domingo, 15 de maio de 2022

O irmão perdido dos Weintraub.

 


Sachsida o irmão perdido dos Weintraub, por Luis Nassif

Seria cansativo relacionar as asneiras verbais e econômicas de Sachsida. A começar da sua intenção de separar o PIB privado e o público

Há muitas versões sobre a saída do Almirante Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia – e a entrega da pasta a Adolfo Sachsida, o irmão perdido dos Weintraub.

Seria cansativo relacionar as asneiras verbais e econômicas de Sachsida. A começar da sua intenção de separar o PIB privado e o público, que foi motivo de zombaria generalizada dos economistas.

Fontes ligadas a Bento Albuquerque acompanharam seu trabalho no Prosub – o projeto de submarino nuclear brasileiro -, e atestam sua ampla idoneidade. Sua postura, de defesa da política de preços da Petrobras, prende-se muito mais a uma supina ignorância sobre o papel da empresa e dos combustíveis na segurança nacional.

Os conflitos com Guedes, Bolsonaro e seus generais, prendem-se à resistência de Bento Albuquerque a dois projetos de negociata em andamento.

A primeira, a tentativa de privatizar a Petrobras, uma tolice anunciada no primeiro dia por Adolfo “Weintraub” Sachsida. A segunda, a tentativa de financiar os gasodutos de Carlos Suarez com emendas parlamentares.

Aliás, é impressionante como economistas sérios e cegos no campo liberal, que ganharam destaque como templários do liberalismo, entraram em tal grau de desespero com a falência de seu projeto, a ponto de tratar Bolsonaro como liberal. Não é aqui, nem em Lisboa nem na Palestina. É milicianismo puro.

A grande questão é que o desmonte liberal iniciado com o Ponte Para o Futuro foi um desastre completo – e não ser para os beneficiários da queima de estatais. Interrompeu-se a construção de refinarias, que poderiam assegurar as autossuficiência brasileira. A privatização de refinarias da Petrobras tornou-as monopólios privados, muito mais danosos que públicos. E venderam o peixe da competição, mentiram, quando se sabe que cada refinaria tem o monopólio na região em que atua.

Foram negócios, só negócios. Como o caso da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, vendida para um sheik árabe que se aproximou dos Bolsonaro através de um dos Gracie, do jiu-jítsu.

Roberto Campos e Octávio Gouvêa de Bulhões defendiam o liberalismo, mas entendiam o funcionamento da economia e eram suficientemente responsáveis para permitir queima de ativos que afetassem o funcionamento da economia.

Os liberais da era Temer-Bolsonaro, não. Ou são cúmplices das negociatas ou cegos pela ideologia, a ponto de não entender que um desmonte do Estado, sem ter um modelo alternativo, não é opção para nenhum liberal informado.

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