quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ECONOMIA - Dinheiro Migrante.



Dinheiro migrante

 

Os imigrantes de todo o mundo, cerca de 3 por cento da população do planeta, enviaram a seus familiares em seus países de origem, no ano de 2012, estimados 530 bilhões de dólares, quantia maior que a economia de países como a Argentina ou o Irã. Os dados são do Banco Mundial divulgados semana passada. 
É uma quantia nada desprezível que mostra a força da mão de obra imigrante e como as fronteiras do mundo estão cada vez mais vulneráveis,  apesar do cerco promovido por certos países onde a imigração ilegal é considerada um crime.
Os Estados Unidos foram o país de onde foram feitas mais remessas financeiras para o exterior, num total de 120 bilhões de dólares. Curiosamente, em sentido contrário,  estadunidenses que vivem no exterior, cerca de 2.4 milhões, mandaram para suas famílias apenas 5.1 bilhões de dólares.
Não é surpresa que os EUA liderem a emissão de remessas para o exterior, pois o país tem 42,8 milhões de imigrantes, cerca de 14 por cento de sua população.
O único latino na lista dos dez mais é o México, que aparece em terceiro, atrás de India e China.   Em bilhões de dólares, os cinco primeiros foram India (61,8), China (60,7), México (23,6), Filipinas (22,9) e Nigéria (19,9).
O Brasil não figura na lista do Banco Mundial e os dados sobre as remessas brasileiras não são precisos ou atualizados. Mas estima-se que nossos patrícios no exterior, não apenas dos EUA, mas também do Japão e Europa, devem ter enviado 7 bilhões de dólares para o Brasil, dinheiro que vai ajudar no sustento de seus familiares ou vai para para investimentos imobiliários, para aqueles que, alguma dia, quem sabe, possam estar de volta à pátria amada.
Essa respeitável quantia deveria ser vista com mais cuidado pelo poder público brasileiro. A massa de trabalhadores brasileiros no exterior, a maioria sem documentos, o que a torna vulnerável a todo tipo de aproveitadores, merece mais atenção das autoridades de Brasília.
Como prega o colunista Rui Martins, aqui no DR, quem sabe não está na hora da criação de uma secretaria de Estado que voltasse os olhos para essa vasta população emigrante que trabalha duro, muitas vezes sofrendo a perseguição da polícia de imigração, para, no fim do mês, remeter suas economias para a terra natal?
Fonte: Direto da Redação.

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