Prender Lula e fazê-lo mártir ou não prender para que sangre?
Minhas reservas quanto a pesquisas de opinião são conhecidas, ainda mais quando as eleições estão distantes.
Mas, pelo post anterior, dá para ver que, como disse o Galvão Bueno naquele fatídico jogo com a Holanda, na Copa de 2010, “a coisa já esteve melhor ” para a direita.
A crer na pesquisa Vox Populi, encomendada pela CUT, que revela uma elevação de 29% para 34 ou 35% das intenções de voto em Lula (dependendo se o candidato tucano seja Aécio Neves ou Geraldo Alckmin), dá para entender porque estão em jogo duas opções para as forças autoritárias.
Prender Lula e tentar destruir suas chances eleitorais.
Ou não prender Lula e evitar o risco de transformá-lo num “mártir” que colha os benefícios da impopularidade do Governo Temer, da qual a PEC dos gastos públicos é só o aperitivo, porque a pièce de résistance será a perda de direitos previdenciários e trabalhistas.
Há um sentimento surdo – ou mudo, porque não encontra voz na mídia – de humilhação no povo brasileiro, que se voltou, em princípio, contra o governo Dilma diante das denúncias de corrupção e da adoção de políticas recessivas.
Só que Dilma se foi e a corrupção – até com símbolos hilários, como o do ministro vendedor de vacas superfaturadas – continua e a recessão se aprofunda sem sinais de alívio.
O trono, herda-se com seus problemas.
E o rei imposto, diante deles, revela-se um fracasso, sem sequer o lastro dos votos.
PS. A pesquisa, na íntegra, pode ser baixada aqui, em PDF
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