sábado, 14 de janeiro de 2023

Lula e o santo dos pobres.

 

Penha Broedel publicou 2 atualizações.
Texto trabalhado em grupo. Agradeço a acolhida da escrita e a atenção gramatical e espiritual de @rogeriataxa @elane.r.l agradeço ainda o incentivo de sempre de @rafammaklouf @cartunista_das_cavernas
Dedico esse texto à minha mãe Penha Broedel , minha terapeuta @lulaoficial e @leonardo.boff.oficial .
Boa leitura a todos.
#Repost @viscerasemversos with @let.repost
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Lula e são Francisco de Assis
A reflexão é um processo que demanda tempo. Tempo que presos tem. Bem como a leitura, e o mesmo processo sobre ela.
Lula não é, como sabemos, uma figura agnóstica. É cristão.
A reflexão é ainda favorecedora da espiritualidade e esta, por sua vez, refúgio de desespero e desesperança.
O que trago é sobre a esperança.
São Francisco de Assis, sem o aprofundamento devido e amplamente desfiado, em diversas obras- não sou a melhor intermediadora para falar biograficamente sobre o santo, recomendo outros autores caso haja interesse- escolheu a pobreza.
Não digo que Lula é pobre, ainda que não tenha buscado enriquecimento próprio frente à gestão do país, mas escolheu, como o santo, o povo. Escolheu o próximo. Como premissa de todo homem de Deus.
São Francisco nos deixou essa linda oração, amplamente conhecida, divulgada, recitada e decorada por todos os cristãos, mas atrevo a afirmação de que ela é repetida sem o devido processo reflexivo (que Lula teve tempo de fazer).
A seguir, destilo:
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Lula não busca vingança. Segue respeitando o processo institucional democrático, ao lado e ocupando os mesmos espaços de seus algozes.
Onde houver ódio que eu leve o amor.
Por mais que esse verso não necessite de explicação, insisto que o apelo ao amor foi tema de campanha, bem como na posse.
Onde houver discórdia que eu leve a união.
Tema também tratado na posse, a necessidade da união do Brasil, das famílias sentarem-se novamente juntas, superação da discórdia pessoal cultivada ao longo desses últimos quatro anos, sendo esse o maior desafio do presidente, por ele próprio.
Onde houver dúvidas que eu leve a fé.
Lula sempre defendeu a espiritualidade e a liberdade ao culto. A fé é velha conhecida dele, inclusive por ser marca do povo que lidera, hoje, pela terceira vez.
Onde houver erro que eu leve a verdade.
Aqui trago a agilidade em cuidar dos erros diagnosticados no processo de transição, dando transparência a dados sigilosos e aplicando esforços a favor da investigação, que trará a verdade. Mas posso falar também do não uso da máquina de mentiras e notícias deturpadas e falaciosas que ocuparam nossas redes ao longo do último período.
Onde houver desespero que eu leve a esperança.
Esse verso elegeu Lula. A fome traz desespero. A indignidade traz desespero. O discurso, alinhado com o histórico dele em acabar com a pobreza e melhorar a vida do povo, deu esperança.
Onde houver tristeza que eu leve alegria.
A arte e a cultura são alegrias. De quem produz e recebe. Poderia dizer sobre essa gigantesca alegria do cantar, dançar, de financiar festivais e demais entretenimentos do e para o povo, mas lembro das outras alegrias diárias. Lembro da alegria compartilhada no churrasco e na mesa farta, ou na nutrição digna, para além da fartura. Na cerveja do bar com amigos unidos e em poder comprar o que os filhos querem comer, aqui para além do básico. Deixo a cargo de cada leitor definir o que é grande e pequena alegria para si.
Onde houver trevas que eu leve a luz.
Todos os seres precisam de luz para sobreviver. O compromisso de Lula com a pauta ecológica e a criação do histórico ministério dos povos originários, guardiões da natureza nas palavras da própria ministra, cobre de uma forma esse verso. Toda a situação de trevas já vem sendo trabalhado nesse texto.
A oração segue e a deixo aqui, para que o leitor aproveite o ensejo e reflita acerca dos apelos à Jesus.
Ó mestre, fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Pois é dando que se recebe.
E se você, conhecedor da oração, leu até aqui (obrigada, rs) sentiu falta de, ao menos três ou quatro trechos.
Ora.
Lula pode procurar amar mais que ser amado.
Acredito que sinta o amor por todo o povo brasileiro. Por toda a gente. Mas é muito amado. É amado por cada família que conseguiu comer três vezes por dia, por cada filho formado e dignidade resgatada através de emprego, carreira e alegria já citada aqui, por cada casa morada, respaldada em suas políticas públicas do passado.
Então, se esse texto chegar a Lula, ele entenderá o trabalho interno de amor necessário para que ele ame mais do que é amado. Que busque.
É esse amor que pode levá-lo ao outro verso "sumido".
Estar ao lado do povo, da humanidade e caminhar com São Francisco de Assis em ações, num sistema predatório, bárbaro e desumano, tem um preço. Ainda não é hora de Lula morrer para viver para a vida eterna. É óbvia a necessidade de reforço na segurança de todo seu governo visto os últimos acontecimentos.
Para os últimos trechos sumidos, convoco a humanidade. Não a raça que ocupa esse planeta, mas sim o nosso lado humano, que faz com que não sejamos nada santos. É com eles que encerro.
Em nome de todas as vítimas de uma doença mal coordenada; em nome de todas as famílias que perderam seus amores. Em nome de lares que não mais possuem alegrias frente às desigualdades, em nome de todos os mortos por ódio, pelo racismo, xenofobia e machismo destilado ao longo desses últimos anos. Em nome de cada árvore derrubada, de cada animal desabrigado e queimado. De cada ser humano que ocupou o espaço espiritual antes de seu tempo, antes de sua missão, a humanidade nos impõe ainda e, também esse limite.
Que seja feita a justiça de Xangô com sua força divina, pois a justiça é ainda, paz. A todos.
Não tem perdão. Sem anistia.
Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas, ao ar livre e multidão

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