segunda-feira, 18 de outubro de 2010

EX-ALUNAS CONFIRMAM RELATO SOBRE ABORTO.

Como se sabe, a campanha tucana tentou desqualificar a declaração de ex-alunas de Mônica Serra.

Agora deu na folha

Ex-alunas de Monica Serra confirmam relato sobre aborto

Monica Serra optou por não se pronunciar sobre relato de ex-alunas Alunas da então professora de Psicologia do Desenvolvimento aplicada à Dança, no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Monica Serra, confirmaram nesta quinta-feira estar presentes à aula em que a mulher do presidenciável tucano, José Serra, relatou ter sido levada a interromper a gravidez, no quarto mês da concepção. A coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro revelou o fato após o debate realizado domingo, na Rede Bandeirantes de TV, em sua página na rede social Facebook.Colega de Sheila Ribeiro, a professora de Dança de um instituto federal de Brasília, que preferiu não ter o seu nome citado “por medo do que essa gente pode fazer”, afirmou, lembra que no primeiro semestre de 1992, no segundo período que cursava na Unicamp, o depoimento de Monica Serra a impressionou. Ela estava sentada no chão em uma sala de dança, onde não há móveis e apenas um grande espelho e a barra de exercícios, ao lado das colegas Kátia Figueiredo, que mora atualmente na Suécia, Ana Carla Bianchi, Ana Carolina Melchert e Érika Sitrângulo Brandeburgo, entre outras estudantes, residentes aqui no país.
– Eu confirmo aqui o depoimento da Sheila Ribeiro. Foi aquilo mesmo. A professora Monica Serra nos relatou que havia feito um aborto em um período difícil da vida do casal, durante a ditadura militar. Foi um fato tocante, que marcou a todas nós. Lembro-me que o assunto surgiu quando ela falava sobre a dissociação do corpo e a imagem corporal, que até hoje dirige meu comportamento – disse.
Pressão
Sheila Ribeiro, após o protesto consignado em sua página, disse nesta quinta-feira que, apesar da pressão dos meios de comunicação e de eleitores de todo o país que passaram a visitá-la no Facebook, não se arrepende de ter relatado a sua indignação ao perceber a mudança de atitude da professora que, em 1992, revelava às alunas um episódio marcante na vida de qualquer mulher, como o aborto realizado diante o exílio iminente, ao lado do marido, e a possível primeira-dama que, em uma campanha política, acusa a adversária do casal de “matar criancinhas”.
– Pior do que isso foi o silêncio do Serra, que deveria ter saído em defesa da mulher, fosse qual fosse a situação em que se encontrava ali, diante das câmeras – emendou a ex-aluna de Monica Serra.
Coreógrafa e doutoranda em Comunicação e Semiótica, na PUC de São Paulo, Sheila Ribeiro mora em uma “praia linda” e, apesar de estar no centro de uma discussão que mobiliza o país, faz questão de seguir a sua rotina de estudos e de trabalho.
– Procuro me manter leve. Respiro – diz, emocionada.
Sheila tem recebido, ao lado de agressões de partidários dos dois candidatos, o apoio dos amigos e “mesmo de estranhos que entenderam a minha indignação”, afirma. Das colegas que estavam ao seu lado, na oportunidade em que a mulher do presidenciável tucano optou por revelar um momento difícil da vida, também recebe a solidariedade e o apoio.
– Estou aliviada por ter visto a Sheila questionar toda essa hipocrisia que permeia a sociedade brasileira. Ela foi muito corajosa e só merece nosso aplauso – conclui a colega que, hoje, mora em Brasília e se destaca pelo trabalho também na área da coreografia e da dança.
Sem resposta
Com as novas entrevistas realizadas pelo Correio do Brasil, nesta quinta-feira, a reportagem voltou a procurar o presidenciável tucano na tentativa de ouví-lo acerca dos depoimentos das ex-alunas da mulher dele, Monica Serra. O CdB o procurou, novamente, no Twitter, às 12h41:
“@joseserra_ Senhor candidato. Três outras ex-alunas confirmaram o relato sobre o aborto feito por sua esposa. O sr. poderia repercutir isso?”
Da mesma forma, foram encaminhados e-mails à assessoria de imprensa que, por intermédio de uma das assessoras, acusou o contato do CdB e ponderou que, se até o fechamento desta matéria, às 15h04, não houvesse qualquer resposta do candidato, como de fato não ocorreu, o fato deveria ser interpretado como sua recusa em tocar no assunto, em linha com a decisão tomada durante o debate.


