quinta-feira, 30 de abril de 2020

Esquerda tem força para derrubar governo Bolsonaro? | Dialogando com Jo...

Altamiro Borges: Os efeitos do desastre do neoliberalismo

Altamiro Borges: Os efeitos do desastre do neoliberalismo

UOL ENTREVISTA LULA AO VIVO

Documentário - AI-5 O Dia que não Existiu (Completo)

OS AFAGOS DE BOLSONARO A SUA BASE EVANGÉLICA

ECONOMIA - Aos bancos, tudo.

Bolsonaro reduz imposto de bancos, enquanto fala em congelar salários de servidores públicos

Publicado em 30 abril, 2020
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou a Secretaria Especial da Receita Federal, órgão vinculado ao Ministério da Economia, a reduzir de 20% para 15% a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada dos bancos, referente aos resultados do ano de 2019.
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O ministro Paulo Guedes estava falando na Comissão Mista da Covid-19, do Congresso Nacional, sobre o congelamento de salários de servidores públicos, quando ele foi interpelado pelos parlamentares acerca desse presentão para os bancos.
A CSLL é um tributo federal que incide sobre todas as Pessoas Jurídicas (PJ) domiciliadas no Brasil. Seu objetivo é o de apoiar financeiramente a Seguridade Social. Foi de R$ 81,59 bilhões o lucro dos 4 maiores bancos no ano de 2019 –Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, juntos.
De acordo com senadores e deputados, Receita publicou instrução normativa reduzindo de 20% para 15% a alíquota de CSLL em um momento que o Brasil se esforça para arrumar recursos no combate ao coronavírus e que o governo propõe congelar salários.
Guedes jurou de pés juntos que não sabia da redução da CSLL dos bancos. “Eu desconheço, não sei, a Receita não tem autonomia para reduzir a CSLL sem a minha autorização”, disse o ministro da Economia, que se comportou como “marido traído” [o último a saber] na Comissão Mista.
A alíquota da CSLL havia sido elevada de 15% para 20% em maio de 2015 pela presidenta Dilma Rousseff (PT), por meio da Medida Provisória 675.
A CSLL é um dos tributos destinados a financiar a Seguridade Social, o que inclui o Regime Geral de Previdência Social. Assim, a medida em prol do sistema financeiro vai reduzir o caixa do sistema previdenciário.
Resumo da ópera: Bolsonaro age na Presidência da República como o Robin Hood ao contrário, que rouba dos pobres para dar aos ricos.
Paulo Guedes quer repassar mais R$ 2 trilhões aos bancos, enquanto o povo se humilha para receber R$ 600
O ministro Paulo Guedes, da Economia, não está entendendo os sinais vindo do Líbano, no Oriente Médio, e propõe repassar mais de R$ 2 trilhões em ativos imobiliários e participação em estatais para bancos e especuladores do mercado financeiro.
“O Brasil tem ativos imobiliários que chegam a mais de R$ 1 trilhão de valor. Se acelerarmos a venda de imóveis, podemos reduzir bastante a dívida pública”, disse Guedes durante uma live nesta quarta-feira (29). Ele também lembrou que a União tem ainda entre R$ 900 bilhões e R$ 1 trilhão em participações de estatais, cujos ativos poderiam ser usados para o pagamento de juros e amortizações da dívida interna (que ninguém sabe muito sobre ela).
