quarta-feira, 24 de junho de 2009

REUNIÃO DO G 8 QUE OCORRERÁ NA ITÁLIA NO PRÓXIMO DIA 10 DE JULHO.

G-8, a estratégia dos antiglobalização: passeatas, blitz e ações de distúrbio.

A marcha do comitê "No global contro il G8" partirá da estação de Paganica. A manifestação de protesto ocorrerá em Aquila, na Itália, no dia 10 de julho. Chegará aos lugares símbolo do terremoto. Passará próximo das tendas de Onna, Tempera, San Gregorio, Sant’Elia, para continuar rumo a Bazzano, ao lado do primeiro canteiro do "plano de reconstrução" desejado pelo governo, para encerrar na entrada do centro histórico. E não se exclui a possibilidade de que expoentes do "Block G8 2009", provenientes de diversas partes da Europa, também participem da manifestação aquilana .

A reportagem é de Giuseppe Caporale, publicada no jornal La Repubblica, 22-06-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Isso foi decidido neste domingo durante a assembleia nacional da Rede dos Comitês "NoG8" que se realizou em Aquila. Mas a "zona vermelha" (a área colocada em defesa das cúpulas internacional) não será violada – pelo menos no que foi decidido neste domingo –, também porque não será apenas a cidade que sofreu o terremoto a protagonista dos "três dias de ira" da rede internacional anti-G8. A mobilização será difundida em todo o território italiano e começará no dia 04 de julho, em Vicenza, em solidariedade com o comitê "No Dal Molin" e contra a base norte-americana. Na noite do dia 06 de julho, às 3h32 (a mesma hora do abalo que martirizou parte de Abruzzo) ocorrerá uma procissão com velas em memória às vítimas do terremoto.

No dia 07 de julho, pelo contrário, um "comitê de acolhida" esperará os grandes da Terra nos aeroportos de Roma. E aqui talvez esteja o risco dos maiores momentos de tensão. A seguir, no dia 08 e 09 de julho, serão organizadas ações de distúrbio e fóruns disseminados no território nacional e de Abruzzo. Por fim, no dia 10 de julho, ocorrerá a manifestação conclusiva, onde participarão quase todos os comitês da rede "NoG8". Nesse evento, não estarão presentes alguns movimentos aquilanos. No domingo, durante a assembleia, a discussão sobre a oportunidade da marcha animou-se até chegar a momento de tensão. Contrários, alguns comitês de Abruzzo e sobretudo o movimento 3e32, promotor da ação de protesto em Roma (na frente do Montecitorio), contra o decreto do governo para a reconstrução.

"Uma manifestação nacional maciça contra o G8 em Aquila corre o risco de ser instrumentalizada por quem quer impedir as razões justas de protestos das vítimas do terremoto – explica Mattia Lolli, do movimento 3e32. Não aderiremos, mas respeitamos a vontade dos outros comitês, que pretendem levar adiante batalhas justas que estão na base do 'No al G8'".

De sinal oposto foi a réplica dos comitês (entre os quais Rete Campana, Cobas, Socialismo Rivoluzionario, Patto di Base, Medicina Democratica, Presidio Italiano, Rete dei Comunisti, Unione Universitari, Avvocati Democratici). "Não devemos cair na armadilha de não protestar contra essas cúpulas só porque se realiza em Áquila – explica Vincenzo Miliucci, dos Cobas. Devemos somar as razões das vítimas do terremoto com o direito de manifestar contra os poucos que decidem sobre as nossas cabeças e sobre a nossa pele. Uma manifestação unitária final é necessária e basilar".
Fonte:IHU

Nenhum comentário: