quinta-feira, 24 de junho de 2021

A Globocomo sempre golpista, quer tirar o Bozo e colocar outro seu fantoche no seu lugar.

 


A Globo e a elite querem tirar Bolsonaro o quanto antes para preparar novos (velhos) ataque a Lula e ao que resta da Nação

por Luiz Müller

"Enquanto estiver no cargo e for candidato à reeleição, Bolsonaro paralisa a possibilidade de união da direita. Ele bloqueia a articulação e o crescimento de uma outra candidatura capaz de unificar o campo conservador, e assim disputar o centro com a centro-esquerda e a esquerda. "

Extrato do Artigo do Jornalista Mário Vitor Santos, que reproduzo na íntegra neste post, logo após meu comentário

Entregue a ELETROBRAS, a PETROBRAS vendida aos pedaços, boa parte da riquezas entregues a sanha privata, Bolsonaro agora virou bagaço para a mesma elite que o elegeu. Por isto querem tira-lo o quanto antes. A bola da vez é Mourão, tanto para a Elite como para a Casta Militar que assaltou a Esplanada dos Ministérios e detém hoje mais de 6 mil militares de todas as patentes ocupando Cargos de Confiança nos Ministérios, em especial nos mais estratégicos. Formam o "partido militar", invisível ao senso comum, mas está lá operando, As maldades que fazem, as jogam nos ombros do capitão, que se necessário, pode ser descartado. Logo, mais do que ser um problema da esquerda, Bolsonaro é um problema da Elite entreguista, da Globo e de seus pares da mídia venal.

Reproduzo a seguir artigo do Jornalista Mario Vitor Santos, publicado No Brasil 247 para reflexão de quem vibra exageradamente com os cada vez maiores atos públicos contra Bolsonaro.

O jornalista apresenta uma reflexão aguda sobre o rompimento de parte da elite com Bolsonaro: “É um quadro complexo para o campo progressista, que prepara sua união em torno da candidatura Lula. Com Bolsonaro fora do jogo, trocado por Mandetta, Moro, Ciro ou mesmo Doria, a direita terá campo livre para desencadear sobre seu inimigo principal todas as injúrias e fantasmas do antipetismo.

(Foto: Reprodução/TV Globo | Ricardo Stuckert)

Por Mario Vitor Santos

A aceleração da crise do governo Bolsonaro é resultado de fatos concorrentes. Denúncia grave de corrupção da compra da Covaxin indiana dá novo alento à CPI impondo a criação de fatos diversionistas com a saída de Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente. O possível recolhimento de quadros militares e o ensaio oportunista do vice Hamilton Mourão (o vice decorativo da vez). O surto nervoso do presidente. O avanço de investigações em diversas frentes, a crise energética, os sinais ambíguos da economia, a persistência do desemprego e o aumento da inflação de itens essenciais. O recrudescimento da pandemia, que já ceifou mais de 500 mil vidas, explicitando de maneira incontestável o erro fatal da opção pelo negacionismo e a subestimação das medidas sanitárias. O ressurgimento das manifestações de rua. 

Não faltam razões para indicar a incapacidade de Bolsonaro para o cargo, já patente para muitos desde antes da campanha de 2018, mas que agora ganha os ingredientes inéditos de uma urgência muito perigosa e pode se transformar num tsunami.

Essa crise incorpora um fator essencial. Parte da centro-direita, parte dos políticos do capital e maioria da mídia corporativa que os representa chegou à conclusão de que Bolsonaro precisa ser retirado urgentemente.

A fração majoritária do capital mantém apoio ao presidente, segue otimista com as possibilidades da retomada econômica. Outra parcela importante das elites e a mídia passaram a manifestar ódio por Bolsonaro por uma razão de fundo: ele se revela um candidato cada vez mais incapaz de derrotar Lula e o PT nas eleições de 2022. O que existe é uma divisão entre capital e parte dos seus representantes na mídia e na política.

Enquanto estiver no cargo e for candidato à reeleição, Bolsonaro paralisa a possibilidade de união da direita. Ele bloqueia a articulação e o crescimento de uma outra candidatura capaz de unificar o campo conservador, e assim disputar o centro com a centro-esquerda e a esquerda.

Bolsonaro no poder é sinônimo de falta de hegemonia entre as classes dominantes, elas que o conduziram entre entusiasmadas e desesperadas ao cargo em 2018, respirando aliviadas com sua vitória sobre Lula encarcerado, depois Haddad e o PT.

O fato é que Bolsonaro está sendo atirado aos cães por parcela importante dos que viram sua vitória como uma esperança ou um mal menor para o Brasil.

Por atrapalhar os anseios de impedir a vitória de Lula, a mídia, em especial agora a TV Globo e os outros veículos do Grupo Globo, mas também até órgãos antes simpáticos a Bolsonaro, como a CNN Brasil, assumem uma atitude aberta de oposição, uma campanha feroz e inclemente, com vistas a incinerar o aliado agora imprestável.

Está aí a razão da mudança radical da Globo, que da censura constrangedora passou ao apoio aberto às manifestações de rua promovidas essencial e poderosamente pela esquerda. Esta, cada vez mais ousada e consciente do seu poder de influência, precisa prestar atenção, pois abre-se uma disputa pela direção do movimento, com a parcela da direita convertida que pretende aderir.

Folha, Uol, Estadão, e diversos outros veículos irmanam-se na caçada a Bolsonaro. Abandonaram a posição de neutralidade inicial, a sabida e infame atitude de “escolha difícil” entre Bolsonaro e a esquerda.

Parcela importante da direita parte com tudo para alterar com urgência sua aposta eleitoral, trocando os pneus com o carro em movimento. Pretende se aproveitar do desprendimento da esquerda para num momento seguinte, na hipótese do afastamento de Bolsonaro, reconfigurar o quadro eleitoral à sua feição. 

É um quadro complexo para o campo progressista, que prepara sua união em torno da candidatura Lula. Com Bolsonaro fora do jogo, trocado por Mandetta, Moro, Ciro ou mesmo Doria, a direita terá campo livre para desencadear sobre seu inimigo principal todas as injúrias e fantasmas do antipetismo, desde a farsa do mensalão até a Lava Jato e a crise que ela propiciou. A polarização com Bolsonaro é de uma natureza. Com um desses da “terceira via”, o jogo será mais complexo.

A disputa de parcela relevante das elites com Bolsonaro é uma feroz chacina fratricida. As feras da mídia corporativa, até agora comedidas, estão à solta, sem coleira, em nova campanha conjunta, atiçadas pelos donos. Vale tudo para limpar a área o mais cedo possível. A primeira carniça é Bolsonaro. Espera-se que essa disputa leve ambos os lados à exaustão, pois senão quem vencer vai atrás da segunda, o PT. 

Nenhum comentário: