Se pobres soubessem que ricos apoiam Bolsonaro pra tirar seus direitos jamais votariam nele, diz geógrafo abrindo debate em rede social
26/09/2021Ato pró-Bolsonaro em São Paulo, no ano de 2018 | @picturealliance NurPhoto C. Faga | 42 brasileiros ficaram bilionários no Governo Bolsonaro, enquanto “2 milhões de famílias foram para a extrema pobreza”, afirmou Pedro Ronchi no Twitter
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
Pedro Ronchi acrescentou que o presidente “tira direitos trabalhistas para manter os privilégios dos ricos” e desencadeou argumentações óbvias para alguns, mas em outros gerou comentários que demonstram uma ‘descoberta’, como se acordassem do efeito de um longo feitiço provocado pelas fake news disseminadas na campanha de 2018
“Se os pobres tivessem noção que os ricos apoiam Bolsonaro porque ele tira direitos trabalhistas para manter os privilégios dos ricos jamais votariam nele”, afirmou o geógrafo Pedro Ronchi, em seu perfil social no Twitter, na noite deste domingo (26). O tuíte de Ronchi desencadeou argumentações óbvias, mas também gerou comentários que demonstraram ‘descoberta’ sobre o tema, como as fake news disseminadas na campanha de 2018 estivessem perdendo finalmente o efeito que induziu milhões de brasileiros ao pior erro eleitoral de suas vidas.
O geógrafo é defensor de ideias como “nem todas as pessoas que apoiam Bolsonaro são ignorantes, mas com certeza só ignorantes apoiam Bolsonaro”, além de estar informado sobre os 42 brasileiros que ficaram bilionários em seu governo, enquanto “2 milhões de famílias foram para a extrema pobreza”.
Para Ronchi, “nenhum governo fez tanto pela família como Bolsonaro fez pela família dele”. Nestes mil dias contabilizados na data deste domingo (26), o geógrafo diz que só os filhos do presidente “melhoraram de vida” e “passaram para a extrema riqueza comprando mansões”. O geógrafo também evidencia que “o Brasil foi tirado da pobreza e jogado na miséria”.
Ao argumentar sobre o apoio da elite a Bolsonaro, Ronchi teve respostas como a da professora Rocol, que disse que o “pobre de direita não tem noção de nada” e “devem ser aqueles que saíram da pobreza e alçaram a média e agora pensam que estão de igual para igual com a podre elite brasileira”.
Para o declarado progressista Maicon, o protagonista do tuíte de Pedro Ronchi é o “típico cidadão que teve aumento do salário e bens materiais durante o governo Lula e agora anda de HB20 com bandeirinha do Brasil na porta do carro”.
A advogada Patrícia Caldieraro tem outra impressão. Ela afirma que “eles votam na direita porque acham que quem vota na esquerda é pobre. O complexo de inferioridade desses eleitores é tanto que eles se sentem no mesmo patamar dos que pisam neles diuturnamente”.
Para um engenheiro sob o perfil Educação pelo Futuro, “não é tão simples assim”. Ele diz que “muito pobre classe média baixa apoia o Bolsonaro exatamente” porque “no tempo do Lula teve direito demais, ajuda demais, muito gasto com os pobres. Eles apoiam a retirada de direito porque juram que não os atinge”.
Estevam Sampaio Rebouças é categórico ao afirmar que “um povo ignorante é um instrumento cego de sua própria destruição. Independe se sua condição sócio econômica”.
A esquerdista Sandra Luz da Silva disse que, “infelizmente, a maioria, além da pobreza material, também é pobre de conhecimento e cultura e para os políticos é bom que o povo não tenha estudos para ser massa de manobra”.
O perfil Croismo, que se define como ativista “pela união das esquerdas e dos movimentos sociais e sindicais para lutar por distribuição de renda, reforma agrária, saúde e educação públicas, bem como igualdade racial, afirma que “além de tirar direitos trabalhistas e previdenciários Bolsonaro tirou o pobre do orçamento de uma forma que nunca se viu”.
O mestrando em ciências jurídico-políticas, Nilton Possati, opina que “muito pobre acha que não é pobre” e que além disso “alguns sabem que são”, mas “apoiam Bolsonaro para fingir que não são”. Para ele isso é “uma mistura de ignorância (falta de cultura) com mal caratismo”.
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