Os leitores do Blog do Esmael já souberam antes que, em março, no início da pandemia do coronavírus, o governo federal destinou a injeção de R$ 1,2 trilhão no sistema financeiro. Ou seja, injetou na veia dos banqueiros recursos públicos equivalentes a 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
O dinheiro era para ser drenado na economia durante a luta contra a Covid-19, porém, avalia o governo, esses recursos foram “empoçados no sistema financeiro”. O dinheiro era para manter abertas empresas e garantir empregos.
Traduzindo em bom português: o dinheiro não chegou ao destino, ficou empossado nos bancos que especulam com recurso alheio.
De acordo com especialistas do mercado financeiro, o dinheiro disponibilizado pelo governo “morreu” nos bancos, que preferem investir em títulos públicos.
Esclarecido isso, hoje Paulo Guedes voltou a defender mais de R$ 1 trilhão de dinheiro público para os bancos. Enquanto isso, nas filas da Caixa, milhões de brasileiros se humilham para tentar receber seiscentos reais a título de ajuda emergencial.
Guedes defendeu na live que a União venda de imóveis em lotes com remição de foro para atuais ocupantes desses bens, por meio de autorização da MP 915.
O texto que tramita nesta na Câmara dos Deputados possibilita o uso de um novo modelo de negócios dentro do governo, que permite à administração alavancar as operações de vendas de forma descentralizada, podendo contar com serviços de comunidades como cartórios, avaliadores, investidores, financiadores e corretores de imóveis. Outro aspecto inovador trazido pela MP é a possibilidade de que os cidadãos que vivem nas comunidades apontem os imóveis da União desocupados, inclusive manifestando interesse de compra.
Desemprego cresce no mês de março, antes do agravamento da Covid-19
O número de desempregados cresceu e atingiu 13,1 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em fevereiro deste ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (29), demonstrando o fracasso da política econômica de Bolsonaro e Paulo Guedes, agravada agora com o avanço do coronavírus.
A taxa de desocupação ficou em 12,4%, enquanto era de 11,6% no trimestre anterior, que contempla os meses de setembro a novembro de 2018. Na época, o Brasil tinha 12,2 milhões de desempregados.
A taxa de subutilização atingiu o pior indicador da série histórica, medida desde 2012, com 27,9 milhões de brasileiros nesta situação (24,6%). Houve crescimento de mais de 901 mil pessoas nesta situação em relação ao trimestre anterior.
O número de pessoas ocupadas caiu 1,1% no trimestre, com a saída de 1,062 milhões do mercado de trabalho. Hoje o país tem 92,1 milhões ocupados.
O número de empregados sem carteira assinada caiu – 4,8% no trimestre encerrado em fevereiro em comparação com o anterior, com 561 mil pessoas no mercado — ainda existem 11,1 milhões nesta situação.
Já a quantidade de brasileiros por conta própria ficou estável, com 23,8 milhões de brasileiros.
O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 33,0 milhões de pessoas, ficando estável em ambas as comparações.

