no blog DCM
Ele deveria ter se mexido no caso Siemens muito antes.
Alckmin anuncia que vai processar a Siemens para recuperar o dinheiro pago a mais por causa do cartel.
Há dois lados nisso.
Um é positivo. Em várias partes, a Siemens foi processada por governos e empresas que ela corrompeu com seu esquema torrencial de produtos.
Neste instante mesmo, a Pemex, a Petrobras mexicana, está processando a Siemens. A Pemex acabou pagando mais do que devia por produtos da Siemens, e agora quer receber o que lhe foi cobrado irregularmente.
Os cofres públicos paulistas devem mesmo ser ressarcidos, bem como o metrô, e exemplarmente. Isso é do mais absoluto interesse público, bem como a punição das pessoas que a Siemens corrompeu no PSDB e no metrô.
E então chegamos ao ponto negativo nesta história. Não existe sinal de intenção de punir os corruptos.
O caso mais notável é o de Robson Marinho, um tucano histórico que manteve uma relação de grande proximidade com Mário Covas desde que ambos eram constituintes, nos anos 1980.
A justiça suíça atribuiu uma conta milionária, e abastecida por propinas vinculadas ao metrô de SP, a Robson Marinho.
Ele foi chefe da Casa Civil do governo Covas, e depois este o indicou para o Tribunal de Contas do Estado. O TCE deveria fiscalizar as contas do Executivo, mas na prática é uma sinecura para seus sete integrantes, indicados por razões políticas e sem vínculo com a justiça.
A conta está hoje bloqueada.
O caso Robson Marinho emergiu em 2008, quando Serra era governador. Que Serra fez? Nada, além de bravatear que as acusações eram o “kit PT” e contar com a omissão anticontribuinte da grande mídia.
Relatos esparsos deram conta de que Robson Marinho acumulou um patrimônio no qual consta até uma ilha em Paraty, na qual é vizinho de Marinhos mais conhecidos, os da Globo.
Uma consulta feita pelo Diário ao site de uma imobiliária que atua no mercado de alto luxo de Paraty mostra que você vai perder seu tempo procurando uma ilha lá se não tiver pelo menos 14 milhões de reais.
Num insulto aos paulistas, passados cinco anos desde que o caso se tornou público, Marinho continua a examinar contas e a recolher seu dinheiro fácil no TCE.
Que Alckmin fez neste tempo todo? O mesmo que Serra: nada. E não apenas em relação a Marinho, mas a toda a rede de corrupção montada em torno dos contratos bilionários do metrô.
Agora, sob a pressão de uma nova leva de denúncias, nascidas aliás da própria Siemens numa manobra para receber concessões jurídicas, Alckmin se faz de indignado e de vítima.
O que ele está fazendo é muito pouco, e muito tarde.
A presença impune de Robson Marinho no TCE é uma prova brutal disso.
Alckmin anuncia que vai processar a Siemens para recuperar o dinheiro pago a mais por causa do cartel.
Há dois lados nisso.
Um é positivo. Em várias partes, a Siemens foi processada por governos e empresas que ela corrompeu com seu esquema torrencial de produtos.
Neste instante mesmo, a Pemex, a Petrobras mexicana, está processando a Siemens. A Pemex acabou pagando mais do que devia por produtos da Siemens, e agora quer receber o que lhe foi cobrado irregularmente.
Os cofres públicos paulistas devem mesmo ser ressarcidos, bem como o metrô, e exemplarmente. Isso é do mais absoluto interesse público, bem como a punição das pessoas que a Siemens corrompeu no PSDB e no metrô.
E então chegamos ao ponto negativo nesta história. Não existe sinal de intenção de punir os corruptos.
O caso mais notável é o de Robson Marinho, um tucano histórico que manteve uma relação de grande proximidade com Mário Covas desde que ambos eram constituintes, nos anos 1980.
A justiça suíça atribuiu uma conta milionária, e abastecida por propinas vinculadas ao metrô de SP, a Robson Marinho.
Ele foi chefe da Casa Civil do governo Covas, e depois este o indicou para o Tribunal de Contas do Estado. O TCE deveria fiscalizar as contas do Executivo, mas na prática é uma sinecura para seus sete integrantes, indicados por razões políticas e sem vínculo com a justiça.
A conta está hoje bloqueada.
O caso Robson Marinho emergiu em 2008, quando Serra era governador. Que Serra fez? Nada, além de bravatear que as acusações eram o “kit PT” e contar com a omissão anticontribuinte da grande mídia.
Relatos esparsos deram conta de que Robson Marinho acumulou um patrimônio no qual consta até uma ilha em Paraty, na qual é vizinho de Marinhos mais conhecidos, os da Globo.
Uma consulta feita pelo Diário ao site de uma imobiliária que atua no mercado de alto luxo de Paraty mostra que você vai perder seu tempo procurando uma ilha lá se não tiver pelo menos 14 milhões de reais.
Num insulto aos paulistas, passados cinco anos desde que o caso se tornou público, Marinho continua a examinar contas e a recolher seu dinheiro fácil no TCE.
Que Alckmin fez neste tempo todo? O mesmo que Serra: nada. E não apenas em relação a Marinho, mas a toda a rede de corrupção montada em torno dos contratos bilionários do metrô.
Agora, sob a pressão de uma nova leva de denúncias, nascidas aliás da própria Siemens numa manobra para receber concessões jurídicas, Alckmin se faz de indignado e de vítima.
O que ele está fazendo é muito pouco, e muito tarde.
A presença impune de Robson Marinho no TCE é uma prova brutal disso.
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