segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Ciro ataca Flávio Dino e Boulos e mostra que “frente ampla” só com ele n...

30.11.2020 | TV GGN 20h: Os movimentos políticos pós-eleições

#AOVIVO - #20Minutos #BrenoAltman: Quem ganhou e quem perdeu as eleiçõe...

O É da Coisa, com Reinaldo Azevedo - 30/11/2020

Letícia Duarte conta os bastidores da Vaza Jato

‘Vaza Jato mostrou a corrupção daqueles que diziam combater a corrupção’, diz Letícia Duarte

‘Vaza Jato mostrou a corrupção daqueles que diziam combater a corrupção’, diz Letícia Duarte: Para a autora do livro “Vaza Jato”, a Lava Jato foi uma “ação de brasileiros em nome de seus próprios interesses ou de convicções do que se imaginava que o Brasil deveria ser. Brasileiros contra brasileiros”. Assista na TV 247

Felipe Neto descobre que a mídia corporativa é tucana

Felipe Neto descobre que a mídia corporativa é tucana: Em seu Twitter, o influencer disse que alguns veículos de comunicação poderiam até tatuar o logo do partido

Major Olímpio diz que Moro ‘deu um tiro no próprio saco’ ao aceitar emprego em administradora judicial da Odebrecht

Major Olímpio diz que Moro ‘deu um tiro no próprio saco’ ao aceitar emprego em administradora judicial da Odebrecht: A consultoria Alvarez & Marsal (A&M), com sede nos Estados Unidos, administra a recuperação judicial da Odebrecht e OAS, empresas quebradas pela Lava Jato, comandada pelo então juiz Sergio Moro, que será sócio-diretor da A&M em São Paulo

DR. MORO E A UNIMED.

 

O que um médico sério pode aprender com este sujeito?

Por Moisés Mendes

Via Hamilton Lucas

Sergio Moro veio a Porto Alegre para uma palestra na Unimed. O que os médicos podem aprender com Sergio Moro?
A diagnosticar sempre sem provas? A operar sem exames e apenas por convicção? A conduzir o doente coercitivamente para o hospital?
O que Sergio Moro tem a ensinar depois de ter participado do governo de Bolsonaro?
O que Moro aprendeu sobre ética e verdade com os filhos e os amigos de Bolsonaro?
Que lições pode dar o ex-juiz que encarcerou Lula antes da eleição, aderiu a um governo de extrema direita, com uma família ligada a milicianos, e depois foi mandado embora por não assumir todas as missões que recebeu?
Que lições de boas maneiras um médico sério e dedicado aos seus pacientes pode receber de Sergio Moro?

Altamiro Borges: Meus sete minutos com Maradona, em 2006

Altamiro Borges: Meus sete minutos com Maradona, em 2006: Por Antonio Barbosa Filho Dos muitos acasos felizes que marcaram minha vida, um dos mais inesquecíveis foi o dia em que, sem ser repórter es...

Requião avalia o resultado das eleições e a segurança da urna eletrônica

2º TURNO DAS ELEIÇÕES: ANÁLISE E DEBATE | Carta Eleições ESPECIAL

Novas análises: Bolsonaro descartável! Chamem a psiquiatria! POLÍTICA, B...

Doria endurece quarentena após eleição e Bolsonaro consolida fiasco como...

LIVE: PT e PSL são os maiores derrotados das eleições? | Galãs Feios

Moro vai defender a Odebrecht e Globo usa eleição para criar a direita d...

TV GGN 19hs: a leitura dos resultados e o balanço das eleições

26.10.2020 | TV GGN 20h: A reta final das eleições e a eficácia do discu...

Reinaldo Azevedo: Jair no 2º turno em 2022? Haverá Frente Ampla, como no...

EXCLUSIVO - Boulos fala a Reinaldo Azevedo depois da eleição

Boletim 247 - Moro quebrou Odebrecht: agora vai "gerir" o desastre que c...

Altamiro Borges: E depois das eleições do domingo?

Altamiro Borges: E depois das eleições do domingo?: Por Antonio Martins, no site Outras Palavras : 1. Uma eleição e dois fenômenos Dois fatos de relevância e raridade marcaram as eleições de 2...

Altamiro Borges: Endemoniado, Crivella ataca Doria e Paes

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POLÍTICA - "O pior canalha que este país já produziu."

 Do João Ximenes: Como juiz federal, Sérgio Fernando Moro, o mais célebre cidadão maringaense, destruiu a indústria da construção civil no Brasil, além da cadeia de óleo e gás. Levou à falência, numa tacada, as principais multinacionais brasileiras, entre elas a Odebrecht, que atuava em diversos países da América Latina e da África. Nisso, ele destruiu a economia do Rio de Janeiro. Muito se fala de Cabral. Nada, Cabral roubou. Quem destruiu os pilares da Economia do Rio de Janeiro foi Moro. Os moradores de rua que transformaram o Centro da cidade num grande campo de concentração de desvalidos? Na conta do Moro.

E o que faz o Sérgio Fernando agora? Vai se alimentar da carniça do animal abatido. Foi contratado por uma empresa americana de consultoria, Alvarez & Marsal, que cuida, vejam bem vocês, que administra a falência... da Odebrecht!
Não é lindo isso? Não dá vontade de fazer cuti cuti na bochecha do Merval?
Depois de dar de bandeja a presidência ao sacolé de pus e virar seu ministro, agora ele vai ganhar um troco sugando as tripas da multinacional que ele mesmo destruiu, enquanto sua patroa promove um livro que destaca na capa "Moro X Lula".
Não tem pra Lacerda. Não tem pra Toninho Malvadeza. Não tem pra Temer. Não tem pra Collor. Não tem nem pra Bolsonaro.
Sérgio Fernando Moro é o pior canalha que este país já produziu.

JORNALISTA ESCANCAROU IDA DE MORO PARA CONSULTORIA AMERICANA REVELA PROM...

Dória e Ciro saem como os grandes vencedores. Bolsonaro não está morto -...

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Nicolás Maduro convoca o povo a votar no próximo domingo para reconquistar maioria no parlamento

Nicolás Maduro convoca o povo a votar no próximo domingo para reconquistar maioria no parlamento: O presidente venezuelano Nicolás Maduro fez um apelo para que o povo vote em massa nas eleições parlamentares do próximo domingo, 6 de dezembro

China ultrapassa EUA em patentes de Inteligência Artificial

China ultrapassa EUA em patentes de Inteligência Artificial: Pela primeira vez, a China ultrapassou os EUA em número de patentes de IA, com mais de 110 mil pedidos registados no ano passado

SEGUNDO TURNO - Grande decepção para mim..

 



Não postei nada nesse domingo para acompanhar as eleições.

Estava muito esperançoso com a possibilidade da Manuela, do Boulos e a Marília se elegerem.

A derrota de todos eles foi muito dura para mim.

Pela primeira vez na minha vida deixei de votar. 

Me recusei a sair para votar no Eduardo Paes, assim como mais de 35% dos cariocas.

Vida que segue.

sábado, 28 de novembro de 2020

"UMA NOVA UTOPIA ESTÁ SURGINDO NO BRASIL": Laura Capriglione no #CaiNaRo...

PARCIALIDADE DE GOLPISMO DE SÉRGIO MORO JÁ EM SUA CAPA LIVRO DE ROSÂNGEL...

Bolsonaro e a grande derrota no domingo! Bispos e louras confundem eleit...

