quinta-feira, 14 de agosto de 2008

MEIO AMBIENTE - Aracruz Celulose está processando ativistas.

Por Vinicius Mansur.

Integrantes da Rede Alerta contra o Deserto Verde, que
denunciam os prejuízos das empresas de celulose no Brasil, estão sendo
processados mais uma vez pela transnacional Aracruz Celulose. Seis pessoas
foram intimadas pela Polícia Federal (PF) a depor em inquérito que
investiga ?roubo e furto? da empresa.

São elas a geógrafa Marilda Teles, o
indigenista Fábio Villas, a radialista Lígia Sancio, a estudante Jeanne
Alves, o agricultor sem terra Jorge e o pastor Emil Schubert.

Antes deste processo, a Aracruz já havia conseguido que a Justiça
impedisse os ativistas de transitar pelas terras indígenas invadidas por
ela há 40 anos. Em outro processo, os ativistas foram acusados de invasão
da empresa. Mas, segundo o pastor Schubert, muitas pessoas intimadas só
foram até a porta da empresa, enquanto outras sequer estavam no local.

?De fato, a Aracruz está nos perseguindo como movimento social. Nós somos
apoiadores da luta indígena Tupiniquim-Guarani no município de Aracruz.
Mas eles escolheram algumas pessoas, seja da universidade, seja da igreja,
seja do movimento popular, das organizações dos trabalhadores, para
intimidar, para que não se manifestem mais sobre a Aracruz Celulose e os
desmandos que ele tem praticado aqui?.

A Aracruz acusa os índios e ativistas de roubar madeira da empresa. Mas,
de acordo com a geógrafa Marilda, a ação faz parte da tática da empresa.
Ela tenta desmerecer a legítima reivindicação das terras, acusando os
indígenas de quererem, na verdade, a madeira que lá está plantada.

Dos 40 mil hectares invadidos pela Aracruz, a Fundação Nacional do Índio
(Funai), reconheceu cerca de18 mil hectares como terras indígenas. Falta
agora o Governo Federal homologar as terras.

De São Paulo, da Radioagência NP, Vinicius Mansur.
Fonte:CMI BRASIL.

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