Do G1
Ex-ministro teve benefícios suspensos
após suspeita de uso de celular. Decisão sobre autorização de trabalho
será dada por Joaquim Barbosa.
Mariana Oliveira
O ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (2)
prioridade na análise de seu pedido de trabalho externo. A decisão sobre
se Dirceu poderá ou não trabalhar será dada pelo presidente do Supremo e
relator do processo do mensalão do PT, Joaquim Barbosa.
Dirceu cumpre pena de 7 anos e 11 meses
por corrupção ativa em regime semiaberto, quando é permitido pedir
autorização para sair do presídio durante o dia para trabalhar.
A análise de benefícios externos a
Dirceu, porém, foi suspensa em razão das suspeitas de uso de celular
dentro da prisão. Barbosadecidirá se Dirceu cometeu ou não falta grave e se poderá ter direito a benefícios.
José Dirceu apresentou proposta para
trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi. Entre as
funções que deverá exercer, conforme a proposta de Grossi, está a de
"cuidar" da biblioteca do escritório, realizar "eventual pesquisa de
jurisprudência" e colaborar “na parte administrativa".
O salário oferecido é de R$ 2,1 mil.
Anteriormente, Dirceu havia desistido de trabalhar como gerente de um
hotel em Brasília com salário de R$ 20 mil.
No pedido ao Supremo, a defesa de Dirceu
afirma que tanto a Seção Psicossocial da Vara de Execuções Penais
quanto o Ministério Público do Distrito Federal apresentaram
manifestações favoráveis ao trabalho externo. "Considerando tratar-se de
cidadão idoso e preso, requer-se prioridade na análise do pedido de
trabalho formulado pelo requerente", afirma o advogado José Luís de
Oliveira Lima.
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