Economia europeia desaba e vários países entram oficialmente em recessão

ECONOMIA - Por mim, estatizaria todos os nossos bancos.

Bancos afundam em oceano de propaganda enganosa

Sistema financeiro promete renegociar dívidas, mas omite condições e número de “beneficiados”. Famílias, pequenas empresas e aposentados sob grave risco, em meio à pandemia. População não precisa de favores, mas da Lei contra o superendividamento
Por Teresa Liporace e Ione Amorim, do Idec, para a Carta Maior
Após as cobranças feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a respeito da atuação do setor financeiro em meio a pandemia do coronavírus, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) reforça a necessidade de mais transparência dos bancos sobre as medidas para garantir recursos financeiros para as famílias e outros setores econômicos, além da urgência de aprovação do Projeto de Lei n° 3515/2015 que prevê o tratamento do superendividamento. Em conversa com o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, em evento online realizado na segunda-feira (13), Maia pediu aos bancos maior participação, urgência e transparência na adoção de medidas de liquidez. O posicionamento do Idec reflete também a demanda de vários Procons, que se manifestaram durante a transmissão online promovida pela Febraban.
O presidente da Febraban mencionou que o aumento da inadimplência, da recessão e retração econômica estimada em 5%, aumentará o custo estrutural e spread bancário (a diferença entre os juros que os bancos pagam quando o consumidor investe dinheiro e os juros que cobram quando fazem empréstimos). Para o Idec, isso deve impactar diretamente no histórico de superendividamento no Brasil, que já afetava 63 milhões de brasileiros antes da pandemia do covid-19.
Durante a conversa online, o presidente da Câmara cobrou mais compromisso dos bancos. Segundo ele, “o setor financeiro é demandado e criticado por pessoas que recebem anúncios de decisões tomadas por bancos públicos e privados e, quando chegam para demandar o que foi anunciado, na ponta não acontece”. Em outras palavras, as medidas anunciadas pelos maiores bancos do país para a suspensão das dívidas não se concretizaram, gerando confusão e desorientação para cidadãos e pequenas empresas. Rodrigo Maia ressaltou também a preocupação da sociedade com os aposentados. Para muitos idosos, a aposentadoria ou pensão, apesar de ser paga em dia, representa a única renda das famílias que estão sendo impactadas pela pandemia.
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É verdade que a crise impacta a economia real, mas são necessárias medidas urgentes para atender a sociedade e garantir a liquidez das famílias e demais segmentos econômicos, ao invés de se privilegiar apenas o setor bancário. Todos os setores da sociedade precisam de apoio nesse momento, e a classe política precisa exigir uma participação mais efetiva do setor bancário nos esforços de contenção da crise.
No final de março, os cinco maiores bancos anunciaram a suspensão de parcelas de crédito por 60 dias. Na transmissão online, o presidente da Febraban anunciou que esse programa de renovação de crédito já atendeu 2 milhões de contratos que totalizam R$ 130 bilhões. Contudo, nenhum banco divulgou previamente as condições e a forma como seriam feitas essas suspensões. O Idec já havia cobrado ao Ministério da Economia, ao Banco central e à Febraban por carta mais transparência e clareza sobre as medidas anunciadas. As condições em que foram negociados os milhões de contratos mencionados por Isaac Sidney ainda permanecem desconhecidas. Como foram repactuados esses contratos? Quem são as pessoas que podem se beneficiar desses acordos? Que tipo de operações de crédito podem ser objeto dessas renegociações? Qual é a composição dos 2 milhões de contratos atendidos nas negociações? Como as parcelas suspensas foram ou serão integralizadas ao saldo dos contratos?
