O Governo boliviano afirmou hoje que o governador do departamento (estado) de Cochabamba, o opositor Manfred Reyes Villa, quer fugir do país, o que foi negado por um porta-voz dessa autoridade.
O vice-ministro da Justiça da Bolívia, Wilfredo Chávez, disse à Agência Efe que a viagem que o governador Reyes Villa anunciou que faria à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, é para "escapar", "fugir de sua responsabilidade" e "não dar contas" de sua gestão.
No entanto, um porta-voz de Reyes Villa, que perdeu seu mandato no referendo de domingo e renunciou ao cargo, disse, em comunicado, que "o governador regional não tem uma só razão para fugir do país" e deixou seu cargo na terça-feira "por vontade própria e para pacificar sua região".
Segundo a apuração provisória da Corte Nacional Eleitoral (CNE), o mandato de Reyes Villa foi revogado por 64% dos eleitores de Cochabamba.
Para o vice-ministro da Justiça, é dever de "qualquer autoridade que deixa seu cargo entregar o escritório de maneira limpa, honesta, com as contas claras, que é o que Reyes Villa não está fazendo".
"Ele está fugindo", disse Chávez ao comparar a Reyes Villa ao ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, que em 2003 fugiu para os EUA após renunciar.
Segundo o vice-ministro, Reyes Villa anunciou que iria aos EUA denunciar à OEA a suposta ilegalidade do cancelamento de seu mandato, mas, na verdade, pretende deixar a Bolívia.
A esse respeito, o porta-voz do ex-governador disse que a intenção deste é enviar uma missão à OEA para apresentar suas denúncias, mas não deixar o país, do qual sequer saiu.
"Manfred não deixou o país nem se resignará em sua luta para fazer valer a Constituição, mas sai pelo portão principal do Governo de Cochabamba.
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