Disse que a Dilma "matava criancinhas". Agora parece que a assassina é outra. Chega de hipocrisia.


Mulher de Serra abortou, diz aluna.

A coreógrafa Sheila Ribeiro contou que sua professora Monica Serra, mulher do José Serra, contou a alunas que fez um aborto quando o casal morava no Chile.

José Serra introduziu a calhordice do aborto nesta campanha – na opinião de Ciro Gomes.

Não era nenhuma novidade, porque, segundo o mesmo Ciro, Serra é capaz de passar com um trator por cima da cabeça da mãe, se for necessário.

Era necessário: ser Presidente a qualquer custo.

E foi o que ele fez, agora, ao levantar a bandeira do aborto: passou com o trator por cima da própria mulher.

Monica Serra parece ter concordado.

Ela foi à Baixada Fluminense, no Rio, pedir para não votar na Dilma, porque ela defenderia a morte de criancinhas num aborto.

A Dilma atacou Serra no debate da Band por causa disso, mas o Serra não defendeu a mulher.

Agora, se entende por que.

O Conversa Afiada por vários dias se recusou a publicar a reportagem da publicação Correio do Brasil, por não conseguir confirmá-la.

Ontem à noite, o Conversa Afiada recebeu cópia de uma troca de e-mails em que a aluna de Monica Serra, Sheila Ribeiro, explicava a um jornalista que queria entrevistá-la por que fez a denuncia:



Gente, é MUITO SIMPLES


Vi do sofá o debate dos presidenciáveis.

Me surpreendi pq nem sabia de polêmica nenhuma sobre aborto (não estava acompanhando).

Postei minha reflexão no FB baseada nas minhas experiências e no meu susto.


Desde então, acham que

1- sou do PSDB: “armação contra a Dilma”;

2- sou do PT: “boato contra o Serra”.


Não tem “boato”, teve um RELATO.


Eu não estou fazendo campanha de ninguém e muito menos ganhei $$ pra ser uma cidadã comum e colocar uma opinião indignada no FB. Voto na Dilma, pq prefiro um Brasil feliz com auto-estima e o Serra, para mim, representa um retrocesso espiritual.


O que ninguém vê, é que pode existir no Brasil, uma simples cidadã, que não é ligada à ninguém e que exerce a cidadania emitindo suas opiniões e experiências.


Como na França, na Argentina, as pessoas FALAM… o Brasil não vive na repressão.


Quando uma pessoa é um personagem público, como a Mônica Serra, ela REPRESENTA muitas coisas, inclusive posição ética. Me assustei com o debate. Se eu visse o Nelson Mandela na TV, sendo racista.. me assustaria e escreveria igual.


Essa é a política cidadã que quero participar em meu país.


Agora, eu preciso continuar a viver minha vida.
Dei uma entrevista ao “correio do brasil” onde falo da minha postagem no FB e o que eu tinha a dizer, já está muito bem escrito lá.


