quarta-feira, 1 de setembro de 2010

REFLEXÕES DE FIDEL - Segunda parte de 238 razões para estar preocupado.

“(AFP) — O Brasil renunciou à mediação das negociações sobre o tema nuclear iraniano, depois da recusa dos Estados Unidos e de outras potências ao acordo de troca assinado em maio com o Irã e a Turquia, declarou nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, ao jornal Financial Times.”

“(ANSA) — O ex-chefe do Mossad entre 1989 e 1996, Shabtai Shavit, afirmou hoje que Israel deveria levar em consideração um ataque preventivo contra o Irã para destruir suas usinas nucleares.”

22 de junho:

“(AFP) — O governo estadunidense instou nesta terça-feira as empresas privadas a irem além das sanções oficiais contra o Irã e a cortarem seus controversos vínculos com Teerã, ao passo que Washington prepara outra série de sanções contra a República Islâmica.”

23 de junho:

“(ANSA) — O Irã anunciou hoje que até agora produziu ‘mais de 17 quilogramas’ de urânio enriquecido a 20%, ao mesmo tempo que o guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que as ‘potências arrogantes’ se opõem ao programa nuclear de seu país porque temem de Teerã como ‘símbolo dos movimentos islâmicos do mundo’.”

24 de junho:

“(EFE) — O comandante da Armada do corpo elite dos Guardiães da Revolução Islâmica, general Ali Fadavi, advertiu hoje que se os Estados Unidos e seus aliados inspecionam os navios iranianos em águas internacionais, ‘receberão uma resposta adequada no Golfo Pérsico e no Estreito de Ormuz’.”

“‘Os Estados Unidos e seus aliados não se atreverão a atuar contra os navios iranianos e se fizessem tal burrice, baseados na resolução ilegal que aprovaram, eles mesmos receberão uma resposta adequada por parte dos Guardiães da Revolução no Golfo Pérsico e no Estreito de Ormuz’, afirmou o alto militar iraniano.”

“Fadavi acrescentou que ‘a Armada dos Guardiães da Revolução dispõem atualmente de centenas de embarcações dotadas de lançadeiras de mísseis’.”

“(EFE) — O Senado dos Estados Unidos aprovou hoje novas sanções unilaterais contra o Irã contra seu setor energético, e que também sancionariam empresas que façam negócio com Teerã.”

27 de junho:

“(ANSA) — O chefe da CIA, Leon Panetta, advertiu hoje que o Irã está em condições de construir duas bombas atômicas num prazo de dois anos, visto que tem capacidade suficiente de urânio enriquecido para avançar nesse plano, negado por Teerã.”

30 de junho:

“(REUTERS) — O Irã advertiu os membros da União Europeia de ‘conseqüências graves’, devido a sua decisão de imporem sanções mais duras contra Teerã por causa de seu programa nuclear.”

Os cabogramas sobre o Irã atingiram a cifra nesse mês de 119.

Em julho, o enfrentamento continuou se agravando. Diante de cada medida adicional, pressão, sanções e ameaça imperialista, a resoluta resistência iraniana continuou crescendo.

1º de julho:

“(AFP) — As novas sanções do Conselho de Segurança da ONU não impedirão que o Irã continue seu ‘programa nuclear pacífico’, afirmou o chanceler iraniano Manuchehr Mottaki numa carta encaminhada aos 15 membros do Conselho, na qual agradece a ‘resistência’ do Brasil e da Turquia às ‘pressões políticas’.”

“(ANSA) — O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que a nova lei de sanções de seu país contra o Irã é ‘um golpe no coração’ de sua suposta capacidade de desenvolver armas nucleares…”

“‘Mostramos às autoridades iranianas que suas ações têm conseqüências’, disse Obama, que acusou Teerã de adotar uma posição ‘desafiante’…”

3 de julho:

“(REUTERS) — As últimas sanções contra o Irã são patéticas, disse no sábado o presidente Mahmoud Ahmadinejad e advertiu as potências mundiais de que lamentariam sua ameaça.”

