Daniel Pinheiro
Durante a apuração da reportagem O Brasil cai na rede, publicada na edição 508 e que tenta explicar os impactos sociais e econômicos produzidos por metade da populção brasileira a navegar na internet, CartaCapital ouviu uma série de especialistas em diversas áreas relacionadas à grande rede.
Alguns desses especialistas deram pistas sobre um fenômeno interessante e bastante particular: a existência de um possível “jeito brasileiro” de se navegar pela web.
Marcelo Coutinho, diretor de análise de mercado do Ibope Inteligência, foi talvez a fonte mais enfática ao indicar uma apropriação e transformação das tecnologias disponíveis na rede por parte dos internautas brasileiros.
Para Coutinho, um estudioso das relações de interatividade entre usuários de ferramentas da chamada Web 2.0 –blogs, redes sociais, sites colaborativos, entre outros–, esse “jeito brasileiro” pode colocar o Brasil em uma posição de vanguarda em alguns aspectos da rede.
Em entrevista concedida à CartaCapital, que transcorreu em clima de conversa descontraída, Coutinho tenta explicar melhor o que significa esse fenômeno da presença maciça do brasileiro na internet.
Conceito de internauta e a possibilidade de 50% dos brasileiros estarem na rede
O que é internauta? é alguém que usa a internet uma vez a cada três meses (definição de todas as pesquisas de quantidade de usuários), uma vez na vida ou usa todo dia? Apenas 18% dos brasileiros, pela pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no fim de 2007, utilizam a internet diariamente (entre a população de maiores de 10 anos de idade).
Temos que fazer uma série de discussões para chegarmos aos tais 50% dos brasileiros usando a internet, mas já chegou a hora de pararmos de pensar a internet como um fenômeno simplesmente numérico, e começarmos a olhá-la como um fenômeno qualitativo e comportamental.
Barateamento do equipamento e fenômeno das lan houses.
Mas se seguirmos falando no fenômeno simplesmente numérico, o que ocorreu nos últimos anos que explica esse crescimento é: redução brutal do custo de acesso e redução brutal do custo do computador, estimulada pela desvalorização do dólar. Exemplo prático é o preço de um equipamento de entrada, básico em 2004, 2005, estava na faixa de 2 mil dólares. Hoje, esse mesmo equipamento custa cerca de 1.100, 1200 reais. Se esse fenômeno continuar, e o ritmo de crescimento o for mantido, é possível que atinjamos os tais 50% de acesso à internet.
Qualquer que seja o instituto que você pegue, a internet no Brasil cresce, e cresce em uma proporção impressionante. Aonde cresce o acesso? Nas lan houses, e a lan house é um fenômeno de crescimento tanto quanto é social. O acesso cresce baseado no barateamento dos custos, o que possibilitou a muitas pessoas levarem o computador para dentro de casa, mas mesmo aqueles que não conseguiram fazer isso, têm a possibilidade de usar a lan house para acessar. Não existe um estudo que determine o número de lan houses no Brasil, mas dá para afirmar, baseado em pesquisa pessoal minha que em Heliópolis (bairro da periferia de São Paulo, onde fica a maior favela da capital paulista) são 19 lan houses em 2007.
Então há essa explosão de acessos em espaços públicos, mas que são privados, muito por conta deste barateamento do equipamento. Agora esse fenômeno vai continuar assim? Depende de uma série de fatores, dos quais o mais determinante é a economia brasileira. Se ela continuar como está, se existir renda para o jovem ter o dinheiro que paga as horas usadas na lan house, ou então para os pais desses jovens investirem dinheiro em uma prestação para comprar um equipamento em parcelas, então esse crescimento explosivo continua.
O computador como eletrodoméstico.
