se insurgir contra a homenagem. E foi vaiado pelos presentes.
O tal policial se viu no direito de conduzir Alfredinho pra delegacia.
Pra isso, chamou uma viatura da PRF pra frente do bar. Um abuso. O abuso do guarda da esquina.
Mas não haveria o abuso do guarda da esquina sem os abusos de Moro – o juiz das camisas negras.
Vocês lembram da frase do Pedro Aleixo (vice-presidente de Costa e Silva na ditadura, dizendo porque não assinava AI-5 (dezembro de 1968) que acabava com o sistema de garantias individuais que ainda sobrevivia (apesar da ditadura iniciada em 1964): “O problema não é o senhor, presidente. O problema é o guarda da esquina”.
Hoje, no Brasil, não é só Moro que late seus desatinos, feito um cão de guarda do arbítrio.
Centenas de policiais/juízes/promotores (parte da casta jurídico-policial brasileira) sentem que não há lei que os detenha.
Eles são a lei.
A lei em movimento vale pra grampear advogado de Lula, vale para grampear presidente da República (Moro grampeou Dilma e avisou a Globo que botou grampo ilegal no ar) e para prender o Alfredinho de forma abusiva.
Pensem no absurdo: Polícia Rodoviária (eu disse “Rodoviária”) desloca uma viatura para “conduzir” o dono de um bar em Copacabana.
Qual estrada brasileira passa por Copacabana?
Pelo visto, a estrada do arbítrio e da barbárie.
Essa estrada começa em Curitiba, na vara presidida pelo cão raivoso, passa por São Bernardo (onde os cães querem prender – sem provas – o líder de todas as pesquisas eleitorais), faz uma curva pela Baixada Fluminense e a Maré (onde outros guardas da esquina se sentem poderosos para bater, matar e abusar do povo pobre), e passa em frente ao Alfredinho em Copacabana… até concluir seu trajeto em Brasília.
Na capital federal, outros cães (covardes, emparedados pela Globo) aceitaram o triste papel de – no STJ – chancelar o arbítrio.
O arbítrio inaugurado por Moro permite ao guarda rodoviário da esquina conduzir o Alfredinho.
Se o juiz das camisas negras pode conduzir Lula na base da canetada, porque não levar o Alfredinho?
E vão levar cada um de nós!
Tirem as mãos do Alfredinho!
Na noite deste domingo, o dono do Bip-Bip (o bar que é uma espécie de templo do samba no Rio) foi “conduzido” para a delegacia.
Não. Ele não roubou um cliente na conta. Ele não bateu num garçom.
Alfredinho, um personagem que promove rodas de samba e exige que os clientes fiquem em silêncio para ouvir os músicos, um sujeito que defende a democracia e a cultura, resolveu promover uma homenagem à vereadora Marielle.
Esse foi o crime de Alfredinho!
Um policial rodoviário (PRF) resolveu se insurgir contra a homenagem. E foi vaiado pelos presentes.
O tal policial se viu no direito de conduzir Alfredinho pra delegacia.
Pra isso, chamou uma viatura da PRF pra frente do bar. Um abuso. O abuso do guarda da esquina.
Mas não haveria o abuso do guarda da esquina sem os abusos de Moro – o juiz das camisas negras.
Vocês lembram da frase do Pedro Aleixo (vice-presidente de Costa e Silva na ditadura, dizendo porque não assinava AI-5 (dezembro de 1968) que acabava com o sistema de garantias individuais que ainda sobrevivia (apesar da ditadura iniciada em 1964): “O problema não é o senhor, presidente. O problema é o guarda da esquina”.
Hoje, no Brasil, não é só Moro que late seus desatinos, feito um cão de guarda do arbítrio.
Centenas de policiais/juízes/promotores (parte da casta jurídico-policial brasileira) sentem que não há lei que os detenha.
Eles são a lei.
A lei em movimento vale pra grampear advogado de Lula, vale para grampear presidente da República (Moro grampeou Dilma e avisou a Globo que botou grampo ilegal no ar) e para prender o Alfredinho de forma abusiva.
Pensem no absurdo: Polícia Rodoviária (eu disse “Rodoviária”) desloca uma viatura para “conduzir” o dono de um bar em Copacabana.
Qual estrada brasileira passa por Copacabana?
Pelo visto, a estrada do arbítrio e da barbárie.
Essa estrada começa em Curitiba, na vara presidida pelo cão raivoso, passa por São Bernardo (onde os cães querem prender – sem provas – o líder de todas as pesquisas eleitorais), faz uma curva pela Baixada Fluminense e a Maré (onde outros guardas da esquina se sentem poderosos para bater, matar e abusar do povo pobre), e passa em frente ao Alfredinho em Copacabana… até concluir seu trajeto em Brasília.
Na capital federal, outros cães (covardes, emparedados pela Globo) aceitaram o triste papel de – no STJ – chancelar o arbítrio.
O arbítrio inaugurado por Moro permite ao guarda rodoviário da esquina conduzir o Alfredinho.
Se o juiz das camisas negras pode conduzir Lula na base da canetada, porque não levar o Alfredinho?
E vão levar cada um de nós!
Tirem as mãos do Alfredinho!
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