Eduardo Campos, governador de Pernambuco (Foto: Renato Araujo/ABr)
Eduardo Campos, governador de Pernambuco (Foto: Renato Araujo/ABr)
POR MARINA DIAS
Ogovernador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse nesta sexta-feira (15) que se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, há quize dias, para discutir o cenário político das eleições do próximo ano. Campos deixou claro que não irá comentar qualquer especulação a respeito de sua eventual candidatura à Presidência em 2014. E nem responderá a qualquer tipo de pressão petista.
"Deixei claro à presidenta Dilma nossas preocupações sobre 2013, sobre os problemas que nos foram colocados em 2012 pelas disputas eleitorais, nosso respeito por ela como uma mulher honrada, com quadro político sério, ela sabe qual é nosso padrão de relação, sabe que não é hora de o PSB decidir [sobre minha candidatura em 2014] porque o PSB vai decidir no seu tempo", explicou o governador pernambucano.
Eduardo Campos mandou um recado para petistas que, de alguma forma, segundo ele, tentam antecipar informações sobre sua eventual candidatura. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, disse que o PT não ficaria "de joelhos" frente a Campos para pedir que ele não saísse candidato. O governador respondeu: "Para mim, vale a conversa que tive com a presidenta Dilma. Quando eu tiver alguma coisa para dizer ao PT, ou à presidenta Dilma, num conjunto, vou lá e vou falar com quem efetivamente eu devo falar. Como presidente nacional do partido vou falar com a presidenta da República ou com o presidente do partido dela".
Nesta sexta-feira (15), Eduardo Campos participou de um almoço com empresários do setor varejista em um hotel na região central de São Paulo. O governador comentou ainda sobre o impasse em que se encontra a questão da distribuição dos royalties de petróleo. Segundo ele, os estados produtores (Rio de Janeiro e Espírito Santo), que entraram com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a nova lei de distribuição, promulgada na última quinta-feira (14), são "a turma do tudo ou nada". "Melhor do que uma disputa no Judiciário, é negociar na mesa. Não vejo nenhum problema em tentar acordo", finalizou Campos.