terça-feira, 21 de março de 2023

Vera sempre antenada com o mundo.

 

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Dois dos grandes rivais do Oriente Médio, Arábia Saudita e Irã, concordaram em restabelecer relações diplomáticas, comerciais e culturais, depois de sete anos de rompimento. As negociações tiveram a China por anfitrião. Iranianos e sauditas anunciaram o acordo nesta sexta-feira.
A notícia não poderia ser pior para Israel, que cultiva um acordo com a Arábia Saudita no contexto dos acordos de Abraham, apoiado pelos Estados Unidos. E como o Irã é seu arqui-inimigo, a aproximação, em princípio, fica mais difícil, bem como um ataque israelense às usinas nucleares iranianas. Idem para os EUA. A lei médio-oriental, pela qual "o inimigo do meu inimigo é meu amigo", não vale nada neste caso.
Os sauditas cortaram relações com o Irã depois que sua embaixada em Teerã foi invadida, em 2016, em protesto à execução de um proeminente xiita pela Arábia Saudita. Os dois países estão distantes cerca de 240 km um do outro. Na guerra do Iêmen se distanciaram mais ainda, politicamente, os sauditas apoiando uma coalizão iemenita, enquanto o Irã, os rebeldes Hutis. Resta o temor saudita pela bomba atômica iraniana.
Em dois meses, os dois ex-inimigos vão reabrir suas embaixadas em cada capital. Este deve ser apenas o início de grandes mudanças geopolíticas no Oriente Médio

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