5 de julho:

“(AFP) — Um responsável iraniano anunciou na segunda-feira que os aeroportos da Grã-Bretanha, da Alemanha e dos Emirados Árabes Unidos, se recusam a abastecer os aviões iranianos de passageiros depois das novas sanções norte-americanas…”

“A agência oficial IRNA indicou, por seu lado, que o aeroporto do Kuwait fazia o mesmo.”

“… essa medida era aplicada desde quinta-feira passada, de conformidade com ‘a decisão do Congresso estadunidense que impõe sanções à venda de produtos combustíveis ao Irã’.”

6 de julho:

“(AP) — A China disse na terça-feira que os Estados Unidos e outras nações não deveriam acrescentar suas próprias sanções às mais recentes impostas pelas Nações Unidas ao Irã …”

7 de julho:

“(AFP) — O Irã reconheceu pela primeira vez, nesta quarta-feira, que as novas sanções internacionais poderiam frear seu polêmico programa nuclear, inclusive, o enriquecimento de urânio, mas assegurou que não vão detê-lo.”

“(DPA) — O Irã está disposto a reatar em setembro as conversações sobre seu programa nuclear, mas apenas se a União Europeia (UE) denuncia o arsenal nuclear israelense e pôs de parte seus planos de impor maiores sanções a Teerã, segundo documentos revelados hoje.”

8 de julho:

“(AFP) — O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, qualificou na quarta-feira os Estados Unidos de ditadores planetários antes de atacar Israel, logo depois de sua chegada à Nigéria para participar da Cúpula do D-8, que reúne oito países muçulmanos em desenvolvimento.”

“Os Estados Unidos ‘se proclamaram chefes do mundo e todo mundo deve saber que uma autoridade proclamada a si própria é uma ditadura’…”

“(AFP) — O presidente estadunidense, Barack Obama, declarou em uma entrevista divulgada na quinta-feira pela televisão israelense que é improvável que Israel ataque as instalações nucleares de Irã sem informar com antecedência os Estados Unidos.”

“‘É inaceitável que o Irã possua armas nucleares e nós faremos todo o possível para impedir que isso aconteça’, declarou Obama na terça-feira ao canal 2 israelense.”

“(DPA) — Um Irã com armas nucleares seria mais perigoso do que a União Soviética durante a Guerra Fria, segundo afirmou hoje o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Nova York.”

“‘Os sovietes tinham milhares de armas atômicas, mas também eram racionais e previsíveis. O Irã não é’, assinalou Netanyahu perante o ‘think tank’ Council on Foreign Relations.”

12 de julho:

“(ANSA) — O Irã insiste em que o Brasil e a Turquia deverão participar do reatamento das negociações de seu programa nuclear, salientou o ministro das Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, citado hoje pela emissora Press TV.”

15 de julho:

“(EFE) — A possibilidade de um ataque israelense contra o Irã pelo programa nuclear desse país aumentou consideravelmente, contudo suas conseqüências seriam devastadoras e levariam a uma guerra longa com ‘implicações regionais e globais’.”

“Essas são as conclusões de um estudo intitulado ‘Ação Militar contra o Irã: Impacto e Efeitos’ do centro de estudos britânico ‘Oxford Research Group’, segundo o qual, as conseqüências serão tão graves que será preciso encontrar uma solução dessa crise, de qualquer jeito, por vias diferentes da militar.”

16 de julho:

“(EFE) — O Conselho de Segurança da ONU condenou hoje os atentados terroristas cometidos numa mesquita xiita no sudeste do Irã, nos quais morreram pelo menos 20 pessoas e mais de 100 foram feridas.”

“(EFE) — Os ministros das Relações Exteriores do Japão e do Brasil expressaram hoje a necessidade de manter aberta ‘uma janela de diálogo’ com o Irã, informaram fontes oficiais japonesas.”

