segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Banqueiros tiram o deles da reta.

 

Banqueiros tiram o deles da reta e, como em 64, se negam a condenar abertamente um golpe — em nome de Paulo Guedes


30/08/2021 - 16h04

Da Redação

Em 1964, de acordo com o então coronel Erimá Pinheiro Moreira, alguns milhões de dólares foram pagos por supostos representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, para fazer o general Amauri Kruel, comandante do segundo Exército, mudar de lado, consolidando o golpe contra o presidente constitucional João Goulart (ver reportagem acima).

Agora, a Febraban deixa claro que o manifesto do qual participou não contém “ataques ao governo ou oposição à atual política econômica”.

Ou seja, os banqueiros não querem ficar mal com o ministro Paulo Guedes — mesmo sob risco de mergulhar numa ditadura militar.

Eles estão interessados, acima de tudo, nos lucros, com ou sem ditadura!

Nota de Esclarecimento da FEBRABAN

O manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e apresentado na última quinta-feira às entidades empresariais com prazo de resposta até 17 horas da sexta-feira, é fruto de elaboração conjunta de representantes de vários setores, inclusive o financeiro, ao longo da semana passada.

Desde sua origem, a FEBRABAN não participou da elaboração de texto que contivesse ataques ao governo ou oposição à atual política econômica.

O conteúdo do manifesto pedia serenidade, harmonia e colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional nas expectativas dos agentes econômicos e no ritmo da atividade.

A FEBRABAN submeteu o texto a sua própria governança, que aprovou ter sua assinatura no material. Nenhum outro texto foi proposto e a aprovação foi específica para o documento submetido pela Fiesp. Sua publicação não é decisão da Federação dos Bancos. A FEBRABAN não comenta sobre posições atribuídas a seus associados.

FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos

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