Allan dos Santos obcecado por homem e os piores vídeos | Galãs Feios

Bolsonaro abandona o 'Pai da Mentira' à própria sorte no Rio | MANDA NO ZAP

Boa Noite 247 - Nasce uma esquerda plural no Brasil - 28.11.20

Altamiro Borges: "Não há racismo", juram Bolsonaro e Mourão

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Altamiro Borges: Eduardo Bolsonaro ataca a China (outra vez)

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Altamiro Borges: Como Sergio Moro enganou você

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Altamiro Borges: Eleições nos EUA: repercussões no Brasil

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Altamiro Borges: A eficácia do discurso do ódio nas eleições

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Altamiro Borges: A recuperação das esquerdas no 2º turno

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Altamiro Borges: A democratização dos meios de comunicação

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Altamiro Borges: Maradona, o mais humano dos deuses

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Altamiro Borges: Algumas lições das eleições de 2020

Altamiro Borges: Algumas lições das eleições de 2020: Por Jessy Dayane, no jornal Brasil de Fato : O processo eleitoral de 2020 ainda está em curso, tendo em vista que o segundo turno está prest...

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Altamiro Borges: Bloqueio dos bens e o bolsonarista em Belém

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POLÍTICA - Engels e Lênin.

 

Engels e Lênin na América Latina ontem e hoje

A atual crise do capital, que ameaça a própria sobrevivência da humanidade, dá nova vida à obra desses dois gigantes na luta pela liberdade.

Por Marcos Del Roio.

O ano de 2020 desde já fica como um marco na história, quando um vírus assombrou a Humanidade e induziu a necessidade das pessoas se manterem afastadas umas das outras, a necessidade de se cobrir o rosto, de se expressarem apenas por meio das telas da tecnologia eletrônica. Mas se observarmos mais de perto essa é já uma tendência que vem mais de longe, talvez desde os anos 80 do século passado, quando a desintegração dos sujeitos coletivos conformados em organizações políticas, econômicas, culturais começou a proceder velozmente em torno da inovação tecnológica e de uma concentração de hegemonia por parte do capital. Estados sempre mais controladores e repressivos e com crescente eliminação de diretos sociais, relações sociais fundadas em extremado individualismo, tudo conforma o ambiente de uma regressão cultural sobre a qual o obscurantismo avança. Esse ano de 2020, que evidenciou uma crise assim profunda é também um ano propício para resgatar a lembrança dos 200 anos de nascimento de Friedrich Engels e os 150 anos do nascimento de Vladimir Lênin. Terão eles a nos dizer algo nessa situação que clama a luta, no limite, pela sobrevivência da humanidade?

Nesse cenário mundial a América meridional oferece a sua contraditória contribuição. Essa vasta e diversificada região se conformou, desde o século XVI, com a invasão e ocupação europeia, como um Ocidente subalterno, no qual a dominação colonial se estabeleceu sobre os povos indígenas e sobre os povos transplantados da África pela força. A ideologia católica reformada serviu de instrumento dessa ocupação, que gerou formas sociais heterogêneas, onde conviviam formas de escravismo e de feudalismo. A riqueza assim gerada serviu, em grande medida, para garantir a acumulação originária do capital, que então ocorria na Europa.

Essas formas sociais foram terrivelmente duradouras. A formação de Estados territoriais por toda essa área serviu apenas para internalizar a dominação colonial. O afastamento de Espanha e Portugal do continente logo deu lugar a disputas entre oligarquias regionais formadas em torno dos interesses coloniais que se procurava agora em substituir. Os povos submetidos secularmente – fossem os indígenas sobreviventes do secular genocídio, fossem os africanos que continuaram a chegar ainda por algum tempo como escravos – só tiveram voz quando das explosões de rebeldia. A persistência da exploração e da opressão dentro dos Estados formados segundo os interesses de oligarquias geradas no decorrer do domínio colonial possibilitou que a forma da subalternidade da Indo-Afro-América fosse redefinida. Estados “nacionais” miméticos e ficticiamente soberanos passaram a gerir a persistente relação colonial às custas dos povos originários e dos transplantados da África, aos quais se juntariam mestiços e migrantes pobres.

