A situação de Flávio não era boa, agora já é desesperadora; imbróglio atinge o cerne do discurso moralista do bolsonarismo. E Moro?
Por: Reinaldo Azevedo
A situação de Flávio estava ruim. Agora, é moralmente desesperadora. Nesta sexta, antes de o Jornal Nacional ir ao ar, ele recebeu a solidariedade do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que destacou ser ele um rapaz muito valoroso.
Os Bolsonaros parecem se esquecer de que há um ex-presidente da República, o mais popular da história, na cadeia. Na cadeia estão dois ex-governadores do Rio. Os que mandaram esses figurões para xilindró — e não vou agora entrar no mérito das sentenças — pertencem hoje ao campo ideológico do bolsonarismo.
Este é o governo que tem como ministro da Justiça ninguém menos do que Sérgio Moro, o paladino da luta contra a corrupção.
Mesmo que esse imbróglio todo vá para baixo do tapete — e tenho certa curiosidade de saber como o Ministério Público agasalharia esse ônus sem se desmoralizar —, o episódio vai fazer sombra mais na reputação de Moro do que na de seu chefe, o pai de Flávio.
Voltei em outro post para fazer uma indagação, em benefício do governo Bolsonaro: não seria melhor Flávio renunciar antes mesmo de assumir?
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