Um abraço,


Leia, a seguir, o que publicou o Correio do Brasil”:

Sábado, 16 de Outubro de 2010



Ano XI – Número 3941

“Monica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor”, afirma ex-aluna da mulher de presidenciável

13/10/2010 12:39, Por Redação, do Rio de Janeiro e São Paulo



O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d’água para uma eleitora brasileira. O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) – de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de “matar criancinhas” –, causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país, no segundo turno das eleições. A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto “no quarto mês de gravidez”.
Em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, na noite desta segunda-feira, Sheila deixa claro que não era partidária de Dilma ou de Serra no primeiro turno: “Votei no Plínio (de Arruda Sampaio)”, declara. Da mesma forma, esclarece ser apenas uma eleitora, com cidadania brasileira e canadense, que repudiou o ambiente de hipocrisia conduzido pelo candidato da aliança de direita, ao criminalizar um procedimento cirúrgico a que milhões de brasileiras são levadas a realizar em algum momento da vida. Sheila, durante a entrevista, lembra que no Canadá este é um serviço prestado em clínicas e hospitais do Estado, como forma de evitar a morte das mulheres que precisam recorrer à medida “drástica e contundente”, como fez questão de frisar.
No texto, intitulado “Respeitemos a dor de Mônica Serra”, Sheila Ribeiro repete a pergunta de Dilma, que ficou sem resposta:
– Se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

Leia o texto, na íntegra:


“Respeitemos a dor de Mônica Serra

“Meu nome é Sheila Ribeiro e trabalho como artista no Brasil. Sou bailarina e ex-estudante da Unicamp onde fui aluna de Mônica Serra.

“Aqui venho deixar a minha indignação no posicionamento escorregadio de José Serra, que no debate de ontem (domingo), fazia perguntas com o intuito de fazer sua campanha na réplica, não dialogando em nenhum momento com a candidata Dilma Roussef.

“Achei impressionante que o candidato Serra evita tocar no assunto da descriminalização do aborto, evitando assim falar de saúde pública e de respeitar tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Mônica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor.

“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre o seu aborto traumático. Mônica Serra fez um aborto. Na época da ditadura, grávida de quatro meses, Mônica Serra decidiu abortar, pois que seu marido estava exilado e todos vivíamos uma situação instável. Aqui está a prova de que o aborto é uma situação terrível, triste, para a mulher e para o casal, e por isso não deve ser crime, pois tantas são as situações complexas que levam uma mulher a passar por essa situação difícil. Ninguém gosta de fazer um aborto, assim como o casal Serra imagino não ter gostado. A educação sobre a contracepção deve ser máxima para que evitemos essa dor para a mulher e para o Estado.

“Assim, repito a pergunta corajosa da Dilma Roussef, que enfrenta a saúde pública cara a cara com ela: se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

“Nesse sentido, devemos prender Mônica Serra caso seu marido seja eleito presidente?

“Pelo Brasil solidário e transparente que quero, sem ameaças, sem desmerecimento da fala do outro, com diálogo e pelo respeito à dor calada de Mônica Serra,

“VOTO DILMA”, registra, em letras maiúsculas, no texto publicado em sua página no Facebook, nesta segunda-feira, às 10h24.

Reflexão

Diante da imediata repercussão de suas palavras, Sheila acrescentou em sua página um comentário no qual afirma ser favorável “à privacidade das pessoas”.

“Inclusive da minha. Quando uma pessoa é um personagem público, ela representa muitas coisas. Escrevi uma reflexão, depois de assistir a um debate televisivo onde a figura simbólica de Mõnica Serra surgiu. Ali uma incongruência: a pessoa que lutou na ditadura e que foi vítima de repressão como mulher (com evento trágico naquele caso, pois que nem sempre o aborto é trágico quando é legalizado e normalizado) versus a mulher que luta contra a descriminalização do aborto com as frases clássicas do “estão matando as criancinhas”. Quem a Mônica Serra estaria escolhendo ser enquanto pessoa simbólica? Se é que tem escolha – foi minha pergunta.

