sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

POLÍTICA - "Não sou guru de merda nenhuma".


Comunistas pagam mamata de integrantes do partido de Bolsonaro e guru da família que indicou dois ministros surta: “Não sou guru de merda nenhuma”




Da Redação
A mamata oferecida pelo governo da China ficou explícita na correspondência acima: boquinha, com tudo pago.
“Estreitar relações” com o PSL significa lobby, puro e simples lobby.
Foram os deputados federais Daniel Silveira (RJ), Carla Zambelli (SP), Tio Trutis (MS), Felício Laterça (RJ), Bibo Nunes (RJ), Marcelo Freitas (MG), Sargento Gurgel (RJ), Aline Sleutjes (PR) e Charlles Evangelista (MG). A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) e a deputada estadual Delegada Sheila (PSL-MG) também participam do trio da alegria.
Os chineses certamente vão deixar os visitantes boquiabertos, com hotéis luxuosos e visitas encantadoras. A China comunista é, de fato, encantadora — surpreende qualquer turista que não tenha preconceito… contra o comunismo.
Combatentes do comunismo recebendo mamata de comunistas é, de fato, outra invenção do Brasil — não inferimos disso que as relações do Brasil com a China não sejam essenciais, assim como as com os Estados Unidos.
O guru da família Bolsonaro surtou: Olavo de Carvalho acusou os integrantes da delegação de tentarem facilitar a compra de tecnologia da chinesa Huawei, que faz monitoramento facial em aeroportos.
O vídeo já teve mais de 500 mil visualizações.
O astrólogo/filósofo Olavo não reagiu da mesma forma quando os Estados Unidos oficialmente monitoraram a então presidenta Dilma Rousseff e a Petrobras — isso, com provas caudalosas.
Ou seja, a hipocrisia é generalizada.
Olavo mora nos Estados Unidos e vive da venda de seus livros. Não é agente do governo dos Estados Unidos, nem lobista da Apple.
Num tweet de janeiro deste ano, Eduardo Bolsonaro defendeu os Estados Unidos no caso da prisão de uma executiva da Huawei, a filha do fundador da empresa, o que provocou tensão nas relações entre EUA e China:
“A prisão da chinesa Meng Wanzhou, presidente financeira da Huawei, que gerou o atrito entre China e EUA ocorreu porque autoridades americanas descobriram que os celulares vendidos pela Hauwei poderiam vazar informações p/gov. chinês”, escreveu ele num tweet.
Eduardo mentiu. O temor de alguns paises é de que a tecnologia 5G da empresa, se utilizada em redes de comunicação, pode servir para espionagem — Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia rejeitaram tal tecnologia.
Mas tudo isso tem cara de uma grande disputa comercial entre as gigantes do setor — os ataques aos chineses podem estar ligados ao fato de que a Huawei é forte competidora da Samsung e da norte-americana Apple — e caminha (ver gráfico abaixo) para dominar o mercado até 2020.
O pedido de prisão de Meng não tem nada a ver com espionagem: o governo dos Estados Unidos acusa a empresa de ter violado os embargos comerciais impostos por Washington ao Irã e à Coreia do Norte.
Isso tem forte cheiro de disputa de mercado, capaz de render muitas boquinhas e mamatas.

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