O Idec solicitou esclarecimentos sobre as medidas e suspensão de encargos de multa e mora, adequação dos contratos em função da redução de jornada de trabalho e renda, suspensão das parcelas dos contratos de crédito consignado e redução de juros para o cheque especial e cartão de crédito.
Apenas com essas respostas será possível avaliar se as medidas são de fato benéficas aos consumidores, se há critérios de prioridades aos mais afetados economicamente com a perda de renda, emprego e redução de jornada de trabalho e se a renovação contratual não provocou custos adicionais e encargos aos consumidores.
Além disso, as medidas anunciadas indicam que a renegociação de crédito não será estendida para contratos em atraso e ao cartão de créditos e cheque especial, piorando a situação de endividamento das famílias e da baixa capacidade de recuperação econômica.
Sobre a preocupação com os aposentados, o Idec compartilha desse sentimento do Parlamento externado na live realizada pela Febraban. Há famílias que dependem desse recurso, ainda mais agora por conta do desemprego de filhos e outros membros. Portanto, é preciso que a aposentadoria seja protegida, de forma que o pagamento de parcelas de créditos consignados não comprometa totalmente essa renda. E que esse dinheiro seja usado para sobrevivência e alimentação das famílias. Para isso, é necessária a suspensão das cobranças dessas parcelas temporariamente, assim como foi feito nas outras linhas de crédito, o que pode ser imposto por qualquer um dos poderes da República, se os bancos não o fizerem espontaneamente.
Esse cenário é reconhecido inclusive pela própria Febraban, que durante a live destacou que cerca de 65% da finalidade do crédito consignado é destinado ao pagamento de outras dívidas mais caras. O representante do setor informou que estuda a possibilidade de suspensão ou a pausa nas parcelas desse tipo de contrato.
Não bastassem todas as dúvidas sobre as medidas anunciadas, os consumidores também estão enfrentando muitas dificuldades com o colapso nos serviços bancários. Essa saga dos consumidores foi levada pelo Idec à Febraban e às Ouvidorias dos Bancos, solicitando medidas urgentes para garantir o atendimento aos clientes em meio à pandemia.
O Idec reforça que os novos acordos, bem como os contratos em atraso exigem medidas protetivas que garantam as condições de pagamento pelos consumidores. As medidas de socorro devem preservar os direitos básicos dos consumidores e garantir o equilíbrio nas relações de consumo. É necessária a proteção ao consumidor hipervulnerável, inibindo as práticas abusivas na oferta de crédito, evitando a sobreposição de juros sobre juros em acordos, garantindo as condições de sobrevivência e contribuindo para a recuperação econômica com a disponibilidade de recursos voltados para o consumo, produção e geração de empregos.
Há uma solução legislativa que pode resolver grande parte desses problemas. O Projeto de Lei 3515/2015, que, além de outras soluções, cria regras e procedimentos para repactuação de dívidas de consumidores superendividados já foi aprovado no Senado, e está em avançado estágio na Câmara dos Deputados. Durante toda a live realizada pela Febraban, o presidente da Câmara foi intensamente cobrado por representantes dos Procons e de outros órgãos de defesa do consumidor, que assistiam ao evento on-line, para aprovação desse projeto de lei. Se o Brasil contasse neste momento com uma lei para evitar o superendividamento, a sociedade atravessaria a crise econômica provocada pela pandemia do covid-19 com maior segurança jurídica.