“Muitas pessoas públicas servem-se de suas histórias como bandeiras pelos direitos humanos ou, ainda, ficam quietas quando não querem usá-las. Por isso escrevi ‘respeitemos a dor’. Para mim é: respeitemos que muita gente já lutou pra que o voto existisse e que para que cada um pudesse votar, inclusive nulo; muita monica-serra-pessoa já sofreu no Brasil e em outros países na repressão para que outras mulheres pudessem escolher o que fazer com seus corpos e muitas monicas-serras simbólicas já impediram que o aborto fosse descriminalizado.

“Muitas pessoas já foram lapidadas em praça pública por adultério e muitas outras lutaram pra que a sexualidade de cada um seja algo de direito. A minha questão é: uma pessoa que é lapidada em praça pública não faz campanha pela lapidação, então respeitemos sua dor, algo está errado. Se uma pessoa pública conta em público que foi lapidada, que foi vítima, que foi torturada, que sofreu, por motivos de repressão, esse assunto deve ser respeitadíssimo.

“Vinte por cento da população fazem abortos e esses 20% tem o direito absoluto de ter sua privacidade, no entanto quando decidem mostrar-se publicamente não entendo que estes assimilem-se ao repressor”, acrescentou a ex-aluna de Monica Serra, que teria relatado a experiência, traumática, às alunas da turma de 1992.

Exílio e ditadura

Sheila diz ainda, em seu depoimento, que “muitas pessoas querem ‘explicações” para o fato de ela declarar, publicamente, o que a ex-professora disse às suas alunas na Unicamp.

“Eu sou apenas uma pessoa, uma mulher, uma cidadã que viu um debate e que se assustou, se indignou e colocou seu ponto de vista na internet. Ao ver Dilma dizendo que Mônica falou algo sobre ‘matar criancinhas’, duvidei.

“Duvidei porque fui sua aluna e compartilhei do que ela contou, publicamente (que havia feito um aborto), em sala de aula. Eu me disse que uma pessoa que divide sua dor sobre o aborto, sobre o exílio e sobre a ditadura, não diria nunca uma atrocidade dessas, mesmo sendo da oposição. Essa afirmação de ‘criancinhas assassinadas’ é do nível do ‘comunista come criancinha’. A Mônica Serra é mais classe do que isso (e, aliás, gosto muito dela, apesar do Serra não ser meu candidato).

“Por isso, deixei claro o meu posicionamento que o aborto não pode ser considerado um crime – como não é na Itália, na França e em outros países. Nesse sentido não quero ser usada como uma ‘denunciadora de um ‘delito’. Ao contrário, estou relembrando na internet, aos meus amigos de FB (Facebook), que o aborto é uma questão complexa que envolve a todos e que, como nos países decentes, não pode ser considerado um crime – mas deve ser enfrentado como assunto de saúde.

“O Brasil tem muitos assuntos a serem tratados, vamos tratá-los com o carinho e com a delicadeza que merece.

“Agora volto ao meu trabalho”, conclui Sheila o seu relato na página da rede social.

Sem resposta

Diante da afirmativa da ex-aluna de Sylvia Monica Serra, o Correio do Brasil procurou pelo candidato, no Twitter, às 23h57:

“@joseserra_ Sr. candidato Serra. Recebemos a informação de que Dnª Monica Serra teria feito um aborto. O sr. tem como repercutir isso?”

