Elite brasileira: sonho de servidão aos EUA
O mundo do
faz-de-conta das classes mais abastadas do Brasil, moldado pelas
reportagens-fantasia da mídia de imbecilização das massas encontra-se em
situação cada vez mais difícil de seguir sendo sustentada – ainda que
ambos os setores resistam tão patética quanto estoicamente!
Afinal, tanto quanto
sonhar em limpar privada de Tio Sam, há uma ideologia por trás da defesa
do indefensável: uma das elites mais reacionárias, discriminatórias,
agressivas, ignorantes e dessituadas do planeta não se pode se dar por
vencida!
Se conseguir sobreviver
em um Estado altamente policialesco, entre uma das sociedades mais
violentas e discriminatórias do mundo, outro grande desafio é ser
explorado no berço do capital hoje: se não bastassem todas as históricas
humilhações, a decadência econômica (certamente, reflexo da crise
intelectual e moral por que atravessa o país), a realidade da vida na
América está bem distante das cores, dos fogos de artifício e de toda a
alegria imperante na Disney, e de toda a sorte das precárias propagandas
midiáticas.
A pobreza nos Estados
Unidos, desde o desmantelamento do Estado de Bem-Estar Social pós-II
Guerra Mundial, esfacelado especialmente por Ronald Reagan, tem
experimentado vertiginoso crescimento. E a situação tem se agravado
ainda mais após a crise financeira de 2008.
A literal falência de
Detroit (https://www.theguardian.com/us-news/detroit-bankruptcy) em
2013, em tempos não muito remotos capital da indústria automobilística
norte-americana, é apenas a ponta do iceberg. Em 2014, 47 milhões de
pessoas viviam em estado de pobreza nos Estados Unidos, o que significa
uma taxa de 15% da população nacional. Naquele ano, o nível de pobreza
atingiu patamares 2,3% mais altos que em 2007 (Ver Poverty USA:
http://www.povertyusa.org/the-state-of-poverty/poverty-facts/).
Uma em cada oito
famílias passa fome no Império dos aloprados (outro sítio
norte-americano
(http://www.worldhunger.org/hunger-in-america-2015-united-states-hunger-and-poverty-facts/).
40% de crianças encontram-se em estado de pobreza, sem condições,
portanto, de estudar. Total: 16 milhões de pequenos com fome no sonho de
consumo da elite tupiniquim (ler Poverty Is Killing Us, A Pobreza Está
Nos Matando, sítio norte-americano Truth Out:
http://www.truth-out.org/opinion/item/23296-poverty-is-killing-us).
633.782 cidadãos
amontoam-se nas ruas, no berço de Tio Sam e de seus patetas com mente
devidamente lavada pela mídia de desinformação das massas (ver outro
sítio norte-americano: http://frontsteps.org/u-s-homelessness-facts/). A
taxa de suicídio no berço do capital – do ódio racial e de classe –
hoje, é a maior em 30 anos. O motivo? Crescimento vertiginoso da
pobreza, desesperança e má saúde dos cidadãos (mais detalhes na rede de
notícias dos próprios Estados Unidos, Democracy
Now!:http://www.democracynow.org/2016/4/22/headlines/us_suicide_rates_hit_30_year_high)
Crise Intelectual nos Estados Unidos – Dados
Sobre a crise
intelectual que assola os Estados Unidos, o que em grande parte explica
por que o país caminha a passos largos para a perda da hegemonia global
(conquistada à base de invasões, boicotes, assassinatos, genocídios,
golpes,crimes de lesa-humanidade e da indústria da guerra) em 1994 já
observava José Arbex Júnior em seu brilhante livro A Outra América –
Apogeu, Crise e Decadência dos Estados Unidos:
O ex-secretário de
Defesa dos Estados Unidos e ex-presidente do Banco Mundial, Mc Namara,
apresentou uma importante declaração à Comissão de Orçamento da Câmara
de Deputados do país, reunindo a crise econômica, política, ambiental,
tecnológica, de saúde, dos serviços públicos, de criminalidade, de
preconceito, e também fez séria menção à crise intelectual por que
atravessam os EUA. É esta declaração, no que diz respeito á crise
intelectual, que será aqui exposta., junto dos dados da Entidade Federal
para o Ensino de Ciências Humanas dos EUA.Em sua declaração (resumida
aqui), Namara afirma:
13% dos alunos do secundário que completaram o curso fazem-no com habilidade de leitura equivalente à de alunos da sexta série;
Resultados de testes
dos alunos norte-americanos hoje, equivalem aos dos alunos japoneses de
quatro anos atrás. Enquanto no Japão os alunos empregam 61 horas
semanais em sala de aula e estudo em casa, os norte-americanos dedicam
apenas 30 horas ao estudo;
A National Science
Foundation revelou que no 3º Colegial os alunos do país obtêm, em
matemática e ciências, os resultados mais baixos, ou quase, entre os
alunos dos países desenvolvidos.
Pesquisa de outubro de
1989 do Instituto Gallup, encomendada pela National Endowment for the
Humanities (Entidade Federal para o Ensino de Ciências Humanas),
constatou uma crise sem precedentes na formação cultural dos estudantes
norte-americanos. Dos 700 entrevistados:
25% atribuíram à
Constituição dos Estados Unidos um princípio que, segundo Karl Marx,
seria a pedra angular da sociedade socialista: “De a cada um segundo sua
capacidade, a cada um segundo sua necessidade”;
23% disseram que o
ex-ditador soviético Stalin foi o autor da sentença com que o premiê
britânico, Winston Churchill, sintetizou a divisão do mundo em blocos em
1946: “Uma cortina de ferro desceu sobre a Europa”.
11% acreditavam que o czar Nicolau II foi o líder, e não vítima da Revolução Russa de 1917;
Mais de 50% não sabiam que William Shakespeare foi o autor de “A Tempestade”, uma de suas mais celebradas peças.
A fonte de Arbex em
relação à pesquisa da Entidade Federal para o Ensino de Ciências Humanas
foi o jornal O Globo, de 10 de outubro de 1989.
Tudo isso, certamente,
também explica o complexo de inferioridade e o caráter idiotizado dos
cidadãos tupiniquins com mentalidade made in USA, importadores de toda a
sorte de lixo informativo e cultural do Norte que norteia sua morte.
Já dizia Goethe: “Ninguém é mais escravo do que aquele que se julga livre sem o ser”.
Autor: Edu Montesanti
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
Fonte: Global Research
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