Radiografia de uma candidata "apolítica"
Por Marcelo Zero, no blog de Paulo
Moreira Leite:
Assim sendo, considerações sobre a biografia do candidato e suas idiossincrasias pessoais não são substancialmente relevantes para a análise racional do significado social e político das candidaturas. É muito mais importante saber o que seus seguidores querem, sentem e pensam. O realmente relevante é saber a quais interesses uma candidatura serve.
No caso da candidatura de Marina Silva, parece cada vez mais claro que ela serve a interesses fundamentalmente conservadores.
No campo social e da afirmação de direitos, a sua sabida vinculação a setores evangélicos conservadores a leva a tomar posições no mínimo questionáveis, como a referente ao aborto e à união homoafetiva.
Na área ambiental, há uma ambiguidade que torna as posições da candidatura Marina mais consentâneas às teses neomalthusianas do Clube de Roma, o qual apregoava e apregoa a redução do crescimento como forma de enfrentar os grandes desafios do planeta, que ao conceito progressista do desenvolvimento sustentável, criado pelos países em desenvolvimento, com o Brasil à frente, justamente para defender seu direito de crescer e aumentar o bem-estar de suas populações.
Em política externa, a sua conhecida afirmação beligerante sobre o
“chavismo” revela total desconhecimento sobre o processo político de alguns de
nossos vizinhos ou, pior ainda, subalternidade ideológica e política aos
interesses da grande potência mundial.
Na área da economia, seus gurus, Eduardo Gianetti e André Lara Rezende, são velhos e bem conhecidos representantes da ortodoxia econômica no Brasil. Completa a trinca Neca Setúbal, herdeira do Banco Itaú, que ficou encarregada de declarar que uma das medidas principais da candidatura seria a implantação da autonomia do Banco Central, velha e marota reivindicação do setor financeiro. Desse modo, as raposas poderão tomar conta do galinheiro, assegurando o atendimento aos interesses do rentismo, em detrimento do interesse público. A medida foi anunciada por quem dela se beneficiaria, sem nenhum conflito ético.
Também já foram aventadas algumas medidas menos importantes, como a criação
de um conselho para monitorar a responsabilidade fiscal, a redução do número de
ministérios e a extinção de cargos comissionados. São medidas demagógicas, que
não têm impacto financeiro algum, mas que denotam a ênfase conservadora na
redução de gastos, na “austeridade”, na ampliação do superávit primário e no
aumento das taxas de juros, como forma de combater a inflação e “ajustar” a
economia, no cenário de crise mundial.
Trata-se, na realidade, das mesmas “medidas impopulares” prometidas pela
candidatura Aécio. Como ele, a candidatura Marina pretende restituir a sua
antiga glória a ortodoxia econômica que submergiu o mundo na pior crise desde
1929.
Com efeito, não creio que haja dúvidas que, se vitoriosa, a candidatura Marina implantará, no Brasil, as mesmas políticas econômicas pró-cíclicas que vêm sendo implantadas nos países desenvolvidos, revertendo as políticas anticíclicas do governo Dilma.
Graças a essas políticas anticíclicas, o povo brasileiro vem sendo poupado
do desemprego, do arrocho salarial, da extinção de direitos e do enfraquecimento
do Estado de Bem-Estar que assolam muitas economias avançadas. Com o abandono
dessas políticas e a adoção das políticas pró-cíclicas e simpáticas ao
“mercado”, essa ubíqua e enganadora reificação, regrediremos ao nosso passado,
no qual o peso maior dos “ajustes” recaia inexoravelmente sobre trabalhadores,
funcionários públicos e pobres em geral.
E tais políticas também solaparão o modelo de desenvolvimento socialmente
inclusivo implantado, a duras penas, pelos governos do PT.
Goste-se ou não desses governos, o fato concreto, facilmente aferível por
quaisquer estatísticas, é que houve, nesse período político, um intenso e célere
processo de eliminação da pobreza, combinado com uma forte redução das nossas
históricas desigualdades e com políticas voltadas à ampliação de oportunidades
para todos os brasileiros. Ao mesmo tempo, restaurou-se a capacidade do Estado
de investir e de conduzir a atividade econômica, conforme o interesse
público.
