Marta virou a queridinha
Paulo Moreira Leite
Confesso que sempre achei uma baixaria quando chamavam Marta Suplicy de Martaxa.
Havia um preconceito óbvio, de teor sexista e reacionário, quando a frase “Relaxa e goza” foi transformada numa espécie de slogan permanente da então ministra do Turismo.
Também era uma indignidade reparar (quem esqueceu?) que as aplicações de botox, o figurino, a maquiagem e a tinta nos cabelos sempre foram assuntos prioritários em relação ao legado positivo de Marta em São Paulo, como o bilhete único, os Céus, e o Renda Mínima, embrião do Bolsa Família.
Mas confesso que a campanha atual de revalorização de Marta Suplicy é igualmente curiosa. Adversários que jamais a respeitaram e sempre retrataram sua herança de modo injusto e tendencioso agora tentam exibir a ex-prefeita como vítima de Lula.
Por que isso?
Porque se espera que Marta Suplicy auxilie a vencer o candidato escolhido por Lula. Querem que a ex-prefeita trabalhe para o adversário.
Essa é a questão que alimenta tanta hipocrisia.
Muitos adversários de Lula saíram humilhados da campanha de 2010, quando diziam que ele havia lançado um poste. Tentam, agora, uma revanche, capaz de lhes dar um pouco de oxigênio e voltar a fazer planos.
O próprio Lula tem boa parte da culpa, pois foi o primeiro a dizer que iria fazer de São Paulo sua prioridade, quebrando uma longa hegemonia que o PSDB construiu na cidade e também no Estado.
Não conseguiu unir o partido mas estimulou a união dos adversários.
Apostava-se no PT que Serra estaria fora da disputa, o que transformaria a eleição num concurso de novatos – o que seria favorável a Haddad. Mas o quadro mudou e não há como prever como o eleitor vai reagir a isso.
A possibilidade de derrotar um candidato com lastro presidencial tornou-se a prioridade número 1 da oposição em 2012.
Será a forma de tentar abrir caminho para 2014, até agora uma estrada íngrime, em que os presidenciáveis se mostram encolhidos diante da popularidade de Dilma.
O plano é transformar Marta Suplicy em cabo eleitoral de Serra, nem que seja pelo silêncio.
Essa é a discussão.
Havia um preconceito óbvio, de teor sexista e reacionário, quando a frase “Relaxa e goza” foi transformada numa espécie de slogan permanente da então ministra do Turismo.
Também era uma indignidade reparar (quem esqueceu?) que as aplicações de botox, o figurino, a maquiagem e a tinta nos cabelos sempre foram assuntos prioritários em relação ao legado positivo de Marta em São Paulo, como o bilhete único, os Céus, e o Renda Mínima, embrião do Bolsa Família.
Mas confesso que a campanha atual de revalorização de Marta Suplicy é igualmente curiosa. Adversários que jamais a respeitaram e sempre retrataram sua herança de modo injusto e tendencioso agora tentam exibir a ex-prefeita como vítima de Lula.
Por que isso?
Porque se espera que Marta Suplicy auxilie a vencer o candidato escolhido por Lula. Querem que a ex-prefeita trabalhe para o adversário.
Essa é a questão que alimenta tanta hipocrisia.
Muitos adversários de Lula saíram humilhados da campanha de 2010, quando diziam que ele havia lançado um poste. Tentam, agora, uma revanche, capaz de lhes dar um pouco de oxigênio e voltar a fazer planos.
O próprio Lula tem boa parte da culpa, pois foi o primeiro a dizer que iria fazer de São Paulo sua prioridade, quebrando uma longa hegemonia que o PSDB construiu na cidade e também no Estado.
Não conseguiu unir o partido mas estimulou a união dos adversários.
Apostava-se no PT que Serra estaria fora da disputa, o que transformaria a eleição num concurso de novatos – o que seria favorável a Haddad. Mas o quadro mudou e não há como prever como o eleitor vai reagir a isso.
A possibilidade de derrotar um candidato com lastro presidencial tornou-se a prioridade número 1 da oposição em 2012.
Será a forma de tentar abrir caminho para 2014, até agora uma estrada íngrime, em que os presidenciáveis se mostram encolhidos diante da popularidade de Dilma.
O plano é transformar Marta Suplicy em cabo eleitoral de Serra, nem que seja pelo silêncio.
Essa é a discussão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário