“Resistir é preciso”: Série narra trajetória da imprensa alternativa e clandestina na Ditadura
No primeiro capítulo: Millôr Fernandes, José Luiz del Roio, Chico e Paulo Caruso, Carlos Azevedo, Claudius, Cypriano Barata, Pagu, Oswaldo de Andrade, Astrojildo Pereira, Barão de Itararé, entre outros
A ABI e o Instituto Vladimir Herzog têm o prazer de apresentar a série “Resistir é Preciso…”, com 10 capítulos que narram, pela primeira vez na TV brasileira e no Youtube, a trajetória da imprensa alternativa, clandestina e a feita no exílio, durante o regime militar (1964-1985).
A série, dirigida pelo jornalista Ricardo Carvalho e apresentada por Othon Bastos, já foi exibida no History Chanel, na TV Brasil, com a produção da TC filmes e apoio da TVM-documentários.
Toda segunda e toda quinta-feira, a partir do meio dia, você vai assistir aqui no site da ABI a um novo capítulo. E se perder, não tem problema, a série vai ficar aqui hospedada.
1º. capítulo: “como tudo começou…”
No primeiro capítulo, o de hoje, “Como tudo começou…”, além de lembrar que o nosso primeiro jornal – Correio Brasiliense – foi feito no exterior e chegou ao Brasil clandestino, você vai conhecer trechos de alguns momentos eletrizantes da série. E mais. Estão neste primeiro capítulo, entre outros: Millôr Fernandes, José Luiz del Roio, Chico e Paulo Caruso, Carlos Azevedo, Claudius, Cypriano Barata, Pagu, Oswaldo de Andrade, Astrojildo Pereira, Barão de Itararé…
A irreverência e o humor do Barão de Itararé
Este segundo episódio, “Um barão que não é barão faz escola e cria um estilo”, é dedicado, integralmente, ao jornalista, humanista, frasista, humorista e comunista Aparício Torelli, o Barão de Itararé.
São muitas as sacadas e as histórias que cercam o barão e uma delas envolve a ABI, que prestou uma grande homenagem a ele. Havia muita tensão política e se acreditava que a polícia poderia aparecer para “dar porrada na boca” de todo mundo. Só que não aconteceu nada. E o barão cravou mais uma das suas frases: “Tem alguma coisa no ar, além dos aviões de carreira”. Há quem diga que esta homenagem precipitou o fim do Estado Novo.
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Para Jorge Amado “mais do que pseudônimo, Barão de Itararé foi um personagem vivo e atuante, uma espécie de dom Quixote nacional, malandro, generoso e gozador, a lutar contra as mazelas e os mal feitos”.
Fernando Moraes, biógrafo de Assis Chateaubriand, garante que o barão teria sido o único ser humano que conseguiu passar a perna no Chatô. Na própria biografia, está a reposta do Chatô: “eu sabia que este filho da puta era comunista”.
Bom divertimento, que a gente merece.
Por Ricardo Carvalho, diretor da ABI em São Paulo
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