quarta-feira, 27 de maio de 2015

PETROBRAS - Venda de ativos.


Comprar e vender ativos é para bancos, não para empresa criada por exigência do povo brasileiro


           
Autor: Rogério Lessa
       

"Inadmissível é o mínimo que se poderia dizer sobre a venda dos ativos anunciados na matéria. Esse tipo de operação é digno do sistema financeiro, não de uma empresa como a Petrobrás, criada por exigência da sociedade brasileira". O comentário é do ex-presidente da AEPET, Diomedes Cesário, sobre notícia veiculada na Folha de São Paulo desta terça-feira (26) dando conta de que a Petrobrás estaria colocando à venda seis blocos de petróleo, cinco deles na camada pré-sal, para obter US$ 4 bilhões.

No mesmo texto, o jornal afirma que esta operação faz parte de um pacote maior de alienação do patrimônio, que inclui distribuidoras de gás, termelétricas e postos de gasolina no exterior. "As áreas anunciadas na matéria foram cedidas à Petrobrás através de leilões da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, que para a AEPET é a responsável pelo açodamento com que se extrai petróleo no Brasil sem qualquer planejamento e com desindustrialização e geração de empregos no exterior. Esperava-se que a retribuição viesse com novas descobertas de reservas e produção de petróleo para abastecer o país, gerando empregos e desenvolvimento", criticou. 

A matéria da Folha diz ainda que a Petrobrás pretende abrir capital da BR Distribuidora e que uma das partes mais importantes do pacote é a venda de ativos de exploração e produção de petróleo. Mais grave: o processo, "que acaba de começar", estaria sob coordenação do Bank of America Merill Lynch.

Para Diomedes, transferir ativos para petroleiras multinacionais é se comportar como os antigamente denominados "testas de ferro", agentes que agiam disfarçadamente para encobrir os verdadeiros mandantes.

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