Esse é o grande fato politicamente novo da história recente do
Brasil.
Tal modelo de desenvolvimento inclusivo ou de neodesenvolvimento social,
como queiram, representou uma ruptura ao menos parcial com o modelo neoliberal
que predominou no Brasil até o início deste século. Passamos de um modelo
intrinsecamente concentrador, cujos motores eram a venda de patrimônio público e
o afluxo de capitais externos, inclusive, e principalmente, os especulativos,
para um modelo intrinsecamente inclusivo, cujos motores principais são o mercado
interno e o investimento, público e privado, em infraestrutura e
logística.
São processos históricos bastante distintos, com resultados muito diferentes.
São também modelos em disputa política, não apenas no Brasil, mas em todo o
mundo.
Quando eclodiu, em 2008, a grande crise mundial, criou-se, inicialmente, a
expectativa de uma nova reforma heterodoxa do mundo capitalista, centrada no
controle do sistema financeiro internacional desregulado. Contudo, passados os
primeiros e tímidos esforços anticíclicos, regrediu-se ao status quo ante.
Adotaram-se as mesmas políticas que haviam ocasionado a crise e o controle
efetivo do sistema financeiro desregulado, centro da crise, foi abandonado.
Agora, populações de nações inteiras, como a da Grécia, estão sendo imoladas no
leito de Procusto da ortodoxia restaurada.
Pois bem, a crise econômica e a restauração, em sua glória plena, da
ortodoxia paleoliberal estão no cerne de outra crise mundial: a crise política
da democracia representativa.
Essa crise se revela, principalmente no continente europeu, em fenômenos
evidentes, como o baixo índice de comparecimento às urnas, a degradação da
imagem pública da política e dos políticos, o crescimento dos votos de
protestos, o surgimento de partidos e candidatos de propõem soluções “simples” e
autoritárias para todos os problemas, o crescimento de forças e partidos
ultranacionalistas e francamente nazistas e, por último, e mais importante, a
propagação de uma descrença na democracia e suas instituições como instâncias
capazes de resolver os problemas da população.
Dela surgiram também os movimentos dos “indignados” europeus, do Occupy
Wall Street e de tantos outros que questionam fortemente as atuais instituições
democráticas.
Obviamente, essa crise da democracia representativa tem relação estreita
com a crise do capitalismo. Não me refiro somente à recessão, mas à crise de
legitimidade do capitalismo hiperconcentrador. Não é toa que o livro de Picketty
venha causando tanto alvoroço. Nos países avançados, o capital voltou a exibir
níveis de concentração de riqueza, renda e poder que tendem a comprometer o
funcionamento das democracias.
A crise econômica apenas aguçou essa percepção de incompatibilidade última
entre a hiperconcentração do capitalismo desregulado e os sistemas democráticos.
A incapacidade dos sistemas políticos instituídos de darem resposta às questões
prementes do desemprego, da redução de salários e de benefícios sociais e da
falta de perspectivas, principalmente para os jovens, alimenta, de um lado, o
niilismo político perigoso e, de outro, as propostas esperançosas de democracias
diretas.
Assim sendo, nos países avançados, as propostas de mudança do sistema de representação, ou de sua simples abolição, estão indissoluvelmente ligadas e se antepõem às consequências perversas de um ciclo econômico de viés concentrador e excludente, capitaneado pelo sistema financeiro desregulado e potenciado por “bancos centrais independentes”.
Assim sendo, nos países avançados, as propostas de mudança do sistema de representação, ou de sua simples abolição, estão indissoluvelmente ligadas e se antepõem às consequências perversas de um ciclo econômico de viés concentrador e excludente, capitaneado pelo sistema financeiro desregulado e potenciado por “bancos centrais independentes”.
Nesses países, a “nova política” visa, em essência, combater um processo
econômico concentrador e excludente que esgarça o tecido social e solapa as
instituições democráticas.
