Maior agência de notícias internacional destaca protestos contra Bolsonaro no Brasil e no mundo

19/06/2021  Por REDAÇÃO URBS MAGNA
Maior agência de notícias internacional destaca protestos contra Bolsonaro no Brasil e no mundo

Os manifestantes seguravam cartazes exigindo que Bolsonaro fosse destituído do cargo enquanto cantavam, tocavam tambores e afirmavam que os quase 500 mil mortos são uma forma de genocídio perpetrado pelo governo contra o povo brasileiro, afirma a Reuters


19 de junho
16:01 p.m. Reuters

Milhares saíram às ruas de todo o Brasil no sábado para protestar contra a resposta do presidente Jair Bolsonaro à pandemia, criticando o líder do país por não ter vacinado o povo com rapidez e por questionar a necessidade de uso de máscara.

O Brasil deve ultrapassar 500.000 mortes por Covid-19 quando os números oficiais forem divulgados no final deste sábado (19), o maior do mundo depois dos Estados Unidos.

O governo enfrenta críticas ferozes por ter desperdiçado oportunidades anteriores de comprar vacinas. A farmacêutica Pfizer disse que não obteve resposta às primeiras ofertas de venda dos imunizantes ao governo entre agosto e novembro do ano passado.

Estamos protestando contra o governo genocida de Bolsonaro, que não comprou vacinas e não fez nada para cuidar de sua população no ano passado”, disse Aline Rabelo, 36, durante um protesto no shopping nacional de Brasília.

A assessoria de imprensa de Bolsonaro ainda não comentou sobre o ’19J’. Apenas 11% dos brasileiros estão totalmente vacinados e 29% receberam a primeira dose, mostram dados do Ministério da Saúde.

A maior emissora brasileira, a Globo, informou que, no início da tarde, protestos haviam ocorrido em pelo menos 44 cidades de 20 estados.

Os manifestantes alegaram, durante os atos, que os quase 500 mil mortos representam uma forma de genocídio perpetrado pelo governo contra o povo brasileiro. Eles seguravam cartazes exigindo que Bolsonaro fosse destituído do cargo enquanto cantavam e tocavam tambores.

Embora os organizadores tenham prometido as maiores manifestações até então em mais de 300 cidades, os encontros no Rio de Janeiro e em Brasília na manhã de sábado não pareceram ser maiores do que os últimos grandes protestos em 29 de maio.

Os protestos em São Paulo, a maior cidade do Brasil, estavam programados para começar à tarde.

Um comitê especial do Senado está investigando a resposta à pandemia do governo Bolsonaro, destacando os esforços atrasados ​​do governo para adquirir vacinas, ao mesmo tempo que prioriza tratamentos não comprovados para COVID-19.