O computador virou um eletrodoméstico. E isso por dois fatores: ele é uma alternativa de lazer muito barata e muito atraente em um país que carece de espaços públicos e gratuitos de lazer. É um clichê, mas a conta e o exemplo são verdadeiros: se você for com uma namorada, uma amiga, sair de casa, pegar um cinema e comer um lanche, vai gastar 10 reais do estacionamento, 30 dos ingressos e mais uns 40 na comida, vai gastar 80 reais para uma diversa limitada, de algumas horas. Com esse mesmo valor, você paga um mês de acesso à internet de banda larga tranquilamente.
Com esse valor, você está no mundo, inclusive se relacionando.
O segundo ponto é a questão da segurança urbana. Se eu fosse um adolescente nos anos 1970 e passasse a noite inteira na frente da televisão, me chamariam de louco, meus pais me mandariam ir para a rua, me divertir, conhecer pessoas.
Hoje em dia com todos os problemas de violência urbana, e esse é um dado que não aparece só na sociedade brasileira, está presente de maneira global, há uma tendência das pessoas se insularem, ou seja, as pessoas cada vez mais circulam dentro de espaços privados, como a casa, e nesse tipo de espaço o computador assume um papel cada vez mais central, a ponto de ficar na área nobre da casa, que é a sala, nos domicílios de menor renda.
Assim, o computador se torna um item de primeira necessidade em termos de lazer, tanto mais na periferia, onde a falta desses espaços públicos e a presença da violência urbana é ainda mais aguda.
A grande história da internet brasileira.
Então há o barateamento dos equipamentos, a ausência de espaços públicos, a falta de segurança e essa nova posição do computador na casa das pessoas e a variedade coisas que ele proporciona fazer nos leva a um novo fenômeno, que é a transformação do equipamento em uma máquina de relacionamento, de construir relacionamentos, com pessoas, com empresas, com conteúdo.
E essa é que eu acho que é a grande história da internet brasileira. Por quê? Porque em primeiro lugar o Brasil tem uma utilização de sites de comunidades, basta ver como somos líderes em uma rede social como o Orkut.
Então o brasileiro tem grande propensão a utilizar sites de comunidade. Segundo dados do Ibope NetRatings, o brasileiro passa em média cinco horas por mês em redes sociais, contra duas horas da média mundial. As pessoas investem cada vez mais nesses relacionamentos digitais –eu não gosto da palavra “virtual”, porque ela dá idéia de que é algo menor que o real, e não é esse o caso— e em especial para os jovens, esses espaços são tão importantes para construir relacionamentos como o são os espaços “reais”.
Para a “geração y”, os jovens adultos de 18 a 25 anos, o mundo digital, o relacionamento digital, é tão “real” quanto seus correspondentes no “mundo real”.
O que vemos na internet brasileira não é apenas a explosão do uso, mas um tipo de uso que é muito particular e diferente do que havia antes.
E é esse uso que nos faz parar para pensar se os tais 50% são a grande história da internet brasileira. Porque isso não é inédito, já aconteceu nos Estados Unidos e em todos países em que a internet já é um meio de comunicação de massa.
E eu acho que temos um fenômeno quantativamente igual, mas qualitativamente muito diferente. E isso tem implicações profundas na sociabilidade das pessoas, no mundo da política e também nas empresas. E isso tanto na questão da imagem das empresas e como elas se comunicam com o mundo, com a imprensa.
Na verdade, a internet no Brasil explodiu quantativamente em um período em que a própria rede estava sofrendo mudanças de paradigma. Quando a internet começou a ser explorada comercialmente, em meados dos anos 1990, ela era basicamente o modelo broadcast, uma emissão de uma revista, de um jornal, para falar diversas pessoas. E a mudança de paradigma da internet é a passagem do modelo broadcast para um modelo que eu chamo de socialcast.
O que é o paradigma do socialcast? É a interação de conteúdos, são os 11% de internautas postando comentários em notícias que estão na pesquisa Datafolha/F/Nazca, que eram apenas 3% em 2007.
No Brasil começa a se desenhar a possibilidade de consolidação de um novo modelo de internet, não é o caso de liderar a onda, porque não temos o domínio da tecnologia, mas temos a apropriação social das tecnologias, e isso chama a atenção de empresas no mundo inteiro.
Um exemplo dessa apropriação é o que sofreu a Volkswagem aqui no Brasil (com o caso do banco rebatível do Fox, que poderia provocar cortes graves nas mãos de quem o operasse). Digite “Fox o carro assassino” no YouTube e veja o que há? Uma reunião de comerciais de televisão, reportagens, pronunciamentos de porta-vozes da empresa, esculhambando a Volkswagen. E são 500 mil visualizações, em uma montagem que juntou todas as propagandas e os investimentos em marketing da montadora de milhões e milhões de reais, que acabam todos publicados na rede, combinados em uma máquina com programas gratuitos e que não custou mais do que, digamos, dois mil reais.
Esse é o fenômeno socialcast, que tem impactos sociais, comportamentais, mas principalmente, e isso é que acaba fazendo a diferença, econômicos. Pesa no bolso da gigante a iniciativa do pequeno.
Senso de comunidade e herança da “latinidade”.
E aí começamos a entrar novamente na questão das comunidades, e para exemplificar isso, esse senso de comunidade do internauta brasileiro, mais uma vez apelo para uma pesquisa do Ibope/NetRatings, divulgada em janeiro de 2008 e que trata da porcentagem de usuários residenciais que participam de sites de comunidades, e o Brasil é o líder, com 78,4%.
E tirando o Japão, que é a exceção que confirma a regra e tem 73,7% na segunda posição, são países latinos que completam os cinco primeiros, pela ordem: França (62,9%), Itália (62,7%) e Espanha (59,9%).
E os países anglo-saxões estão na parte de baixo da tabela: Reino Unido (57,7%), Estados Unidos (57,3%), Austrália (53,2%), Suíça (38,9%) e Alemanha (35%).
Perceba como essa informação é peculiar: estamos falando da vanguarda da internet, o uso de redes sociais, um baluarte da chamada Web 2.0 e acabamos reproduzindo um estereótipo velhíssimo, o da sociabilidade dos latinos, aquela coisa gregária, de aproximação, de menos formalidade, oposto à suposta frieza dos anglo-saxões. Estamos reproduzindo no século XXI um conceito que vem de centenas de anos.
Por isso que eu te digo que temos aqui um modelo peculiar de usar a internet, que confirma esse mito da sociabilidade latina. Não é o caso de se empolgar com essa herança histórica, já que existem outras variáveis muito importantes para a criação deste que pode ser um jeito brasileiro de usar a internet, como o barateamento dos equipamentos, a questão da violência urbana. Mas é inegável que todos esses fatores estão construindo um jeito brasileiro de acessar a internet, e que já está chamando a atenção de outros países.
A tecnologia como arma.
É fácil medir o impacto desse jeito comunitário do brasileiro usar a internet e suas ferramentas, de aproveitar o tal do mashup –que é a combinação de diversas fontes de informação para recriar um conteúdo, como no exemplo do Fox. Vejamos o caso do Ronaldo Fenômeno. Bastou um travesti equipado de um telefone celular fazer um pequeno vídeo com o Ronaldo na frente do motel e subir para o YouTube que passou a ser muito visualizado. Ótimo, já seria um exemplo emblemático, mas vamos além.
A Rede Bandeirantes pega estas imagens que estão no YouTube e as exibe em sua reportagem colocando o crédito lá no gerador de caracteres: “Conteúdo retirado do YouTube”. Quer dizer, uma empresa de comunicação de grande porte, com orçamento de milhões e mais milhões de reais para o seu jornalismo acaba tendo que apelar para o material produzido por um celular que custou, não sei, 300 ou 400 reais?
Pára por aí? Não, não pára. Porque alguém gravou essa reportagem da Bandeirantes para o meio digital e fez o quê? Jogou no YouTube novamente! E essa reportagem da tevê, que teve de valer-se de conteúdo produzido pelo travesti que estava lá no momento crucial da história, foi parar lá no YouTube, apropriada por um outro internauta. E esse vídeo teve mais de 400 mil visualizações. Dá para afirmar que são mais de 400 mil pessoas que o assistiram? Não, mas dá para afirmar que não é muito menos que isso.
E é o que me faz afirmar que essa maneira comunitária, colaborativa do brasileiro de usar a rede é a “grande história” da internet no País. Mais uma vez: quantativamente, o fenômeno é impressionante, mas é no qualitativo que ele pode fazer a diferença.
Outra lição fundamental que esse episódio dá para políticos, para o mundo dos negócios, para empresas de notícias: o celular virou uma arma.
Começo do fim da “era dos discursos” e a mudança do “líder de opinião”
Nós estamos vendo o começo do fim da era dos discursos, e isso passa muito pelo o que fazem atualmente na imprensa de “papel”. Eu, como professor na pós-gradução, também sofro com isso, venho com uma aula preparada, com um discurso preparado, para transmitir aos alunos. Isso daria certo 5, 10 anos atrás.
Hoje em dia, eu começo a falar sobre um assunto, apresento dados e os alunos começam a me confrontar, “não é bem assim professor, esses dados que você está citando foram atualizados ontem, eu li em um blog, e os seus já não fazem sentido”.
Neste exato momento, o poder econômico, o poder intelectual, o poder da imprensa tradicional, estão em cheque com a Web 2.0. Se essa revolução que alguns chamam de sociedade informacional vai abalar mesmo essas instituições tradicionais, eu não sei te responder, ainda estamos no campo das hipóteses.
Quanto à questão específica da imprensa, dessa discussão sobre o fim do papel, do suporte físico, eu acredito que isso não vai acontecer tão cedo, e talvez nunca aconteça.
O que eu tenho mais certeza que está mais perto do fim é o atual modelo das publicações de papel, que dependem desse formato “imobiliário”, de venda de espaços publicitários –você já parou para pensar que é isso que jornais e revistas fazem, vender quadradinhos do seu “latifúndio”?
Outra discussão que a Web 2.0 traz é a questão de medir qual é a relevância de um determinado site na internet, seja ele um portal de notícias, um blog, um perfil em uma rede social. Não adianta, a audiência já ficou para trás, ela não é mais tão relevante assim, é querer medir o novo com a régua antiga, da publicidade massificada, de quantidade.
É muito mais importante medir a influência que tem uma determinada notícia, um determinado post, uma determinada comunidade em uma rede social. Na minha opinião, é muito mais significativo ver o numero de replies, de quantas vezes este conteúdo foi reproduzido em outros sites, em outros blogs, em outras comunidades.
Em quem você acreditaria mais na hora de pedir informação para, por exemplo, comprar um carro? No seu amigo que é completamente fanático por carros, que lê tudo sobre o assunto, compra todas as revistas, consulta várias fontes ou na propaganda que você viu no caderno de classificados? Eu vou ouvir o meu amigo. Acho que muita gente fará o mesmo. E se calhar desse seu amigo ter um blog, onde ele fala sobre esse assunto? Você vai desconsiderá-lo por ser um “blog”? Não acredito.
Vamos mais além ainda: e se ele for um amigo que você só conhece por meio digital? Vai dar menos valor à opinião dele? Mais uma vez, eu não daria menos valor. E é aí que o tema se interliga novamente, voltamos à história de sociabilidade de construir relacionamentos digitais que tem o mesmo peso que os “reais”.
E aí tocamos em outra questão que tangencia as mudanças da Web 2.0: o líder de opinião terá outro perfil.
No modelo antigo, o modelo de líder de opinião era o que eu sou para você hoje nesta entrevista. Você me procurou porque sabe que trabalho em uma empresa grande, tenho exposição na mídia, estudei sobre o assunto que você quer falar, você me reconhece como uma referência. E veja, no mundo analógico, era a tendência que esse líder fosse uma pessoa com todas essas referências, porque era caro ter a opinião de um outro “especialista”.
Você teria que se deslocar para falar com essa pessoa, você teria que procurá-la, ver se ela existia. Teria que pagar o custo de se alimentar de informação relevante, seja em jornal, revista, congressos, cursos, o que seja.
Agora não. Agora o seu amigo, aquele que sabe tudo de carros, tem milhares de fontes digitais e gratuitas para se informar. E se ele souber processar essas toneladas de informação e oferecer para os outros uma opinião relevante e jogar isso na internet, ele se tornará um líder de opinião, muito mais próximos para milhões de pessoas do que, por exemplo, eu para você nesta entrevista.
Impactos reais da maneira brasileira de usar a rede na economia.
Eu não vejo essa maneira brasileira, colaborativa, conseguir mudar a economia em um curto prazo. Aliás, as próprias matérias que lemos em revistas de economia, de economistas respeitados, pode-se ver que a vocação do nosso País ser é um grande produtor de commodities.
Agora, a gente pode, claramente, ter alguns ganhos em outros setores de uma forma surpreendente. Você ver que a economia brasileira em dez anos, em quinze anos, será uma economia tecnologizada, que o setor informacional vai ter na economia brasileira a importância que tem, por exemplo, na economia da Califórnia? Isso não.
Repito: a grande vocação do País é para commodities, beneficiamento de commodities e algumas ilhas de excelência, Embraer, equipamento de perfuração de poço de petróleo em profundidade, etc. e tal. Sem dúvida, teremos ilhas de excelência em internet, internet 2.0, software... Já temos isso. Agora, que isso vá transformar a economia brasileira? Não vejo isso acontecendo num espaço de pelo menos uma ou duas décadas. Não vejo isso acontecer. Acho que podemos ter aqui centros de excelência de produção de games, coisas localizadas.
Você pode ter essa evolução localizada, em alguns pólos muito específicos, no eixo Campinas–São Paulo, alguma coisa assim. Não na economia como um todo.
O peso do investimento que o governo terá que fazer na educação.
O governo tem que investir na educação tecnológica, é claro, isso é possível, deve ser feito até para manter o status quo.
Claro que não seremos vanguarda, não há condições pra isso, não conseguiremos, no estado que estamos, avançar mais que os demais países, mas pelo menos este investimento daria capacidade da gente se manter pari passo com eles.
Há um comparativo falso que as pessoas fazem quando se fala sobre educação. Todo mundo fala: “a Coréia fez uma evolução na educação”. Mas a Coréia tem quantos habitantes, qual o tamanho do País? Você estende 400 km de fibra ótica e conectou a Coréia inteira. E aqui, se você estender 400 km de fio vai conectar o que a quê?
Um nível de investimento desse tipo não acontece de uma hora para a outra, ainda mais em um país com as dimensões e a quantidade de habitantes do Brasil. E há um princípio básico: quanto maior a inércia, ou seja, quanto maior a massa que você vem carregando, mais difícil de uma mudança acontecer.
Benefícios no uso predominantemente recreacional que os jovens fazem.
Há muitos benefícios, claro, sem dúvida nenhuma. Até no uso 100% recreacional. O carinha que vai fazer seu perfil no Orkut, depois joga Counter Strike e passa a tarde toda “zoando” no MSN. Essas possibilidades todas de “zoar” dão a essas pessoas a chance de entrar em contato com outros modos de vida e outras formas de conhecimento que elas jamais teriam fora desse espaço.
Mas se você falasse para mim: “ah, vamos tirar as crianças das lan houses e colocá-las numa escola modelo com oito horas por dia”. Aí sim, vamos tirar da lan house no mesmo momento. Mas para colocá-las onde? Na frente da TV? Não vejo vantagem.
Fonte:Revista Carta Capital.
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