Como não poderia deixar de acontecer, a manifestação da reserva das Forcas Armadas às declarações dos ministros Tarso Genro, da Justiça, e Paulo Vanucchi, dos Direitos Humanos, que defenderam a responsabilização criminal de agentes públicos que, na ditadura, participaram de atos de tortura, descambou para o mais puro revanchismo. E, pior, para ataques ao governo sem nenhuma base na realidade política do país e no momento histórico que estamos vivendo, fora os lugares comuns e as bravatas, como a do ex-membro do STJ e do STE, Waldemar Szeiter, que ameaçou tirar o ministro Tarso Genro do cargo e derrotar o governo nas urnas.
O general da reserva escolhido para falar em evento do Clube Militar do Rio, além das obviedades de sempre da direita militar na reserva, disse algumas barbaridades como a de que o Brasil caminha para uma Revolução do Socialismo e deu corda no factóide criado pela revista Cambio da Colômbia, e embalada por alguns setores da oposição e da mídia, sobre as relações do PT e do governo Lula com as FARCs, quando o conteúdo dos e-mails e relatórios, exatamente por isso mesmo não publicados nem pelo governo da Colômbia e nem pela revista, atestam exatamente o contrário, ou seja, o afastamento e a critica direta do PT e do governo as FARCs.
Como vemos nada de novo no front da direita militar, que não só reivindica o golpe de 64 como tem saudades do tempo da ditadura. O problema é que a roda da história não volta e quem vai decidir se os crimes de tortura estão ou não anistiados é a Justiça brasileira, como manda nossa constituição, que se imporá, com sua legitimidade e força legal, a qualquer outro poder, particularmente o militar, submetido a Constituição e a lei, como todos os outros.
Fonte:Blog do Zé Dirceu.
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