quarta-feira, 19 de outubro de 2016

POLÍTICA - Quando envolve tucano, não dá em nada.


A volta dos mortos-vivos apavora os tucanos. Mas Moro investiga “morto-morto”

preto
Aquele “companheiro que não se abandona na beira da estrada”,  Paulo Vieira Souza – o “Paulo Preto” – reaparece como um zumbi, no Estadão de hoje, na proposta de delação premiada de Fernando Cavendish, dono da famosa Delta Engenharia. Na versão do jornal, Preto seria afilhado de Aloysio Nunes Ferreira, senador por São Paulo e parceiríssimo de José Serra, a quem o Paulo serviu como diretor da Dersa e responsável pela obra do Rodoanel.
Na proposta de delação de Cavendish, claro, o ex-governador Sérgio Cabral é personagem central, por supostos pagamentos na reforma do Maracanã e em outras obras do Governo do Rio de Janeiro. E sobra  para outro tucano, o governador de Goiás, Marcone Perillo, com propinas por obras viárias no estado.
Aloysio, claro, diz que tudo – o que é o “tudo” o jornal não revela – é mentira, mas, ao contrário do que fez José Serra em 2010, não fingiu desconhecer Paulo Preto, a quem chamou de “técnico e profissional altamente qualificado”.
O caso tem ligação com a Lava Jato, porque um dos contatos de Cavendish com os tucanos paulistas seria o lobista Adyr Assad, que está preso por ordem de Sergio Moro.
Resta saber se isso vai interessar, porque, contra os tucanos, os processos que correm em Curitiba investigam apenas um “morto-morto”, o ex-presidente do PSDB nacional, Sério Guerra, que teria pego de empreiteiros parte de uma propina de R$ 10 milhões para encerrar uma CPI da Petrobras.

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