Quando a fase imperialista do capitalismo teve início, em torno de 1880, essa forma de produção da riqueza e de exploração da força de trabalho começou a se internalizar no continente em alguns lugares de alguns países, em particular no México e no Cone Sul. O tema do imperialismo se colocou no debate europeu em torno da sua utilidade (para os imperialistas) ou de sua validade ética, de uma pretensa missão civilizadora do Ocidente. Esse debate tomou conta também do movimento socialista, com posições diferenciadas no seio dos intelectuais que pensavam e elaboravam a ideologia socialista. Foi Lênin, no entanto, que em livro de 1916, O imperialismo como fase superior do capitalismo, ofereceu uma síntese que, sem dúvida é válida até hoje.

Para Lênin, o imperialismo não era apenas uma escolha política dos governos, o imperialismo era sim uma fase de desenvolvimento do capitalismo na qual as contradições do movimento do capital se agravavam. Formava-se uma oligarquia financeira, que passava a ser a classe dominante nos países capitalistas mais avançados, avançava a concentração e centralização do capital ao modo de monopólios, uma disputa crescente por fatias do mercado mundial, que implicava na exportação de capitais. Com a importação de capitais é que o capitalismo começa a se desenvolver na América meridional (de modo muito desigual, bom que se insista). Tem início a formação de uma burguesia interna e de um gérmen de proletariado. O proletariado que se forma é, em grande parte, originado das regiões da Europa onde o acesso à terra era dificultado ao máximo e o capitalismo era relativamente atrasado. Mas com os migrantes a mancha do capitalismo começa a se espalhar e também a resistência a exploração.

Lênin, em 1916, era conhecido apenas nos círculos marxistas socialistas da Europa, mas ainda não reconhecido como grande teórico e estrategista da política revolucionária que foi. Passados mais três anos o nome de Lênin já corria de boca em boca por quase todo o mundo, inclusive grande parte da América chamada de Latina. Com o nome de Lênin é que o marxismo, determinado marxismo, começou a se difundir pelo continente.

Qual marxismo? Ainda que logo na sequência da morte de Engels, em 1895, o seu nome tenha sido acoplado ao de Marx como se fosse um dupla que havia composto uma obra única, o fato é que forma autores diferentes, com agendas de estudo e pesquisa diferentes, mesmo que tenham sempre colaborado um com o outro. Nos 12 anos que sobreviveu a Marx, Engels compôs o marxismo como pensamento mais seu do que de Marx. Uma análise apurada de seus escritos em comparação com os de Marx mostra bem a diferença em diversos pontos, em particular aqueles relativos à dialética. Marx fundou uma nova dialética negando a dialética de Hegel, Engels apenas despiu o involucro idealista da dialética de Hegel. O marxismo fundado por Engels nos anos 80-90 do século XIX teve em Kautsky o seu principal continuador e difusor. Ao se difundir, o marxismo também se diversifica e se adapta ao novo ambiente, de modo que o marxismo é sempre determinado pelas condições sociais e culturais com as quais se encontra.

Quando da morte de Engels, na Rússia, um jovem com os seus 25 anos, publicou um artigo no qual reconhecia o enorme mérito de Engels na composição da obra revolucionária que o proletariado encarnava. No marxismo que se formava na Rússia, Engels oferecia o substrato filosófico e político no qual Plekhanov se amparou para introduzir o marxismo na Rússia. Eis que se formava o elo Engels-Plekhanov-Kautsky-Lênin. Mais tarde Lênin romperia com Plekhanov e com Kautsky, mas o laço com Engels permaneceu sólido, fosse no livro Materialismo e empiriocriticismo (1909) ou O Estado e a revolução (1917).

Na América Latina, os nomes de Marx e de Engels eram conhecidos por poucos desde os anos 80 do século XIX, mas em geral vinham dentro de um cesto que continha outros frutos das ideologias cientificistas e naturalistas da Europa burguesa. Entre os primeiros socialistas eram vistos por meio de uma leitura reformista justificada pelo atraso do capitalismo e pela escassez numérica do proletariado industrial. Ora, sem um capitalismo ao menos razoavelmente desenvolvido e um proletariado industrial numericamente expressivo, segundo certa leitura do marxismo, não havia como se pensar em revolução, apenas na melhoria das condições de vida dos trabalhadores e na sua representação política.

