Afastamento de Kassab é sinal evidente de que Bolsonaro está à beira do abismo. Por José Cássio
De todos os sinais de que Bolsonaro está à beira do abismo nenhum é tão consistente quanto a virada de costas que tomou de Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e dono do PSD.
Kassab enfim se manifestou sobre o envolvimento do capitão na compra fraudulenta das vacinas Covaxin. Defendeu rígida apuração e de quebra criticou a postura do genocida na pandemia.
“Tenho dito sempre que a postura das pessoas que estão no governo na pandemia é equivocada, por não defender medidas como o uso de máscara e toda a demora na questão das vacinas. O PSD continua com sua postura”, disse.
O PSD é um dos partidos da base de apoio de Bolsonaro no Congresso.
Isso, porém, não impediu Kassab de se somar a outros presidentes de siglas de direita para ir contra o voto impresso, bandeira número 1 do mandatário.
Quando criou o PSD, Kassab disse uma frase emblemática e que justifica a angústia de Bolsonaro diante do sinal mandado pelo aliado. “Não seremos de direita, nem de esquerda nem de centro”, disse.
Para bom entendedor é evidente que a sigla é de poder, não de ideologias ou de compromisso político.
Kassab era ministro de Dilma quando organizou a tropa do PSD para votar pelo golpe contra a ex-presidente. Uma semana após Temer usurpar a presidência, lá estava ele tomando posse no ministério do golpista.
Chegou a ser nomeado secretário da Casa Civil de João Doria em São Paulo, mas teve de se licenciar por causa de problemas na Justiça.
Mira 2022 e já sentiu que apoiar Bolsonaro é furo n´água.
O capitão está cada dia mais só.
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