Bolsonaro humilha Moraes e o STF, não entrega exame e ameaça com "crise ...

O É da Coisa, com Reinaldo Azevedo - 29/04/2020

E daí, lamento: Bolsonaro liga o dane-se para os mortos por Coronavírus

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Ofício 045/2019 da ADPF Para Valeixo Aponta Interferência de Sérgio Moro

Pibinho, desemprego e miséria: entendendo o caos

POLÍTICA - E o cara saiu cedo para praticar tiro ao alvo.

BRASIL DESMILINGUINDO, GENTE MORRENDO, E BOLSONARO PRATICANDO TIRO AO ALVO

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Se não é caso de impeachment, só pode ser de interdição por uma junta médica.
No dia em que o Brasil amanheceu desmilinguindo, com novos recordes de mortos e contaminados pelo coronavírus, o povo saindo novamente às ruas, no pico da pandemia, e encerrando a quarentena por conta própria, o preço dos alimentos disparando, os miseráveis se aglomerando em filas intermináveis na frente das agências da Caixa para escapar da fome, com congestionamentos voltando às grandes cidades, as UTIs dos hospitais públicos lotadas e com filas na porta, o presidente da República saiu do Palácio da Alvorada hoje cedo, sem falar com os jornalistas, e foi praticar tiro ao alvo no estande General Darcy Lázaro, em Brasília.
Dá para acreditar? Foi ele mesmo quem divulgou o vídeo nas redes sociais: “Aí, dez tiros, o pior foi 8. Tá bom, né? Depois de 30 anos inativo. Bom dia a todos”.
Devem ser os quase 30 anos em que Bolsonaro passou inativo no fundão do baixo clero na Câmara, sem dar tiros nem aprovar qualquer projeto, depois de ser afastado do Exército, aos 33 anos.
Bolsonaro venceu, tinha motivos para comemorar. Nomeou para o Ministério da Justiça e o comando da Polícia Federal dois amigos do peito, garantindo a retaguarda, e convenceu boa parte da população que esse negócio de pandemia era bobagem.
Por todo o país, prefeitos e comerciantes se uniram para acabar com essa história de isolamento social, seguindo a mensagem do grande líder do rebanho: o importante é levar vantagem em tudo.
Com as investigações sobre a sua família no STF e em várias instâncias da Justiça, agora sob os cuidados de um delegado que foi o seu chefe de segurança na campanha eleitoral, e de demitir os dois ministros mais populares do governo, inclusive o da Saúde, em plena pandemia, Bolsonaro agora acha que pode tudo.
Estava tudo muito bem planejado. Depois de fechar negócio com a turma do Centrão, no escurinho do Planalto, o capitão correu em seguida para o “Forte Apache”, o Quartel General do Exército em Brasília, para garantir o apoio da tropa em sua ofensiva final contra a democracia e a Constituição. Moro caiu com um peteleco.
Agora, com tudo sob seu controle, cercado dos filhos e de generais de pijama, Bolsonaro pode tranquilamente praticar tiro ao alvo às 7 da manhã, sem dar a menor bola para o que está acontecendo no país, com as tragédias humanas se sucedendo por toda parte.
O alvo somos todos nós, que não fazemos parte da seita bolsonarista, sem chance de que algo possa mudar tão cedo.
Com 33% da população ainda achando que o governo dele é ótimo ou bom, podem morrer quantos mais milhares de pessoas forem, não importa. Os devotos da seita não vão mudar de opinião.
Desde o guru Jim Jones, o predecessor de Olavo de Carvalho, não há registro na história de um povo que tenha caminhado tão mansamente para o suicídio coletivo.
Até países como a Alemanha, tão competentes no combate à pandemia, já se arrependeram de ter afrouxado esta semana o isolamento social, ao notar o crescimento de novos casos de contaminação.
Aqui só querem afrouxar cada vez mais. Parceiro do negacionismo de Bolonaro no ínício da grande crise sanitária, agora até o amigão Trump resolveu cortar os voos com o Brasil.
Mas nada é capaz de mudar as certezas do “Mito”, cada vez mais cheio de si, o presidente que não descansa enquanto não promover o “liberou geral”, agora com um ministro de fachada, para o grande mago Paulo Guedes retomar os seus maravilhosos planos de crescimento da economia em “V”, com as reformas só cortando despesas e acabando com os direitos sociais, tudo em nome do equilíbrio fiscal e da alegria dos bancos.
São todos uns pândegos, gente sem nenhuma empatia, indiferentes aos sofrimentos humanos, ressentidos crônicos e vingativos, que se aprazem na “schadenfreude”, a alegria dos nazistas alemães de ver a desgraça dos outros.
Aqueles, queriam conquistar e subjugar o mundo porque se achavam uma raça superior. Essas tropas de assalto nativas, querem o quê? Estão a serviço de quem?
E o país vai se desmilinguindo a cada dia mais, gente morrendo nas filas dos hospitais, sem respiradores nas UTIs, sem vagas nos cemitérios superlotados, morrendo de fome, sem despedidas nem velórios.
Vida que segue, enquanto deixam.

ENQUANTO O IMPEACHMENT DE BOLSONARO NÃO SAI, O FASCISMO AVANÇA

Moro x Bolsonaro: análise de pesquisas #AoVivo

Tereza Cruvinel: o plano de sobrevivência de Bolsonaro

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"Brasil não se tornará uma Argentina, mas pode virar Manaus" ☀

Jean Wyllys responde aos ataques dos "ratos acuados" das milícias de Bol...

terça-feira, 28 de abril de 2020

POLÍTICA - A Globo está em campanha para eleger o Dr. Moro.


Da malignidade de Sérgio Moro, as manipulações hediondas da Globo e o futuro do Brasil, por Eduardo Ramos

A guerra foi declarada e a Globo seguirá manipulando nossas classes médias, especialmente, na RECONSTRUÇÃO do Moro destemido, inabalável, que enfrenta poderosos presidentes
Foto Lula Marques

Da malignidade de Sérgio Moro, as manipulações hediondas da Globo e o futuro do Brasil, por Eduardo Ramos

Ponto um – Moro, o que enfia a faca nas entranhas do outro, sorrindo…
“Na festa, Moro chamou a noiva de “guerreira” e disse que ela merecia uma “medalha” por defender o País. “Não é todo mundo que sai na rua com coragem para protestar, para manifestar pelo bem do País. Eu, sinceramente, não sei se teria esse tipo de coragem”, discursou ele, com microfone em punho. Ao lado do marido, a deputada não escondeu a emoção. “Desejo ao casal toda a felicidade do mundo. Que sejam felizes para sempre”, afirmou o ministro. Logo depois, Moro e Rosângela dançaram La Vie Em Rose junto com Carla e Aginaldo.”
A descrição acima foi tirada do Jornal Estado de Minas, do dia 15/02/2020. Narrava o ponto alto do casamento da deputada federal Carla Zambelli no dia anterior, Sérgio Moro e esposa padrinhos do casal. Há pouco mais de dois meses, portanto.
Quando num gesto de desespero a deputada conversa com Moro para que não saísse do governo, certa ou errada, tendo tentado ou não “subornar” o ex-juiz, o fato é que não podemos negar a ela uma virtude: estava tentando ser leal a um governo e ideologias a que serve, inclusive, por conta disso foi eleita. O tom usado é relativamente íntimo, o tom que usamos com um amigo, jamais com um estranho.
Fica evidente que Moro se aproveitou do momento para sua frase CALCULADA de efeito, preparada à perfeição para ser utilizada por sua parceira-mor na construção de sua imagem, a rede Globo.
“Prezada, não estou à venda”
Mas estava pronto, o traíra, o ser abjeto que se alimenta de delações e vazamentos de conversas privadas, a envergonhar “a guerreira”, a “que merecia uma medalha por defender o país”…
Não se entre aqui no mérito do caráter, a vulgaridade, as grosserias da deputada, que mais parece um “Bolsonaro de saias”. Tratamos aqui, da coisa horrenda que é bajularmos alguém, nos tornarmos merecedores de sua confiança, sermos um de seus padrinhos de casamento, desejar ao casal “que sejam felizes para sempre”, e absolutamente nada disso, no fundo, era verdadeiro: tornada ÚTIL ao nosso propósito a humilhação dessa pessoa, o ser ignóbil age como Moro agiu – trai, revela todo o desvalor daquela pessoa (o verdadeiro sentimento, sempre oculto nos seres psicóticos e egocêntricos, nos seres NARCÍSICOS como Sérgio Moro…), revela conversas privadas tidas por uma confiança que se provou equivocada. Poucas coisas demonstram de modo tão cristalino a falta de ética e caráter de um ser humano.
Do mesmo modo, poucos perceberam o meio sorriso VITORIOSO, repleto de ressentimento vingativo, com que encerrou sua entrevista coletiva. Por uma fração de segundos, sua psicose perversa mais uma vez se revelou, quando finalmente se vingou das humilhações a ele imputadas por Bolsonaro, enquanto, como fez a Dilma e Lula na liberação para a Globo da gravação fatídica que resultou no impeachment da presidente, mais uma vez destruía a imagem de um presidente. Obviamente que ninguém em sã consciência não desejará o afastamento de Bolsonaro, não se trata disso, mais uma vez. Mas analisemos as demissões de todos os ministros nos últimos governos, de FHC para cá. Alguém poderia se lembrar de um ao menos, que no ato de sua saída tivesse cometido um gesto de tamanho impacto político contra um presidente? O meio sorriso de Moro nada tinha a ver com ética, virtude, republicanismo, era a exata expressão mesquinha do ser que trai mais uma vez a confiança nele depositada, é a mesma frieza e calculismo perverso de suas ações, quando está focado no que parece ser seu método de agir habitual: ferir seus inimigos na jugular, sempre que o momento oportuno surgir.
Esse é pois, o nosso primeiro ponto: a malignidade, a frieza, o egocentrismo psicótico e narcísico de um homem que se julga acima das instituições, de presidentes eleitos, da democracia, do sistema judiciário como um todo, e que só tem “lealdade” a si mesmo, suas ideias e sonhos de poder.
Ponto dois – A Globo como a criadora e fiel mantenedora da imagem do “Sérgio Moro herói, lutador contra a corrupção dos políticos!…”
