IBRE desmascara financiamento do Banco Central, por Andre Araujo
ENVIADO POR ANDRE ARAUJO
Economistas mostram que governo Temer manipula dívida pública para cima com o objetivo de justificar mais aperto fiscal e para tirar do BNDES R$ 130 bilhões. "O que a equipe econômica, na realidade, propõe é diminuir o potencial do BNDES e jogar esses recursos que já estão no Banco para a dívida pública, o que, na pratica, significa tirar recursos da economia produtiva em beneficio do mercado financeiro".
Por Andre Araujo
Um dos artigos mais importantes dos últimos meses passou despercebido. Trata-se de matéria com os economistas Vilma Pinto e Jose Roberto Afonso, do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), um dos órgãos técnicos mais reputados do País, publicada no jornal Valor em 3 de janeiro (pag. A2). Veja aqui.
Nesse artigo os dois economistas mostram que a equipe econômica tem manipulado as projeções de dívida pública para cima com o objetivo de justificar mais aperto fiscal e para tirar do BNDES R$ 130 bilhões em recursos destinados ao crédito para o desenvolvimento do País.
O que a equipe econômica, na realidade, propõe é diminuir o potencial do BNDES e jogar esses recursos que já estão no Banco para a dívida pública, o que, na pratica, significa tirar recursos da economia produtiva em beneficio do mercado financeiro.
Os economistas do IBRE dizem isso textualmente, ou seja, que o BC “exagera o pessimismo” para mostrar um quadro pior do que é para justificar apertos fiscais.
O governo está procurando “demonizar e desmoralizar o BNDES”. Isto é gravíssimo, dito por dois economistas de alta reputação e respeitabilidade, que também demonstraram propositais erros de calculo na projeção da divida publica, erros que beneficiam a visão do mercado contra as demandas da sociedade, lembrando que o pessimismo ajuda o financismo.
O que eu extraí deste chocante artigo por sua sinceridade e clareza é a síntese da atual Política Econômica, pró-mercado e contra a população, para isso mudando e manipulando números e projeções para enganar a sociedade.
Tudo pelo MERCADO mesmo que contra a economia real da produção. Não há diagnostico mais contundente do que dizem esses dois corajosos economistas do IBRE.
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