quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

MÍDIA - 2009: Um ano vergonhoso para a imprensa nacional.

Copiado do Blog do Len

By LEN

O ano de 2009 ficou marcado como o ano onde as redações dos maiores jornais do país ultrapassaram, em várias ocasiões, todos os limites de razoabilidade do direito de edição de notícias e posicionamento político em uma sociedade democrática. O manual do bom jornalismo foi totalmente enterrado e o que orientou as redações e seus jornalistas foram os interesses corporativos, empresariais e políticos dos donos das empresas, com a conivência e servilismo de jornalistas que até bem pouco tempo atrás ostentavam boa reputação e credibilidade.

A Folha de São Paulo foi o jornal que protagonizou os momentos mais vergonhosos desse ano, mas os demais jornais e revistas na maioria das vezes fizeram o papel sujo de repercutir e multiplicar factóides, sem a menor preocupação de checar fatos e fontes.

O BLOG DO LEN elenca abaixo o que achou ser os maiores absurdos da imprensa esse ano, sendo que alguns vão marcar negativamente a história deles definitivamente:

- O editorial da Folha de São Paulo chamando de “Ditabranda” o golpe militar de 64, que caçou direitos políticos, perseguiu, prendeu, torturou, matou e desapareceu com muitos brasileiros, inclusive jornalistas;

- O episódio em que a Folha de São Paulo publicou em pirmeira página uma ficha falsa do DOPS atribuida a ministra Dilma Houssef, conferindo a esta a alcunha de terrorista e atribuindo a ela vários crimes que não participou. A ficha foi criada por grupos neo-fascistas e exaustivamente repassada por spam da internet. Depois foi constatada sua falsidade por peritos, a Folha alem de publicar sem checar ainda não reconheceu o erro depois;

- A persistente tentativa de colar os escândalos do Senado, praticados na maioria por políticos da oposição, no governo Lula;

- O factóide Lina Vieira, em que o país foi enrolado em uma ciranda de todos os meios de comunicação que deram supervalorização a uma “denúncia” de uma reunião que não tinha testemunhas ou provas do seu acontecimento. Também nesse caso, mesmo depois de desmistificados, a imprensa não assumiu o erro, resumindo a apenas mudar de assunto;

- O apoio, a princípio velado e depois escancarado ao golpe militar que ocorreu em Honduras, com a patética tentativa quase que diária de tentar explicar o inexplicável, que o fato do presidente eleito ter sido retirado da cama e jogado fora do seu país por militares, que depois fechariam televisões e rádios e enfrentariam violentamente manifestações pacíficas, não se tratava de um golpe, mas uma operação “legalista”.

- O cúmulo do baixo lixo jornalístico foi a publicação pela Folha de São Paulo em um grande espaço cedido a um maníaco frustrado e mal amado, de um artigo com calunias grosseiras contra o presidente Lula, sem a menor checagem de informações, que conseguiu chocar até os seus adversários. Essa foi hours concours.

( eu lembraria também o episódio do grampo, factóide lançado pela Veja)

Isso fora a habitual politização de todo e qualquer fato com viés político de modo a atacar o governo Lula e a Ministra Dilma Houssef e isentar de culpa o Governador Serra e seus aliados, além da costumeira forma com que tentam esconder da opinião pública os elogios, títulos e prêmios conferidos ao Presidente Lula no exterior.

Tudo isso aconteceu em um ano e hoje a sensação que a gente tem é que estamos vendo o final lento e melancólico de um oligopólio que dominou as telecomunicações por muito tempo, e que gordo e sem mobilidade esbraveja e se contorce com a perda do poder, que é inevitável. Esse ano eles apressaram o seu fim, porque imprensa vive de credibilidade e a cada dia eles perdem mais. Viva a CONFECOM, o pontapé inicial para a gente construir uma mídia mais democrática, sem impérios, sem manipulações, apenas apara informar.

Nenhum comentário: