sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Brasil de Fato: Conflito Rússia e Ucrânia

 

 
Brasil de Fato
 
Conflito Rússia e Ucrânia pode iniciar uma 3ª Guerra Mundial?
 
Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
 
 
O mundo amanheceu em alerta nesta quinta-feira (24) com os bombardeios do exército russo na Ucrânia. Desde janeiro, as tensões entre os dois países estão aumentando, o que movimenta a diplomacia global.
Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia anunciaram sanções contra a Rússia. A Ucrânia rompeu relações diplomáticas com o país vizinho, acionou a lei marcial e pede ajuda militar internacional. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou que não irá enviar tropas para o território ucraniano, mas deve proteger a fronteira dos seus países-membro com a Rússia.
Enquanto isso, aqui e no mundo, todas e todos acompanham atentos e preocupados essas movimentações no leste europeu. Autoridades do Brasil e da América Latina se posicionaram sobre o conflito"Não me conformo em ter que falar de guerra", lamentou o ex-presidente Lula. Jair Bolsonaro por outro lado, ignorou a Ucrânia em inauguração de travessia no interior de SP, restando ao Itamaraty demonstrar "preocupação" com crise.
Estamos vendo o começo de um conflito global em larga escala? Nem tanto. Para o ex-ministro de Defesa e Relações Exteriores do Brasil Celso Amorim não há risco iminente de uma 3ª Guerra Mundial: "Riscos sempre existem, mas não acredito que isso aconteça. Haverá tensão, muita dificuldade, sanções, efeitos econômicos, mas não acredito que haja uma 3ª Guerra Mundial. Há muito em jogo e os riscos de destruição absoluta são muito grandes". Explicou em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato.
Mas o que está em jogo na invasão da Ucrânia pela Rússia?
Mesmo sem uma guerra mundial, já há impactos para a geopolítica e a economia: as bolsas caíram, o dólar subiu e devemos ver um aumento do preço dos combustíveis até por aqui, considerando que a nova política de preços da Petrobras segue as variações do mercado internacional. A médio prazo, o conflito também pode afetar o mercado agrícola. Kiev é responsável por abastecer 17% da demanda mundial de milho e Rússia e Ucrânia juntas produzem cerca de 30% do trigo consumido em todo o planeta.
Outro impacto se dá pela posição estratégica da Rússia na produção de combustíveis no mundo. O país é responsável pelo fornecimento de cerca de 40% do gás natural da Europa e, assim como os europeus dependem do gás russo, a venda dessa comoddity também é central para a economia de Moscou.
Para entender melhor as movimentações as consequências para o Brasil e o mundo, Michele de Mello e Serguei Monin, correspondentes internacionais do Brasil de Fato, conversaram com professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC Paulista, Giorgio Romano Schutte e Cristina Soreanu Pecequilo, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
 
 
Os dados da geopolítica mundial estão rolando, e ainda muita coisa pode acontecer por lá e ter reflexos por aqui. Acompanhe a cobertura especial completa no Brasil de Fato.
 
 
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