A grande notícia de ontem foi dada pela presidente Dilma, mas nada teve a ver com vetos, médicos cubanos, PAC, combate à inflação, alta do dólar e demais problemas enfrentados pelo governo.
A presidente revelou ao ministro Edison Lobão, que por sua vez contou à Folha de S. Paulo, haver dias atrás, num fim de semana, saído de motocicleta do palácio da Alvorada até o centro de Brasília. Com direto a capacete e roupa preta.
Dilma vangloriou-se diante do chefe da sua segurança, coronel Amaro, de que tinha ludibriado os agentes encarregados de protegê-la, saindo sem que eles percebessem. O oficial, com todo respeito, rebateu. Informou que seus arapongas perceberam tudo e seguiram atrás dela, de carro, mas mantendo distância razoável para não estragar o prazer da fuga.
Esse episódio serve para humanizar a áspera governante. Mostra uma Dilma diferente da gerentona que não economiza advertências e admoestações em seus ministros. Trata-se de mais uma etapa no processo de reconquista da popularidade perdida a partir de junho. E lembra similar de décadas atrás, quando o então presidente João Figueiredo, aos sábados pela manhã, vestia blusão de couro, botas e capacete do Dart Wader para passear pela capital a bordo de potente motocicleta. Certa feita foi parado na rodoviária por uma blitz da Polícia Militar, levando forte espinafração de um tenente. Explosivo, o general suportou menos do que deveria e descobriu o rosto, indagando do oficial se o conhecia. O jovem quase desmaiou, sendo depois agraciado com a requisição para fazer parte do Gabinete Militar.
Nenhuma patrulha flagrou a presidente Dilma, para sorte dela, porque se intimada a mostrar seus documentos, receberia vultosa multa: não tem carteira de motociclista…
Fonte: Tribuna da Imprensa
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