domingo, 27 de setembro de 2009

PETRÓLEO - Miragem de um lobista das multinacionais.

Um dos clássicos objetivos dos lobistas das multinacionais é defender a Lei 9478/97 e sonhar que o pior aconteça para a Petrobrás – A imprensa noticiou nesta sexta-feira (25/9), que o IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), que reúne diversos lobistas ligados às empresas multinacionais, tendo como presidente o lobista-mor, João Carlos De Luca, está otimista no recuo do Governo Federal nos quatro projetos para uma nova legislação do setor petróleo. Destaque do otimismo: não ter a Petrobrás como operadora única de todas as áreas ainda não licitadas pela união.

Na visão (ou ilusão) do referido lobista, é que a operação única pode ser prejudicial. Essa, entre outras informações lançadas na imprensa, deve servir de alerta para a sociedade brasileira no sentido de evitar que ilusões e as miragens de um lobistas das multinacionais se tornem realidade. A sociedade brasileira intensificar sua mobilização e não permitir que ocorram recuos nas oportunidades do País se tornar soberano e desenvolvido social e economicamente.

Conforme destacou o presidente da AEPET, Fernando Leite Siqueira, em entrevista ao Correio da Cidadania (19/09), o governo iniciou a revisão da legislação, em 2007, quando o Pré-Sal foi descoberto e os técnicos da Petrobrás mostraram a magnitude da descoberta. Siqueira acrescentou que a perfuração de mais 12 poços em blocos diferentes mostrou que o Pré-Sal tem baixo risco e alto retorno, pondo em xeque na razão de ser da Lei 9478/97. `Logo, era necessária a revisão dessa legislação inaplicável. Durante o desenrolar dos trabalhos, os lobistas internacionais tentaram interferir fortemente no grupo. Só neste ano, eles fizeram cinco audiências públicas no Senado e uma na Câmara. Em cada audiência desta, havia sempre cinco mesas de debate e, em cada mesa, dois lobistas de peso. Na última, os presidentes das empresas estrangeiras foram pessoalmente participar. Tentamos participar e não conseguimos`.

O presidente do IBP tem sido um dos privilegiados em tais palestras citadas por Siqueira. Nesse sentido, é possível compreender as razões de De Luca ter miragens em ver a Petrobrás prejudicada no processo. Ele pode ter a miragem que quiser. De Luca faz bem o seu trabalho de assessor dos interesses mesquinhos de alguns empresários do setor privado, notadamente das multinacionais, que não estão nem um pouco preocupadas no fato do Brasil utilizar o pré-sal para resolver suas pendências históricas, nem tão pouco com o engrandecimento da prestigiosa Petrobrás. Os neoliberais olham para o petróleo como um produto qualquer, como uma `commoditie` que maximizará seus lucros, não como um recurso estratégico fundamental para consagrar a soberania do Brasil.

Estratégia eleitoreira – Siqueira destacou, também, que `a tática dos lobistas agora é fazer o que eles não deixaram acontecer na elaboração da legislação em vigor (Lei 9478/97): discussão com a sociedade. Querem, na verdade, adiar a discussão para depois das eleições de 2010. Se conseguirem, eles irão jogar pesado nas próximas eleições para eleger políticos do PSDB e do DEM, além da banda podre do PMDB, `confiáveis`. Desta forma, terão o que querem, pois foram esses partidos que implantaram essa legislação entreguista, venderam as ações da Petrobrás na bolsa de Nova Iorque e venderam o patrimônio nacional por preços irrisórios. Não se esqueçam disto em 2010!`.

(Redação)/AEPET

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