O grito do Rio contra a privataria
Na última quarta-feira, a agenda privatizante do governo avançou, apesar dos protestos, com a venda de quatro usinas da Cemig ao capital estrangeiro por R$ 12 bilhões e o leilão de seis lotes de exploração de petróleo, arrematados por Exxon-Petrobrás por ás por R$ 3,9 bilhões. Mas na semana que vem o Rio será o cenário de um grito forte dos setores nacionalistas contra a fúria privatizante do governo de Michel Temer, com três manifestações que devem reunir mais de 15 mil pessoas e contarão com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ex-chanceler Celso Amorim, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do senador Roberto Requião e do deputado Patrus Ananias, entre outros parlamentares. Será a mais forte mobilização realizada até agora contra a venda do patrimônio nacional com o objetivo estúpido de arrecadar dinheiro para tapar o rombo fiscal, a exemplo do que será feito com os recursos obtidos com a venda das usinas da Cemig.
Na segunda-feira, dia 2, às 14 horas, no Clube de Engenharia, haverá o ato de lançamento da Frente em Defesa da Soberania Nacional, coordenada no plano parlamentar por Requião (PMDB-PR) e Patrus Ananias (PT-MG). A Frente reúne parlamentares de diferentes partidos e transborda para além do Congresso, reunindo empresários e personalidades da sociedade civil. Requião e Patrus lançaram advertências aos embaixadores estrangeiros no sentido de que toda as privatizações conduzidas pelo governo ilegítimo de Temer poderão ser revistas pelo próximo presidente eleito pelo voto direto. O ex-presidente Lula acaba de propor a convocação de uma Constituinte exclusiva para rever todas as medidas que Temer vem tomando contra o patrimônio nacional e as conquistas sociais e civilizatórias da sociedade brasileira.
Ainda na segunda-feira, no final da tarde, haverá o Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, que luta contra a privatização do setor elétrico. Será um grande ato no Terreirão do Samba, ao lado do Sambódromo. Com a venda das usinas da Cemig, cresce o movimento contra a privatização da Eletrobrás, que nesta quarta-feira foi criticada no Senado até por integrantes da base governista.
A mobilização culmina, na terça-feira, dia 3, com grande passeata que está sendo organizada pela Frente Brasil Popular, que congrega diversos movimentos sociais. A passeada descerá a Avenida Rio Branco e depois se deslocará para a região da Avenida Chile, Esplanada onde ficam os edifícios-sede da Petrobrás e do BNDES.
Com este primeiro grito contra a privataria temerária de Temer, a mobilização nacionalista deve se ampliar, impedindo que novos ativos sejam leiloados a toque de caixa, como aconteceu com as usinas da Cemig.
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