17 de julho:

“(AFP) — O Irã acusou neste sábado os países ocidentais e Israel de estarem por trás dos dois atentados suicidas que deixou, na quinta-feira, um saldo de 27 mortos no sudeste do país, apesar da repulsa da União Europeia e dos Estados Unidos.”

“(REUTERS) — Os Estados Unidos enfrentarão conseqüências negativas após um ataque mortal a bomba no sudeste do Irã, disse um alto comandante da Guarda Revolucionária, citado no sábado por uma agência semi-oficial de notícias iraniana.”

19 de julho:

“(EFE) — O presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, critica a ‘injusta’ estrutura de poder ‘no palco internacional’, o qual, a seu ver, levou ao ‘uso instrumental’ dos organismos internacionais…”

20 de julho:

“(AP) — O Parlamento do Irã autorizou na terça-feira inspeções de represália contra aqueles países que fiscalizem os carregamentos dos navios e aviões iranianos, como parte das novas sanções aprovadas pela ONU por causa do programa nuclear de Teerã.”

21 de julho:

“(AFP) — O líder máximo iraniano, Ali Khamenei instou nesta quarta-feira todos os muçulmanos a lutarem contra o ‘terrorismo cego’ e feroz dos Estados Unidos e do Reino Unido, que acusou de estarem por trás dos dois atentados suicidas deste mês, que deixaram 28 mortos numa mesquita xiita.”

23 de julho:

“(REUTERS) — O Irã usará outras moedas que não sejam o euro e o dólar para o pagamento de suas exportações de petróleo, disse um funcionário iraniano citado na sexta-feira pela agência de notícias semi-oficial Mehr.”

“‘Temos liberdade para eleger qualquer moeda para a venda de nosso petróleo…’.”

24 de julho:

“(REUTERS) — O Irã disse neste sábado que planeja construir um reator de fusão nuclear experimental, informou a televisão estatal, enquanto as potências do Ocidente exigem que a República Islâmica suspenda suas delicadas atividades do programa nuclear.”

25 de julho:

“(ANSA) — O Irã advertiu hoje que ‘responderá com força’ às sanções que a União Europeia vai ratificar amanhã a propósito da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no contexto do conflito pelo desenvolvimento de planos nucleares.”

26 de julho:

“(EFE) — O ministro iraniano de Defesa, general Ahmad Vahidi, ameaçou Israel de destruir esse país, se cometer uma imprudência contra o Irã, informou hoje a agência oficial de notícias IRNA.”

27 de julho:

“(AFP) — A Rússia considera ‘inaceitáveis’ as sanções contra o Irã adotadas fora do âmbito da ONU, informou na terça-feira o Ministério das Relações Exteriores russo, depois da aprovação na segunda feira das sanções da União Europeia (UE) e do Canadá contra Teerã e seu setor energético.”

31 de julho:

“(AFP) — A China tornou-se a primeira parceira comercial do Irã com US$ 21,2 bilhões de intercâmbios contra US$14,4 bilhões três anos antes, graças em parte à retirada das companhias ocidentais, pela pressão de seus governos.”

“As sanções internacionais contra o Irã por seu polêmico programa nuclear e, sobretudo, as adotadas pelos Estados Unidos e pelos países da União Europeia (UE) permitiram à China afiançar sua presença na República Islâmica.”

“Pequim disse que não aprova as sanções aprovadas na segunda-feira passada pela União Europeia (UE), que apontam principalmente para o setor petroleiro e do gás.”

O número de notícias das agências sobre o Irã atingiu 65 em julho.

1º de agosto:

“(AFP) — O chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos assegurou no domingo que, conforme for previsto, os Estados Unidos atacarão o Irã, se este se dotar da arma nuclear, mas afirmou estar ‘extremamente preocupado’ com as conseqüências que pode acarretar a medida.”