Ora, esse não é o caso do Brasil. Como bem assinalou Perry Anderson, o
Brasil permaneceu à frente do contrafluxo a essa tendência mundial conservadora,
mantendo suas políticas anticíclicas e inclusivas, mesmo em meio ao recente
agravamento da crise.
Isso significa dizer que, em nosso contexto interno, a “nova política”
proposta pela candidatura Marina tem sinais políticos inversos: ela visa
restaurar a ortodoxia econômica e a desregulamentação financeira que tendem a
concentrar e a excluir e, por consequência, a limitar e comprometer a democracia
e suas instituições. Por conseguinte, trata-se uma “nova política” que erode o
sistema de representação sem colocar nada no lugar.
Claro está que o nosso sistema de representação tem graves limitações e
defeitos, mas eles serão inexoravelmente intensificados com a volta de um modelo
econômico que será invariavelmente concentrador e excludente.
A candidatura Marina não parece entender essas fortes correlações entre
economia, sociedade e política, e o contexto mundial em que elas se apresentam.
Ela escolheu como “inimigo principal” o PMDB, com o intuito, acredito, de
combater o que o filósofo Marcos Nobre chama de “pemedebismo”, definido como uma
cultura política adesista a qualquer governo que distorce a vontade popular e a
representação. Por isso, Eduardo Gianetti já declarou que FHC e Lula poderiam e
deveriam apoiar um eventual governo Marina.
Ora, em primeiro lugar, o “pemedebismo” é mera antonomásia. Ele transcende
o PMDB, podendo existir perfeitamente sem o partido que lhe deu nome. Em segundo
lugar, o “pemedebismo”, mais que um conceito, é, na realidade, uma prática que
resulta de um sistema partidário fragmentado e de uma representação distorcida
que força a formação de amplas e diversificadas maiorias parlamentares para
assegurar a governabilidade. Portanto, o “pemedebismo” é muito mais consequência
que causa das distorções da nossa representação política.
O inimigo principal não é o PMDB ou o “pemedebismo”, o inimigo principal é,
em sempre foi, a excessiva influência do poder econômico no sistema de
representação, que reproduz ativamente as suas práticas distorcidas.
Essas distorções só poderão ser efetivamente enfrentadas com uma profunda
Reforma Política com participação popular, como a presidenta Dilma vem propondo.
Isolar partidos específicos e propor a união das “pessoas de bem” chega a ser
risível.
Mas ao propor a adesão de Lula e FHC a um eventual governo Marina, expõe-se
a principal característica conservadora da candidatura Marina: a negação e a
supressão dos conflitos.
Com efeito, a candidatura Marina parece querer pairar sobre uma disputa
política que envolve o mundo todo e promover a conciliação de modelos opostos e
irreconciliáveis. Não é necessário fazer escolhas difíceis e pragmáticas, todos
são bem-vindos, desde que sejam “homens de bem”. Independentemente da inserção
social e dos interesses representados, todos poderão encontrar a redenção numa
espécie de “florestania” cósmica, que conciliará todas as classes sociais na
busca comum do equilíbrio planetário. Todos são igualmente importantes. Todos
são elite. Dos donos de bancos aos ianomâmis.
Evidentemente, essa epifania política coletiva oculta, em sua aparente
não-escolha, em seu aparente “apoliticismo”, uma escolha política definitiva já
realizada: a escolha pela volta de um modelo concentrador e excludente, a
escolha pelo retrocesso. Não se trata de terceira via, trata-se da via do
passado. Não se trata de nova política, mas da mesma política que já nos
infelicitou.
A candidatura Marina é, como diria Brecht, o velho com nova roupagem.
