sábado, 1 de novembro de 2008

SAÚDE - A polêmica em torno do placebo.

Economist

Há séculos os médicos prescrevem pílulas de açúcar baseando-se na crença de que o placebo possa trazer algum benefício às pessoas e que provavelmente não fará mal. O problema é que geralmente isto é feito sem que o paciente saiba que está tomando pílulas deste tipo.

Enquanto alguns consideram que se trata de uma mentira justificável, outros argumentam que é uma atitude anti-ética. Em 2006, a Associação Médica Americana alertou que os "médicos poderiam utilizar placebo para diagnósticos ou tratamentos apenas se o paciente fosse informado e concordasse com seu uso".

Uma equipe da Mayo Clinic, em Minnesota, fez uma pesquisa com médicos norte-americanos para observar como os profissionais de saúde estão lidando com esta advertência. Foram abordados 1.200 clínicos gerais e reumatologistas -- dois tipos de especialistas que lidam mais freqüentemente com doenças que respondem bem aos placebos, como dores crônicas.

Dos 679 médicos que responderam à pesquisa, mais da metade disse que de vez enquando utilizavam tratamentos com placebo e que acreditam que a prática é ética. Cerca de 40% disseram que já utilizaram analgésicos ou vitaminas como placebos, e 13% afirmaram que já usaram antibióticos e sedativos com esta finalidade.

Apenas 3% disseram que utilizam pílulas de açúcar. Mais de dois terços dos médicos afirmaram que não relataram aos pacientes que se tratava de placebo, mas avisaram que seria um remédio ou tratamento que não é o padrão.
Fonte: Blog Opinião e Notícia.

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