A revolução russa eclodiu numa conjuntura de guerra imperialista e de rebelião universal do mundo do trabalho e dos povos oprimidos. Muitos países de todos os continentes foram palco de revoltas, rebeliões, revoluções, Nuestra América incluída. México, Argentina, Chile, Brasil assistiram greves de massa, manifestações e confrontos com o Estado das oligarquias. Essa movimentação acabou derrotada em todo lugar, mas abriu espaço para a difusão do marxismo, determinado marxismo, aquele produzido pela teoria e prática dos bolcheviques russos, pelo pensamento de Lênin. Afinal foi Lênin o primeiro teórico e militante do movimento operário a colocar em pauta a necessidade da emancipação dos povos dominados pelo imperialismo na forma de colonialismo. A Internacional Comunista, fundada em 1919, por partidos revolucionários formados em meio a batalha pela defesa e difusão da revolução socialista surgida na Rússia aos poucos se espalhou pela maior parte do globo. A concepção de Lênin da necessidade de uma organização internacional solidária que estimulasse e apoiasse toda luta social das classes e regiões subalternizadas contribuiu para a fundação de partidos comunistas na América Latina. A primeira onda (1918-1925) cobriu Argentina, Uruguai, Chile, Brasil, México e Cuba. Uma segunda onda alcançou a América andina.

Além da lição de que a luta pela emancipação do trabalho se vinculava à luta pela emancipação nacional, Lênin também mostrou a importância da organização disciplinada no partido revolucionário. Os partidos comunistas não foram, por suposto, as únicas organizações que visavam a constituição efetiva de um povo/nação e de um Estado democrático nos diferentes países, mas é importante dizer que mesmo que impotentes para assumir a direção do processo que endereçou todo o continente para o capitalismo – um capitalismo que reproduziu e atualizou o estatuto colonial e as estruturas internas de poder – os partidos comunistas contribuíram para fazer as classes subalternas expressarem as suas reivindicações.

Os limites principais desses partidos estão ligados ao limitado conhecimento da realidade que se queria transformar e ao limitado conhecimento das obras teóricas de Engels e Marx, mas também de Lênin. De fato, o marxismo foi vitimado por certa estagnação e redução a fórmulas doutrinárias. Vale então lembrar que o marxismo que alcançou a América Latina foi uma ideologia fundada por Engels, refundada por Lênin e congelada com Stalin e parcialmente hibridizada com o positivismo.

As implicações políticas desses limites se mostraram com força a partir dos anos 60 do século XX. Houve uma busca pela renovação teórica e houve uma grande diversificação de organizações que se diziam marxistas, mas a derrota de todas as variantes foi quase completa na passagem dos anos 70 para os 80. Ditaduras militares cruéis se instalaram na América Latina para impedir que a revolução burguesa – que procedia pelo alto, tendo o Estado como sujeito – se transformasse em revolução democrática.

Nos anos 80 do século XX começou o processo de instauração de democracias liberal- burguesas, que se fez articulado com o projeto de uma sociabilidade neoliberal, ultra individualista e contrária a qualquer forma de organização popular. As classes dominantes pretendiam agora consolidar o seu poder e expressar isso em primeira pessoa, como proprietários, como empresários, sem a necessidade mais da instituição militar. A intenção era mesmo que a democracia e os direitos sociais não passassem de ficção.

Talvez o Partido dos Trabalhadores, no Brasil, tenha sido a última experiência de uma época na qual a vanguarda era a classe operária fordista, mesmo que marcado por forte corporativismo sindical, que não ultrapassa o talhe liberal, como demonstrado quando chegou ao governo do Estado brasileiro (2003-2016). A crise orgânica dos partidos comunistas e da ideologia marxista que lhes eram constitutivas deixou as classes subalternas parcialmente desarmadas. A vitória ideológica do capital com a sua proposta neoliberal incluiu a demolição dos institutos do movimento operário, sindicato e partido (com a marcante exceção do PT) e também de seus símbolos. A vítima maior foi a figura de Lênin, em particular depois da vitória reacionária neoliberal no que fora a Europa oriental e as democracias populares. Tudo se passou como se fosse Lênin o responsável pelos descaminhos dessa importante experiência histórica.

