sexta-feira, 28 de março de 2008

Como é bom ser banqueiro no Brasil

Como é bom ser banqueiro no Brasil

Ontem, em Pernambuco, ocorreu a inauguração do Banco Azteca, que trabalha bàsicamente, com empréstimos para a população mais pobre.
Certamente, veio se instalar no nosso país, de olho nos 20 milhóes de brasileiros, que nos dois últimos anos ingressaram na classe C de consumidores.
Agora vejam só o que declarou o Sr. Luis Niño Rivera, vice-presidente do Conselho de Administração do Azteca: “ O banco não vai ganhar dinheiro com tarifas.O lucro virá de cobrança de juros, isso porque o foco das operações será a concessão de crédito, tanto por meio de empréstimos pessoais quanto por financiamento em compras feitas na Elektra, que negocia eletrodomésticos, que pretende concorrer com as Casas Bahia”.
Para abertura de contas, o Azteca não exigirá comprovação de renda nem cobrará tarifas. Bastará ter no mínimo R$ 10 reais para depósito inicial.
Enquanto isso, o lucro em 2007 dos 101 bancos que operam em nosso país foi de R$ 45 bilhões.
Cobraram juros e tarifas escorchantes, praticaram um “spread” imoral sob a alegação de que a inadimplência é muito elevada e o Banco Central fica assistindo tudo isso passivamente.
Por isso, acredito na necessidade dos bancos serem mais taxados, instituindo-se um imposto sobre lucros extraordinários, já que não conseguem, pelo menos, reduzir o “spread” de quase 37%.

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