quinta-feira, 3 de junho de 2010

GRÉCIA - Esse filme a gente já conhece.

Grécia anuncia novas privatizações

Correios, águas e sector ferroviário serão privatizados, e o contrato de concessão do aeroporto internacional de Atenas ao grupo alemão Hochtief será prolongado.
Papandreou: muitas privatizações. Foto de World Economic Forum,  FlickR
Papandreou: muitas privatizações. Foto de World Economic Forum, FlickR

O governo da Grécia anunciou um amplo plano de privatizações que visa reduzir a dívida pública. Os sectores a privatizar são os correios, águas e o sector ferroviário. Segundo as contas apresentadas, o objectivo é arrecadar três mil milhões de euros em três anos.

“Decidimos acelerar os processos de privatização”, anunciou o ministro das Finanças, George Papaconstantinou, que tem a meta de reduzir o défice orçamental dos actuais 13,6% do PIB, em 2009, para um nível de 3%.

Papaconstantinou anunciou assim a venda de 49% da Trainose, empresa da Hellenic Railways Organization (ferroviária), 23% da Thessaloniki Water & Sewage, a segunda maior empresa de águas do país, e vai reduzir a posição que detém no capital da Athens Water Supply e Sewage, segundo a Bloomberg. Será vendida também uma parcela de 39% dos serviços postais.

George Papaconstantinou disse que o Estado vai manter as participações na maior produtora de electricidade do país, a Public Power, bem como na Hellenic Telecommunications, a maior operadora de telecomunicações.

O governo prevê igualmente a privatização total dos casinos, o prolongamento do contrato de concessão do aeroporto internacional de Atenas (concedida ao grupo alemão Hochtief) e a concessão dos direitos de gestão dos aeroportos regionais.

Quanto aos portos, cuja maior parte é propriedade do Estado (74% do porto do Pireu e de Salónica e 100% dos portos regionais), o governo prevê “o desenvolvimento dos serviços portuários em colaboração com parceiros estratégicos, assim como as ua entrada na Bolsa”, até 49% do seu capital.

Para o ministro, o anúncio das privatizações “é um apelo aos investidores na Grécia e no estrangeiro”, mas não foi apresentado um calendário preciso para a concretização do planno de privatizações.

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