Um grande desafio se apresentou (e ainda se apresenta) às classes subalternas deste Ocidente meridional. Nas condições de declínio histórico do capitalismo uma grande ofensiva contra os trabalhadores foi empreendida com o revestimento da ideologia e economia política dita neoliberal. Desde logo ficou claro que uma revolução democrática com o objetivo de desenvolver um capitalismo autônomo com eventual participação de franjas da burguesia era algo que não havia mais como se sustentar. Tentou-se um novo começo por diversos caminhos, na maior parte com o descarte do marxismo, como se certo marxismo derivado da ideologia do Estado soviético refletisse o pensamento de Marx.

Esses caminhos foram genericamente chamados de movimentos sociais, que na verdade são verdade fragmentos da luta popular de resistência. São movimentos pela terra, pela moradia, pelo ambiente, pelos direitos das diferentes sexualidades, dos povos originários, dos descendentes de escravos. Deixou-se lado o eixo fundamental da luta, aquela capaz de unificar toda essa diversidade, que é a luta do trabalho contra o capital. A maior parte dessas lutas sociais não ultrapassa a perspectiva do direito e da justiça, de modo a permanecerem no horizonte ideológico do mundo burguês, mesmo que aqui e acolá se fale de socialismo. Os institutos históricos do movimento operário, sindicato e partido, continuam a perder força e influência com a persistência do desgaste de uma crise que é orgânica.

O Brasil foi o último dos países do continente a abraçar o neoliberalismo. A burguesia ainda buscava outros caminhos. A força do movimento democrático possibilitou a emergência de um forte movimento operário sindical, seguido um movimento de luta pela terra. A formação do PT, da Central Única dos Trabalhadores e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, mais que o começo, demarcava o fim de uma era. O PT logo se homologou à nova ordem (congresso de 1981), assim que essa se definiu após o chamado “consenso de Washington” (1989). Importante dizer que o quase vazio na esquerda orientada pelo marxismo foi coberto pelos católicos da “teologia da libertação”.

A mais clara expressão de oposição dentro da nova era que começava (era neoliberal ou era da barbárie) foi a emergência do EZLN no México: um movimento do povo maia pela autodeterminação dentro do Estado mexicano, pelo resgate da terra e da vida comunitária. Os povos indígenas da América andina seguiram também o caminho da organização e da luta, sempre com tendo por fundamento seus direitos históricos e sua tradição cultural. Equador e Bolívia foram exemplos expressivos, assim como a Venezuela e Chile, menos Colômbia e Peru. O exemplo mais bem sucedido foi mesmo a Bolívia, com a ideologia do bem viver, do resgate das tradições comunitárias dos povos indígenas dos Andes e que chegou ao governo.

Mas talvez a mais promissora movimentação de força social – e que tem caráter universal – tem sido o movimento das mulheres. Gigantescas manifestações femininas na Argentina, Chile, México, Brasil, a participação das mulheres na vida pública vem carregada de enorme potencial transformador em sociedades brutalmente machistas.

Contudo, em todos esses movimentos, como já foi dito, há uma limitação de caráter ideológico de grande dimensão, pois continuam submetidos à filosofia neoliberal e pós-moderna do mundo, uma concepção de mundo fragmentado, composto por singularidades. Essa ideologia pós-moderna de esquerda se manifesta com frequência em demandas por ações “afirmativas”, políticas de Estado focalizadas em setores sociais, sem a necessária universalidade.