“Uma ação militar contra o Irã poderia ter ‘conseqüências não desejadas difíceis de prever numa zona incrivelmente instável’, declarou à NBC o almirante Michael Mullen.”

2 de Agosto:

“(EFE) — O assessor político do corpo de elite dos Guardiães da Revolução Islâmica, general Yadola Javani, afirmou hoje que o Irã ‘possui um plano com uma dura resposta a qualquer invasão militar estadunidense o israelense’.”

“(EFE) — A China investiu uns US$40 bilhões (30,6 bilhões de euros) no setor do petróleo e do gás iraniano, informou hoje o diário oficial China Daily.”

“Segundo os acordos assinados entre ambos os países, o investimento chinês em projetos petroleiros de prospecção e extração atingirá US$29 bilhões, enquanto os restantes US$10 bilhões serão destinados à petroquímica, refinarias, oleodutos e gasodutos.”

4 de agosto:

“(ANSA) — O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, exortou a estarem ‘prontos para uma eventual guerra que Israel quer iniciar no Oriente Médio’ e advertiu que os enfrentamentos com o Líbano demonstram ‘o desespero do regime sionista e sua desorganização’.”

“(DPA) — ’Vocês (Estados Unidos) podem adotar tantas resoluções e sanções contra nós até se fartarem’, disse Ahmadineyad num discurso proferido em Hamedan, no oeste do país, e que foi retransmitido pela televisão pública.

“‘Contudo, no respeitante ao Irã, não nos importamos absolutamente com isso e jamais rogaremos por seus produtos’, acrescentou.”

5 de agosto:

“(ANSA) — O Irã apresentou um protesto perante as Nações Unidas pelas declarações do chefe do Estado-Maior estadunidense, Mike Mullen, que disse que Washington tem um plano estratégico para um ataque eventual a Teerã.

“…advertiu que reagirá diante de qualquer ataque…”

“(AP) — Duas cartas de diplomatas iranianos encaminhadas às autoridades internacionais demonstram que existem poucas esperanças de avançar nas próximas negociações sobre o programa nuclear, visto que Teerã continua desafiante e pouco disposto a fazer concessões.”

“(AFP) — A China defendeu nesta quinta-feira seus laços comerciais com o Irã, apesar das pressões dos Estados Unidos para que sejam aplicadas à risca as sanções da ONU…”

9 de agosto:

“(EFE) — A AIEA confirma que o Irã recorreu a uma segunda cascata de centrífugas para tornar mais eficaz o processo de enriquecimento do urânio em sua usina nuclear de Natanz, contradizendo as resoluções da ONU a respeito do assunto.”

“(DPA) — Segundo o porta-voz da Chancelaria do Irã, Ramin Mehmanparast, a usina nuclear russo-iraniana de Bushehr será inaugurada em setembro.”

10 de agosto:

“(ANSA) — O Irã produzirá em série uma cópia da Bladerunner 51, definida como o motoscafo mais veloz do mundo, munindo-o de mísseis e foguetes para usá-lo no Golfo.

“Declarou um comandante dos […] Guardiães da Revolução, segundo informou a agência FARS.”

“(ANSA) — Uma agência iraniana divulgou hoje em seu site imagens de escavações que definiu como ‘valas comuns’ preparadas para sepultar os cadáveres de militares que tentem invadir a República Islâmica.”

“As imagens apresentadas pela agência FARS, mostram em primeiro lugar o líder máximo, o aiatolá Ali Khamenei, falando para as tropas iranianas. E depois […] mostra as escavações, em uma zona desértica…”

11 de agosto:

“(DPA) — Israel poderia atacar o Irã nos próximos 12 meses, inclusive, sem a anuência de Washington, se considerar que é a única maneira de frear o programa nuclear persa, escreve o analista Jeffrey Goldberg num artigo da revista estadunidense The Atlantic em sua edição de setembro.”

13 de agosto:

“(EFE) — A primeira usina atômica do Irã, Bushehr, construída por especialistas russos nas margens do Golfo Pérsico, começará a funcionar em 21 de agosto próximo, informou hoje a agência nuclear russa Rosatom.”

15 de agosto:

“(EFE) — Obama está preparado para se reunir com Ahmadinejad, se o Irã aceitar ‘certas condições’, disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, James Jones.”

“(AFP) — O Irã anuncia que começará a construir novo local para enriquecer urânio em 2011.”

17 de agosto:

“(XINJUA) — O diretor da Organização da Energia Atômica do Irã, Ali-Akbar Salehi, adverte que atacar as usinas nucleares é um ‘crime internacional’ e disse que qualquer agressão contra a usina de Bushehr provocaria uma séria resposta.”

18 de agosto:

“(REUTERS) — […] a República Islâmica não dialogará com os Estados Unidos a respeito de seu programa nuclear, a não ser que sejam eliminadas as sanções e as ameaças militares.”

“(ANSA) — O plano do Irã para responder a um eventual ataque militar dos Estados Unidos inclui o fechamento do Estreito de Ormuz, a ‘tomada de reféns das forças norte-americanas no Afeganistão e no Iraque’ e ações contra Israel, segundo disse um alto oficial iraniano.”

“(EFE) — A Rússia espera carregar combustível nuclear no reator da usina nuclear iraniana de Bushehr no final de setembro, informou hoje o consórcio estatal russo Atomstroyexport, encarregado do projeto.”

19 de agosto:

“(AP) — […] o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior, e outros oficiais e legisladores estadunidenses ‘ameaçaram’ usar ação militar sob o pretexto ‘totalmente falso’' de que o Irã está desenvolvendo armas nucleares.”

“Mullen disse […] que o exército estadunidense tem um plano para atacar o Irã […] salientou que o risco de que Teerã desenvolva uma arma atômica é inadmissível, e enfatizou que ‘a opção militar’ continua sobre a mesa.”

20 de agosto:

“(AFP) — O Irã está pronto para participar imediatamente de um diálogo com as grandes potências sobre a troca de combustível nuclear, afirmou o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad numa entrevista publicada nesta sexta-feira no Japão.”

“Na quarta-feira, o líder máximo Ali Khamenei declarou que o Irã apenas negociará com os Estados sobre o programa nuclear se Washington suspender as sanções e suas ‘ameaças’ contra Teerã.”

“(AFP) — Funcionários dos Estados Unidos iniciaram nesta sexta-feira uma turnê por oito nações, entre as quais, o Brasil e o Equador, para insistir na aplicação das sanções impostas ao Irã por Washington e pelas Nações Unidas por seu programa nuclear, disse o Departamento do Tesouro.”

“(AFP) — O Irã fez um teste de um míssil terra-terra Qiam, anunciou na sexta-feira o ministro iraniano de Defesa, Ahmad Vahidi, sem precisar a data do lançamento.”

21 de agosto:

“(AFP) — O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad prometeu uma ‘resposta em escala planetária’ se seu país for atacado, numa entrevista publicada no sábado pelo diário Al Sharq de Catar.”

“‘Nossas opções não terão limites […] Envolverão todo o planeta’, afirmou o presidente iraniano em resposta a uma pergunta relativa à eventual resposta de Teerã a um ataque.”

“(ANSA) — A França e a Grã-Bretanha receberam hoje com desconfiança a notícia da posta em funcionamento da usina nuclear de Bushehr por parte do Irã, de quem exigiram ‘garantias’ sobre a veracidade dos fins civis, enquanto Israel considerou o fato de ‘inaceitável’.”

22 de agosto:

“(AFP) — Os líderes iranianos apresentaram no domingo um ‘bombardeiro’ não tripulado (drone), com um alcance de 1.000 km, numa cerimônia para mostrar a capacidade de resposta da República Islâmica a um eventual ataque contra suas instalações nucleares.”