Diversos artigos foram escritos nos últimos dias sobre as semelhanças das ações da Lava Jato, o apoio da Globo, quando do processo de destituição de Dilma e o julgamento e prisão de Lula e o atual momento por que passamos. Aqui mesmo, no GGN, um articulista detalhou a quantidade de minutos do Jornal Nacional e a FORMA do tratamento dado a Moro, “o indignado com as pressões de Bolsonaro pela demissão do diretor-geral da Polícia federal”, e o presidente, “querendo a troca para blindar sua família”. Se podemos acreditar na segunda premissa, a primeira aparenta fragilidades por dois motivos: primeiro, pelo fato do próprio Moro ter cedido a pressões anteriormente e dado a Bolsonaro o acesso a um processo de investigação sigiloso – o que se tornou público por um ato falho do presidente. Segundo, porque em dezenas de oportunidades Bolsonaro desautorizou seu ex-ministro, inclusive em público, em cenas humilhantes, onde ficou óbvio ao próprio Moro a a todo o Brasil, que Bolsonaro jamais daria a ele a prometida “carta branca” para o comando do Ministério. Tanto era assim que jornalistas se perguntavam, incrédulos, porque uma pessoa outrora tão poderosa se submetia à tamanha degradação de sua imagem.
O modo como saiu, escolhendo a dedo o momento perfeito, o álibi perfeito, e enfiando uma faca no coração do “bolsonarismo”, com a Globo toda “azeitada” para receber “a vítima”, “o herói”, revela a farsa, o cálculo, o planejamento junto à poderosa aliada, para “sair por cima”, farsa tão patética que o Jornal Nacional chegou a “gritar”, que “o ministro teria que provar suas graves afirmações” (sic….), o que, obviamente foi levado a efeito com o vazamento das conversas privadas entre Moro e o presidente Bolsonaro.
A “fase dois” da reconstrução de sua imagem beira o ridículo! Como se uma afirmação da própria pessoa, NUMA CONVERSA JÁ PLANEJADA PARA SER VAZADA, diante da promessa de uma vaga no STF, Moro fala cheio de “dignidade ofendida”, o famoso: “Prezada, não estou à venda.”
É capaz de Moro ter outas conversas gravadas que comprometam Bolsonaro, senadores e deputados da base aliada ao presidente. São armas guardadas a serem utilizadas se e quando necessárias.
A guerra foi declarada e a Globo seguirá manipulando nossas classes médias, especialmente, na RECONSTRUÇÃO do Moro destemido, inabalável, que enfrenta poderosos presidentes, depôs Dilma, prendeu Lula e agora desnuda o corrupto Bolsonaro diante de todos….
Ponto três – O que esperar do futuro do Brasil?
Infelizmente, o momento não permite muitas esperanças de eventos bons. Uma guerra de golpes baixos ocorrerá nas próximas semanas, entre o “Gabinete do ódio” contra a Globo e Moro. A pandemia, por incrível que parece, hoje joga a favor de Bolsonaro, não teremos a av. Paulista tomada por um milhão de pessoas pedindo o seu impeachment, mas a recíproca não é totalmente verdadeira, que os fanáticos seguidores de Bolsonaram não se furtam a carreatas para manifestarem seu ódio aos “noivos comunistas”, Dória Jr. e o próprio Sérgio Moro.
Mais do que nunca, através de falas e ações equilibradas, pacificadoras, esquerda e todas as forças democráticas da sociedade têm a OBRIGAÇÃO de buscar um consenso, uma espécie de “pauta mínima”, a ser levada e negociada com quem tem, na prática, “o poder de decisão” para a solução de uma crise que pode levar o Brasil a um caos e violência civil sem precedentes.
Ministros do STF, militares, líderes da esquerda, da direita ainda racional, ou se unem agora em uma solução NEGOCIADA, ou virá a barbárie absoluta, provocações, e a perigosíssima criação de uma espécie de “vácuo de poder”, onde o país literalmente PARALISA POR UM TEMPO, até que o vácuo seja preenchido, eventualmente, pela ação tresloucada de um dos agentes públicos envolvidos na guerra entre “moristas”, “bolsonaristas” e as demais forças sociais e políticas.
É provável que a “saída” seja um afastamento de Bolsonaro? Sim! Aí recomeçaremos todo o sofrimento mais uma vez, as incógnitas representadas por um futuro governo Mourão.
Nunca as perspectivas a curto prazo foram tão desprovidas de esperança.
Nos tornamos uma nação à deriva, quase que “à espera de um milagre”.
A verdade, hoje, é essa.