Da mesma forma, foi encaminhado um e-mail à assessoria de imprensa e, posteriormente, um contato telefônico com o comitê de Serra, em São Paulo. Até o fechamento desta matéria, às 1239h desta quarta-feira, porém, não houve qualquer resposta à pergunta. O candidato, a exemplo do debate com a candidata petista, novamente optou pelo silêncio.
Leia mais »
Alguns detalhes da história do suposto aborto de Mônica Serra
16 de outubro de 2010 às 14:27 30 Comentários
A história do suposto aborto de Mônica Serra, que evitei nos últimos dias, agora é pública. Desde o debate na Band que o assunto ganhou o twitter. Começou com a coreógrafa Sheila Ribeiro denunciando pelo seu Facebook que Mônica Serra havia revelado o caso numa aula da Unicamp.
Depois o site NovaE, do qual sou admirador, por uma apuração errada informou que o Facebook de Sheila se tratava de uma página fake, provavelmente criada por um tucano que queria jogar essa história no colo da campanha da Dilma.
Sinceramente, quando vi a página no Facebook e a matéria da NovaE, achei que de fato era uma armação. Mas alertado por um ator amigo que conhece Sheila Ribeiro, comecei a apurar a história.
Tive a certeza já na segunda à tarde de que as evidências apontavam para um caso a ser investigado. Mas decidi sair da pauta porque ela não combina com o trabalho que realizo.
Tem gente que cobre polícia, outros que gostam de reportagens esportivas e gente mais preparada para tratar de questões como essa. Não estou dizendo com que o assunto não era relevante e que não mereceria tratamento jornalístico. Até porque quem tornou a questão do aborto num tema de campanha foi exatamente Mônica Serra, numa caminhada na Baixada Fluminense, ao acusar a candidata Dilma de matar criancinhas.
Se ela não tivesse feito isso, seria contra a publicação da matéria e mesmo depois de Serra ter feito todo esse alvoroço sobre o tema da descriminalização. Sei que tem muito jornalista que pensa diferente. É uma questão polêmica.
Depois do zunzunzum no twitter, o primeiro veículo a dar caráter jornalístico ao tema foi o Correio do Brasil. Trata-se de um jornal que conheço há algum tempo. O seu diretor, Gilberto de Souza, foi cuidadoso ao levantar o assunto.
Entrevistou, além de Sheila Ribeiro, outras colegas da coreógrafa que haviam participado da aula onde Mônica revelara o aborto feito quando ainda vivia no Chile. Gilberto também tentou ouvir Serra e sua esposa, mas, como Mônica Bergamo, não obteve sucesso.
Ontem, conversei com Gilberto de Souza , depois que um amigo jornalista me ligou pra uma entrevista. A pauta dele era o que eu, como diretor da Altercom, achava sobre o fato de a campanha ter ganhado um nível tão baixo.
Ele dava exemplos dos emails apócrifos contra a Dilma e deste caso do aborto de Mônica Serra, que estaria sendo, segundo ele, divulgado numa página da internet criada para isso.
Corrigi a informação sobre o Correio do Brasil, que não foi criado para isso, e fiquei intrigado com a dimensão que o caso havia ganhado.
Passei, então, a procurar os amigos da blogosfera. Liguei pra muitos dos “blogueiros sujos” que vocês conhecem bem. Quase todos já tinham levantado informações sobre o tema, mas estavam receosos em torná-lo público. Cada qual com um motivo.
A Conceição Oliveira, do Viomundo, que vai publicar a matéria em breve, tinha, inclusive, realizado uma grande entrevista com a Sheila Ribeiro.
À noite fiquei sabendo que a Mônica Bergamo tinha conversado com a Sheila e que a matéria poderia ser publicada na Folha, o que aconteceu.
Publico a seguir todos os links das matérias para que o leitor entenda melhor o caso: Nova E, Correio do Brasil 1 e 2 e Folha de S. Paulo para assinantes (quem não for pode ler a matéria nos comentários). Acho também relevante dar uma olhada no Paulo Henrique Amorim.
Por fim, peço desculpas às dezenas de leitores que me enviaram insistentes comentários que não publiquei nesta semana me solicitando que republicasse a reportagem do Correio do Brasil e me posicionasse sobre o assunto.
Espero que a matéria de Mônica Bergamo seja suficiente não para transformar essa questão do aborto em tema ainda mais central na campanha, mas para tirá-lo completamente da pauta.
Também espero que a campanha de Dilma tenha a dignidade de não tratar do assunto. É melhor para o país que isso se restrinja ao campo jornalístico, não ao debate político.


Em tempo: hoje, na pág. A10, a Folha (*) publica:

Nenhum comentário: