terça-feira, 1 de junho de 2010

POLÍTICA - A guerra suja da campanha de Serra.

A guerra suja da campanha de Serra
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La Paz (Bolívia)
Com o tempo fica claro que a questão da Bolívia e do narcotráfico é uma operação organizada e articulada mais uma vez com a grande imprensa no comando da campanha do candidato da oposição a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS). Ele voltou a explorá-la no fim de semana, num encontro de tucanos em Cuiabá (MT). Basta ver as matérias da VEJA dessa semana e da Folha de S.Paulo desse domingo. Mesmo com a mais absoluta falta de provas e indícios e com a produção irrisória de cocaína pela Bolívia - 60% dessa droga produzida no mundo vêm da Colômbia, 600 toneladas ao ano - tanto a revista quanto o jornal deram cobertura e apoio ao caso.
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La Paz (Bolívia)
Com o tempo fica claro que a questão da Bolívia e do narcotráfico é uma operação organizada e articulada mais uma vez com a grande imprensa no comando da campanha do candidato da oposição a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS). Ele voltou a explorá-la no fim de semana, num encontro de tucanos em Cuiabá (MT).

Basta ver as matérias da VEJA dessa semana e da Folha de S.Paulo desse domingo. Mesmo com a mais absoluta falta de provas e indícios e com a produção irrisória de cocaína pela Bolívia - 60% dessa droga produzida no mundo vêm da Colômbia, 600 toneladas ao ano - tanto a revista quanto o jornal deram cobertura e apoio ao caso. A Folha passando recibo na ajuda ao candidato, dando o título de "PF avaliza visão de Serra sobre Bolívia" a uma matéria velha que mal conseguiu requentar.

Para tanto, o jornal recebeu informações em off (de fonte que não se identifica) da Polícia Federal (PF) e buscou dados antigos no Itamaraty e na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. São informações de um relatório de nossa chancelaria enviado há quatro anos (2007) à Comissão, segundo as quais "entre 2005 e 2006, a área de produção de folha de coca na Bolívia cresceu de 24.400 para 27.500 hectares". Ou seja, o relatório do Itamaraty foi enviado há quatro anos, mas é uma análise da situação há cinco (2006) e seis (2005) anos.

Pretexto para VEJA atacar política externa


Já a VEJA, numa matéria sensacionalista e de cunho eleitoral, mas também sem provas ou indícios, diz que a diplomacia lulista sentiu o golpe da pseudo denúncia de Serra. Quer dizer, nada de novo em se tratando de VEJA que há muito tempo deixou de ser revista e tornou-se um panfleto político-ideológico a serviço da oposição e da campanha tucana.

Fora o fato que nenhum dos dois veículos de comunicação aborda a questão de que a responsabilidade pelo consumo e pelo tráfico é totalmente brasileira e não da Colômbia ou da Bolívia.

Nossa imprensa - Folha e VEJA inclusive, nessas matérias - esconde também o fato de que a folha de coca é mascada na Bolívia ou destinada à produção de chá oferecido em todos os hotéis do país já que é indispensável para suportar as elevadas altitudes de La Paz e do Altiplano boliviano. Além da Folha não esclarecer que a produção irrisória de folhas de coca (27.500 hectares) é em sua maior parte destinada ao consumo da população boliviana e para fins medicinais

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