PETROBRAS - "CPI é disputa das petroleiras estrangeiras.
CPI É DISPUTA DAS PETROLEIRAS ESTRANGEIRAS PELO PRÉ-SAL
Do "Brasil 247"
CPI MIRA SÓ A SUPERFÍCIE. A DISPUTA REAL É PELO PRÉ-SAL
"Ao
discutir com empresários sua agenda para a economia, o presidenciável
tucano Aécio Neves (PSDB-MG) antecipou que pretende rever o "modelo de
partilha" no setor de petróleo [criado no governo Lula/PT], retomando "as concessões" [implantadas por FHC/PSDB, muito mais dadivosas e lucrativas para as petroleiras estrangeiras]. Segundo ele, o Brasil está atrasado na competição por recursos para o setor: "nos últimos anos, foram investidos US$ 300 bilhões e o Brasil não está mais sozinho", disse ele. "Foram feitas novas descobertas no Golfo do México e na costa africana".
No governo federal, a proposta de Aécio/PSDB é vista como a entrega do
pré-sal a investidores internacionais. O debate incendeia nacionalistas
Numa palestra em que a declaração que mais repercutiu foi política ("tanto faz enfrentar Dilma ou Lula"),
o presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB-MG) antecipou também um ponto
importante de sua plataforma econômica. No encontro promovido pelo
"Lide", ele afirmou que pretende rever o "modelo de partilha" no setor
de petróleo e retomar o projeto "de concessões". "Acredito que as concessões são a melhor forma de atrair investimentos", disse ele. "O
problema é que o Brasil não está mais sozinho. Nos últimos anos, dos
US$ 300 bilhões que foram investidos, nada veio para cá, até porque
houve novas descobertas no Golfo do México e na costa africana".
O
"modelo de partilha", implantado depois da descoberta do pré-sal, é um
tema caro à presidente Dilma Rousseff. O ápice desse modelo ocorreu na
venda de "Libra", campo que foi arrematado pela Petrobras, em parceria
com a Shell e com duas empresas chinesas. Na ocasião, Dilma convocou
cadeia nacional de rádio e televisão para enaltecer o resultado do
leilão. Os defensores da partilha argumentam que não faz sentido apenas
leiloar essas bacias, uma vez que já existe a comprovação da existência
do petróleo.
Os
críticos desse modelo alegam, no entanto, que o modelo gera ônus
excessivos para a Petrobras e que seria necessário "abrir o setor a
outros investidores [estrangeiros] para que o Brasil amplie mais
rapidamente sua produção de petróleo, reduzindo importações.
Essa disputa entre partilha versus concessões foi também abordada pelo site "Tijolaço" no post abaixo:
Aécio diz em público o que Serra cochichava: quer o fim do modelo Lula no petróleo
"Uma
pessoa presente à palestra de Aécio Neves, numa associação de
empresários, relata que, ao prometer “reestatizar” a Petrobras [para depois vendê-la, como tentado por FHC/PSDB?],
Aécio Neves admitiu rever o 'modelo de partilha' do petróleo da camada
pré-sal, instituído por Lula e que garante não apenas que o Estado
brasileiro fica com parte da produção, como assegura que a Petrobras
seja a operadora única, com pelo menos 30% de qualquer consórcio privado
que receba o direito de explorar o óleo.
Não é, a rigor, novidade.
O tucano já havia defendido em outubro do ano passado a volta ao "modelo de concessão" de Fernando Henrique Cardoso/PSDB [muito
mais atrativo e generoso para as petroleiras estrangeiras e danoso para
a Petrobras e o Brasil. Obviamente, a nossa mídia "nacional" aplaude].
É o mesmo que José Serra havia prometido a Patrícia Pradal, executiva da [petroleira norte-americana] Chevron, numa reunião privada, que vazou com os telegramas do "Wikileaks".
Não seria de esperar outra coisa de um candidato que, pela primeira vez desde 2002, resolveu se assumir como “fernandista”.
À
medida em que os dias forem se passando, a mistificação em torno da CPI
da Petrobras vai deixar claro o pano de fundo de toda essa história.
Enquanto isso, a campanha de desgaste da Petrobras, além de prejudicar a empresa e o país, vai servindo para todo tipo de esperteza no mercado de capitais contra os pequenos investidores.
Aliás, Aécio estava atacado e disse que “tanto faria” enfrentar Dilma ou Lula nas eleições.
São
provocações pueris de Aécio, contra-atacando a ânsia dos últimos dias
de Eduardo Campos, que tentou se mostrar mais antiLula do que ele."
FONTE: jornal
on line "Brasil 247"
(http://www.brasil247.com/pt/247/economia/135193/CPI-mira-s%C3%B3-a-superf%C3%ADcie-Disputa-real-%C3%A9-pelo-pr%C3%A9-sal.htm).
[Trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
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