Condolezza Rice vai deslocar-se à GeórgiaEm conferência de imprensa conjunta realizada em Moscovo, os presidentes das duas repúblicas separatistas da Geórgia assumiram a sua determinação em conquistar a independência. Os líderes da Ossétia do Sul e da Abkházia tinham reunido antes com o presidente da Rússia, cujo exército criou um "tampão" em território georgiano, no acesso à Ossétia do Sul.
Após uma reunião com o presidente russo, Dmitri Medvedev, os presidentes da Ossétia do Sul e da Abkházia afirmaram a sua determinação em conseguir a independência em relação à Geórgia.
Eduard Kokoiti, presidente da Ossétia do Sul, esclareceu que "a aspiração do povo da Ossétia do Sul à independência é imutável. Temos como objectivo a independência, em conformidade com as regras do direito internacional".
Por seu lado, o presidente da Abkházia, Serguei Bagapch, garantiu que "no que toca à nossa independência, nenhuma força nos deterá. O objectivo está traçado e caminharemos juntos para esse objectivo".
Kokoiti e Bagapch fizeram estas declarações à saída de uma reunião em Moscovo com o presidente russo, que garantiu apoiar qualquer decisão que os líderes das repúblicas separatistas georgianas tomem em relação aos seus estatutos.
Apesar do cessar-fogo acordado entre a Rússia e a Geórgia, a situação está longe de se ter pacificado, com as tropas russas a instalar-se na cidade de Gori, a 30 kms da Ossétia do Sul, para criar uma zona tampão que proteja os sul-ossetas de eventuais ataques do exército da Geórgia. O governo georgiano considera esta intervenção uma violação do cessar-fogo e a Rússia comprometeu-se a abandonar o local na próxima sexta feira.
Entretanto, Condolezza Rice, em representação do governo dos Estados Unidos, irá deslocar-se à Geórgia na próxima sexta feira para assistir à retirada das tropas russas. As relações entre a Rússia e os EUA têm-se tornado mais tensas nos últimos dias, com os norte-americanos a acusar os russos de agressão à Geórgia e os russos a afirmar que os Estados Unidos apoiaram a iniciativa georgiana de atacar a Ossétia do Sul.
Por seu lado, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pediu aos seus estados-membros o envio de cem observadores internacionais para a região da Ossétia do Sul.
Fonte:Esquerda.net
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