sábado, 14 de outubro de 2017

MÍDIA - A censura aos sites de esquerda, em nome de uma luta contra o terrorismo.

GIFCT. Como está sendo posta em prática no mundo uma censura aos sites de esquerda, em nome de uma luta contra o terrorismo e as fake news



Dando sequência à postagem de ontem (Tijolaço, Cafezinho, Blog da Cidadania, a comunicação alternativa censurada e sob ataque no Facebook), mais informação sobre como foi organizado, por quem e como está sendo posta em prática no mundo uma censura ou mesmo bloqueio aos sites de esquerda, em nome de uma luta contra o terrorismo e as fake news, que também vigora no Brasil e vai se intensificar cada vez mais. 

Esta publicação é do World Socialist Web Site (WSWS), um dos mais importantes sites de esquerda socialista do mundo, e pode ser lida na íntegra em espanhol aqui.


O World Socialist Web Site lançou uma campanha [o link para assiná-la está na imagem ao final da postagem] contra a censura corporativa e estatal da Internet desde que o Google anunciou que mudaria seus algoritmos de pesquisa em abril deste ano em nome do combate a "fake news". O resultado dessa medida foi uma queda nas visitas a grandes sites progressistas, antiguerra e socialistas. O WSWS foi o mais fortemente atingido, perdendo mais de dois terços do seu tráfego do Google.

No entanto, a censura da internet vai além do Google. Recentemente, uma série de anúncios do Facebook e outras plataformas indicam que praticamente todas as principais empresas de tecnologia do mundo estão colaborando com os governos em um esforço coordenado para suprimir a liberdade de expressão na Internet.


(...) Em outras palavras, como o Google, o Facebook não vai oferecer mais uma plataforma ostensivamente imparcial para conectar pessoas e informações, mas atuará como um guardião, julgando a "qualidade" das informações e decidindo quais ideias estarão disponíveis e quais não a seus usuários.

Mas mesmo essas medidas parecem não ser suficientes. Em 1 de agosto, Facebook, Microsoft, Twitter, YouTube (de propriedade do Google) e Snapchat se reuniram no Global Internet Forum for Counter Terrorism (GIFCT). Usando o espantalho das "fake news", as empresas se propuseram a derrotar "terroristas e extremistas violentos". A Secretária do Interior do Reino Unido Amber Rudd e a Secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos em exercício Elaine Duke estavam lá.
 


O anúncio da formação do GIFCT em 26 de junho estabelece sem rodeios os laços de cadeia do programa com os governos imperialistas, citando a participação da União Européia, do Reino Unido, "outros governos", o G-7, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, a Liga Anti-Difamação, juntamente com "especialistas antiterroristas", "acadêmicos e outras empresas".

Um dos principais projetos do GIFCT é a criação de um banco de dados industrial, compartilhado e arquivado entre os membros. Através desta ferramenta, o conteúdo que uma empresa marque como "terrorista", "extremista violento" ou outra denominação, será automaticamente censurado pelo resto.
 


(...) Tendo em vista que a ofensiva do Google contra "fake news" tem sites antiguerra e socialistas na lista negra, não pode haver dúvida sobre o verdadeiro alvo de tal censura de "extremistas". 

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