Não há nada mais conservador que aquele político que se apresenta como
não-político. Não há nada mais à direita que aquele político que se apresenta
como não sendo nem de direita e nem de esquerda. Não há nada mais velhaco
politicamente que partidos políticos que não se reconhecem como tal. E não há
nada mais velho, em política, de que o discurso da nova política que
aparentemente se insurge, de forma voluntarista e oportunista, contra os
desmandos da velha política. É assim desde os tempos da Marienplatz dos anos
1920. Foi assim com Jânio Quadros, foi assim com Collor.
O que a “nova política” da candidatura Marina efetivamente propõe é a velha
despolitização e deseducação da sociedade. O que ela efetivamente quer é ocultar
que, por trás de sua falsa conciliação, há uma disputa política entre dois
projetos absolutamente conflitantes. A candidatura Marina procura cometer o
crime perfeito: matar a política fingindo que não faz política.
Obviamente, não há nada de errado em se buscar consensos, principalmente em
tempos de crise. Isso se constrói, em geral, com os chamados pactos. Contudo, os
pactos não são construídos pela negação dos conflitos, mas sim por sua
negociação aberta e democrática. Por causa disso, eles exigem a adesão a planos
concretos e ao cumprimento de metas específicas aferíveis por todos os seus
atores.
No entanto, a candidatura Marina não propõe nada de concreto, para além da
extraordinária e inédita proposta de se fazer o bem. Por tal razão, seu discurso
é cuidadosamente vago e dúbio.
Trata-se de um discurso que não é “falseável”, no sentido que Karl Popper
dava ao termo. Isto é, não é um discurso que tenha enunciados testáveis. É um
discurso que está além da argumentação racional. É um discurso que não comporta
um debate democrático e, por isso mesmo, um discurso profundamente
autoritário.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a candidatura Marina não tem um cérebro.
Porém, se não tem um cérebro, tem um “enorme coração” que quer incluir a todos
os brasileiros que desejem dela participar.
Esse “coração” é a grande força dessa candidatura. O seu apelo é
fundamentalmente emocional.
No Brasil, martelou-se, durante longos anos, com a ajuda do grande partido
de oposição do país, contra os políticos e a política, com o intuito
indisfarçável de se atingir o PT e seus partidos aliados. O resultado é que a
atividade política é vista hoje, por uma parcela considerável de nossa
população, como uma atividade criminosa. Há um ódio disseminado à política e,
mais especificamente, ao PT, que foi veiculado por um neoudenismo tardio de
matiz claramente conservador. Ademais, nos dois últimos anos, o mesmo grande
partido de oposição encarregou-se de propagar a imagem de um país sempre à beira
do abismo e em permanente crise. Isso gerou pessimismo e insegurança em
expressivas parcelas da sociedade.
Pois bem, esse “coração” da candidatura Marina oferece uma resposta
emocional ao ódio, ao pessimismo e à insegurança. Ao ódio, a resposta é a
enganadora “nova política” livre de políticos, composta por “homens de bem” que
se agrupam numa virtuosa “rede”, e não num “viciado” partido. Ao pessimismo e à
insegurança oferece-se uma espécie de bonapartismo messiânico que conduziria um
país sem conflitos, sem “apartações”, inserido na luta por um planeta
equilibrado e feliz.
Tudo muito lindo e sedutor, é claro. Compreende-se, assim, o forte apelo
emocional dessa candidatura. O problema é que uma candidatura que oculta a que
veio e que busca um consenso meramente emocional tem tudo para transformar-se
num gigantesco estelionato eleitoral.
Há ainda outros aspectos que preocupam, na candidatura Marina.
O primeiro deles tange à inserção internacional do país e à questão do
Estado-Nação.
Um país como o Brasil, vasto, complexo, assimétrico e de industrialização
tardia (e de desindustrialização recente), jamais poderá desenvolver-se sem um
projeto autônomo construído pelo Estado-Nação, a partir de interesses endógenos.
Nesse sentido, a inserção relativamente autônoma do país no cenário mundial é
fundamental para qualquer projeto de desenvolvimento. Por isso, os governos do
PT procuraram desenvolver uma política externa que, ao diversificar parcerias
estratégicas e dar ênfase à integração regional e à cooperação Sul-Sul, afirmou
a independência, a soberania e o protagonismo internacional do Brasil.