Todavia é também verdade que nessa época neoliberal na qual a barbárie germina e floresce, o conhecimento da obra de Marx e de alguns dos autores mais importantes que se puseram na sua trilha cresceu bastante. Fontes primárias e publicações se multiplicaram, estudiosos dedicados e sérios surgiram em vários lugares. Acontece que essa massa intelectual se encontra descolada do movimento popular, o qual, por sua vez ignora, quando não repele esse conhecimento que tem dificuldade em se fazer prática. Mas é exatamente da prática que se deve partir, da experiência acumulada, da rebeldia esporádica do senso comum, que explode me raiva, não do senso comum que naturaliza ou transfere a algum deus a responsabilidade pela exploração social. Então há que se retomar, conhecer, a experiência de lutas anteriores de lutas pela liberdade dos trabalhadores escravos, servos e assalariados, das mulheres, dos povos. A memória é fundamental para a construção do futuro, assim como é a cultura.

Mas o que pode mesmo significar lembrar autores como Engels e Lênin que viveram em outros tempos, em outros espaços? Engels tem obra importante e vasta que aborda várias áreas do conhecimento, algumas das quais abriram um caminho muito promissor, mas talvez tenha sido o mais importante, nos anos que se passaram depois da morte de Marx, o seu papel de efetivo fundador do marxismo como ideologia do movimento operário, o seu trabalho na difusão do marxismo, na educação da classe. Engels se dava conta da necessidade de agrupar e educar a classe operária para a revolução, num trabalho árduo e longo dada a força que o capital e o seu Estado contavam ao se encerrar o século XIX. Foi Engels a afirmar que a emancipação do trabalho estava associada à emancipação da mulher, isso num momento que esse tema era tratado ainda de maneira muito embrionária no movimento operário socialista.

De Engels, Lênin preservou a necessidade da organização disciplinada, da educação, do estudo sistemático e paciente. Lênin realmente inovou na análise de uma realidade particular, concreta como necessidade para o empreendimento da transformação social e também na teoria da ação política, da necessidade de um órgão operador da política revolucionária. A revolução de 1917 demonstrou, com os sovietes, a capacidade de auto-organização e autogoverno das massas, mas a ênfase do último Lênin foi a necessidade de uma revolução cultural que preparasse a transição socialista. Muitos dos temas mais instigantes e atuais tratados por Engels e Lênin foram desenvolvidos por Gramsci – que cumpre 130 anos de nascimento em 2021 – nos seus Cadernos do Cárcere, com sua usual postura dialógica.

Os 200 anos do nascimento de Engels e os 150 anos de nascimento de Lênin é um momento para que resgatemos a enorme contribuição científica e prática política desses personagens, que contribuíram e instigaram a luta de milhares, milhões de homens e mulheres que se entregaram a obra da revolução em meio a incontáveis e terríveis sofrimentos, que ousaram lutar para construir um mundo novo e uma nova humanidade. Os fracassos foram muitos, mas a esperança que move a luta continua viva.

A atual crise do capital, que ameaça a própria sobrevivência da humanidade, dá nova vida à obra desses (e de muitos outros) gigantes na luta pela liberdade. Engels e Lênin novamente se tornam leitura de novo indispensável para alimentar a vontade de luta contra a barbárie que avança cotidianamente, mas também e principalmente para oferecer lições de organização, de disciplina e mostrar a necessidade de concentrar forças, de aprender, de estudar, de travar a luta ideológica, que é ao mesmo tempo a luta pela verdade e pela emancipação humana. Esses dois grandes revolucionários tem muito ainda a dizer para que o movimento de massas na América Latina seja levado a bom porto com a travessia árdua de superação da pesada herança colonial e de exploração abusiva de um capitalismo predatório, que só pode ser substituído por um caminho que leve a transição socialista.

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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

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Os próximos 10 anos serão piores do que 2020, prevê cientista russo: O cientista russo Peter Turchin afirmou que os próximos dez anos serão piores do que 2020. "Temos praticamente garantidos mais cinco ou dez anos infernais", afirmou o estudioso à revista americana The Atlantic.

RACISMO - " Não existe capitalismo humanista"".

 

Parte de comitê do caso Carrefour, Silvio Almeida avisa que não existe “capitalismo humanista”

 
Silvio Almeida. Foto: Reprodução/Twitter

O intelectual Silvio Almeida explicou sua atuação em um comitê com o Carrefour.

Escreveu um esclarecimento nas redes sociais.

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No Twitter:

“Segue um fio sobre o ‘Comitê’ externo e independente do caso Carrefour

1. Fui chamado a participar por outras pessoas que integram o Comitê (e não pela empresa) e que pediram minha ajuda para pensar formas de reparação e responsabilização que fossem efetivas e que não caíssem no esquecimento. Não é e nem nunca foi um grupo de ‘diversidade’.

2. Após muito refletir e conversar com pessoas próximas concluí que deveria lutar para que a família obtivesse a adequada indenização, mas também que fosse oferecida à comunidade negra uma resposta eficiente, que venha a se tornar um modelo

3. Decidi também que seria honesto e importante que as pessoas soubessem da minha participação, já que não se trata de ‘compliance’ ou de ‘assessoria’.

4. Sendo eu reconhecido como estudioso do tema, pensei que seria meu dever contribuir nesse momento tão confuso e tão difícil

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5. Segundo a ideia a mim apresentada, o Comitê serviria para, de forma independente, propor medidas para que violências como a que tirou a vida de João Alberto não mais aconteçam

6. As propostas do Comitê seriam feitas de forma a atender as reivindicações que há muito vem sendo feitas e que nunca foram atendidas pelo Carrefour ou por outra empresa

7. O Comitê foi criado – e é nisso que estou acreditando – para fornecer uma pauta que permitirá que a sociedade – inclusive as autoridades estatais – cobre a empresa em relação à sua implementação

8. Não trabalho para o Carrefour, não fui chamado pela empresa e nem irei funcionar como ‘assessor’. O intuito do Comitê é propor formas de reparação e meios de responsabilização que possam contemplar a família de João Alberto, mas também ao conjunto da sociedade.

9. Portanto, não sou assessor ou coisa que o valha, o que aliás foi uma condição para que eu participasse. Apenas não quero mais que outra pessoa seja assassinada e tenhamos como resposta ‘palestras de sensibilização’ em dois meses do ano e indenizações irrisórias

10. Não quero mudar a empresa e acho impossível e até absurda a existência de um ‘capitalismo humanista’. Não há ingenuidade aqui. A questão é de tomar uma decisão em defesa da vida: se eu puder evitar que mais uma pessoa morra, sinto que é meu dever fazer algo

11. Se puder ajudar a pensar formas de reparação amplas e eficientes que envolvam a comunidade, eu farei. Se eu puder ajudar a estruturar financeiramente projetos de pessoas negras e indígenas, auxiliar comunidades quilombolas […]

12. […] possibilitar que jovens negros possam estudar, impedir o fechamento de centros de cultura não tenham dúvida de que eu o farei.

13. Um exemplo de questão central que quero levantar no Comitê é a relação entre precarização do trabalho, terceirização e racismo. E não acredito que algo possa ser feito sem revisar as formas de contratação dos serviços de segurança e sem uma definição da responsabilidade

14. Outro exemplo de proposição pensada pelo Comitê é a rediscussão da própria ideia de ‘segurança’. As empresas de segurança trabalham a ideia de segurança como ‘segurança da mercadoria’, e não como ‘segurança das pessoas’.

15. Um negro não se sente ‘seguro’ em uma loja justamente porque é perseguido nos corredores. Como mudar isso? Como interromper essa cultura de perseguição a negros em lojas? Essa é a questão que me propus a pensar

16. Em paralelo a isso tudo, participarei hoje, às 11h30, da reunião de uma comissão de juristas instituída pela Câmara dos Deputados para apresentar propostas para a criação de legislação que trate do racismo institucional

17. Termino agradecendo as pessoas que confiam em mim e que acreditam no trabalho que venho desenvolvendo nos últimos anos. Farei de tudo para honrar a confiança de vocês”.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

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