“(REUTERS) — O Irã começou no sábado o carregamento de combustível para sua primeira usina de energia nuclear, um poderoso símbolo de sua crescente influência regional e de sua recusa às sanções internacionais adotadas para evitar que desenvolva uma bomba atômica.”

“(DPA) — A comunidade internacional deve aumentar a pressão sobre o Irã após entrar em funcionamento sua primeira usina atômica, a fim de impedir que complete seu programa nuclear, exigiu o Ministério israelense de Assuntos Exteriores em um comunicado citado hoje pela Rádio Israel.”

23 de agosto:

“(DPA) — A recente apresentação do primeiro avião não tripulado de combate fabricado pelo Irã provocou novas interrogantes nos Estados Unidos sobre as ‘intenções iranianas’, embora a maior preocupação continue sendo o programa nuclear de Teerã, indicou hoje o Departamento de Estado.”

24 de agosto:

“(XINHUA) — O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse hoje que a República Islâmica dá mais prioridade à ampliação de suas relações com todas as nações latino-americanas.”

“(DPA) — …Contudo, recusou a renúncia ao enriquecimento do urânio depois da entrada em funcionamento da usina de Bushehr, no sul do país, sábado passado.”

25 de agosto:

“(DPA) — O Irã mostrou-se hoje em disposição de ajudar militarmente as Forças Armadas do Líbano, se Beirute fazer um pedido oficial a esse respeito, informou a agência de notícias ISNA.”

“‘A nação libanesa e também o Exército libanês são nossos amigos e se houver um petdido oficial, estaremos prontos para ajudá-los e cooperar com eles no que for possível’, citou a ISNA ao ministro de Defesa, Ahmad Vahidi.”

26 de agosto:

“(EFE) — A Rússia expressou hoje sua disposição para criar, junto com o Irã, uma empresa conjunta que fabrique combustível para a primeira usina nuclear iraniana, Bushehr, contudo, salientou que o enriquecimento do urânio seria realizado apenas em território russo.”

À lista de 238 razões acrescentaram-se mais uma ontem e outra hoje.

27 de agosto:

“(DPA) — O diretor da Organização Atômica Iraniana, Ali Akbar Salehi, informou hoje que o Irã produz 25 quilogramas de urânio enriquecido a 20%, a serem utilizads com fins médicos.”

“A agência de notícias ISNA citou declarações de Salehi, segundo as quais, o Irã tentará usar o urânio enriquecido para a fabricação de combustível. Para isso, esse país prevê finalizar a construção de sua primeira instalação de produção de combustível antes de setembro de 2011.”

28 de agosto:

“(DPA) — O Irã retirou seus fundos dos bancos europeus em resposta às últimas sanções decretadas pela União Europeia devido a seu controverso programa nuclear, informou hoje a emissora Press TV na sua página da Web.”

“O presidente do Banco Central iraniano, Mahmoud Bahmani, qualificou a decisão de ‘medida preventiva’ em defesa a um possível congelamento das contas iranianas, disse sem precisar a quantia retirada.”

A partir de 7 de setembro, o Conselho de Segurança da ONU analisará se o Irã suspendeu seu programa nuclear. Se, conforme a letra da última Resolução, os Estados Unidos ou Israel tentam inspecionar um navio mercante iraniano em águas internacionais, terão que usar a força. Esse é o ponto onde nos encontramos neste momento, sem dúvida, incerto.

Quem leu minuciosamente o importante artigo de Jeffrey Goldberg, que será publicado sob o título de “O ponto depois do qual não há retorno” na revista The Atlantic, sabe o que significa esta contradição milenar e quase insolúvel entre ambos os países, nada menos que na era nuclear.

Não existe, do meu ponto de vista, a mínima possibilidade de que os líderes políticos e religiosos do Irã aceitem essa exigência.

Fidel Castro Ruz

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