Assim como no plano interno há conflitos e luta de classes, no plano
externo há vastas assimetrias e relações de dominação e poder, as quais o país
terá de enfrentar, se quiser se desenvolver. Desconhecer essa realidade é
indesculpável. Ingenuidade, mesmo nesse contexto de humanismo planetário, tem
limites.
Entretanto, a candidatura Marina parece exibir, disfarçada num difuso
internacionalismo ambiental e na busca da defesa dos anseios da “humanidade”,
uma inquietante subalternidade ideológica à única superpotência mundial e às
demais potências tradicionais. A sua ligação com ONGs internacionais não é
tranquilizadora, nesse aspecto. A sua aparente adesão à defesa seletiva dos
direitos humanos, tampouco.
Portanto, a combinação, no plano interno, de políticas ortodoxas,
“desreguladoras” e concentradoras, e, no plano externo, de um ambientalismo
neomalthusinao e conservador, que busca o equilíbrio do planeta em provável
detrimento do crescimento nacional, poderá ser mortal para as pretensões do
Brasil de se transformar num país plenamente desenvolvido, soberano e
justo.
Outro ponto preocupante tange à questão da democracia direta.
Evidentemente, a democracia direta não é nenhuma novidade histórica. A
democracia nasceu direta na Atenas das ágoras. Ela tornou-se fundamentalmente
representativa muito tempo depois, já na era moderna. Contudo, numa sociedade
vasta, complexa e diversificada, como brasileira, a representação política é
necessária, pois a democracia estritamente direta numa sociedade desse tipo
muito provavelmente não seria funcional. Mesmo com os novos meios digitais, é
difícil imaginar ágoras com 120 milhões de eleitores.
O próprio Manuel Castells adverte que a questão da democracia direta e
participativa só é corretamente colocada no contexto do que ele chama de
“democracia da informação”. Num ambiente de controle da informação por parte de
grandes empresas e dos meios de comunicação não há como se investir muito na
democracia direta. Será que a candidatura Marina pretende enfrentar a questão do
oligopólio da mídia? E possível que Marina venha a enfrentar, como propõe
Castells, a questão do oligopólio da propriedade intelectual? Dada as suas
companhias, é muito duvidoso.
Assim sendo, a estratégia correta não é desfazer-se do sistema de
representação e das instituições democráticas, mas sim transformá-las e
fortalecê-las, inclusive com o auxilio de mecanismos de democracia direta, como
Dilma vem propondo.
Por último, cabe aqui um comentário rápido sobre a questão da sociedade em
redes.
Ao contrário do que a candidatura Marina deixa transparecer, as redes não
são objetivos em si. Não são missões a serem cumpridas. As redes, que sempre
existiram na história da humanidade, e que agora se expandiram com as
tecnologias digitais, são apenas dados da realidade, pontos de partida para
quaisquer projetos humanos. E esses projetos não são definidos pelas redes, mas
por sociedades, grupos e indivíduos, de acordo com suas necessidades
específicas.
Por isso, escreveu Castells que:
Assim, a questão não é como chegar à sociedade em rede, um autoproclamado
estágio superior do desenvolvimento humano. A questão é reconhecer os contornos
do nosso novo terreno histórico, ou seja, o mundo em que vivemos.
A sociedade em rede não é o futuro que devemos alcançar como o próximo
estágio do progresso humano, ao adotarmos o paradigma das novas tecnologias. É a
nossa sociedade, em diferentes graus, e com diferentes formas dependendo dos
países e das culturas. Qualquer política, estratégia, projeto humano, tem que
partir desta base. Não é o nosso destino, mas o nosso ponto de partida para
qualquer que seja o «nosso» caminho, seja o céu, o inferno ou, apenas, uma casa
remodelada.
No caso da candidatura Marina, acho que podemos descartar o céu e a casa remodelada.
No caso da candidatura Marina, acho que podemos descartar o céu e a casa remodelada.
* Marcelo Zero é formado em Ciências Sociais pela Unb e assessor
parlamentar do PT
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