domingo, 21 de dezembro de 2008

IRAQUE - Rejeitada lei para legalizar presença de tropas estrangeiras.

O parlamento iraquiano rejeitou um projecto de lei que permitiria legalizar a presença de tropas estrangeiras depois de 31 de Dezembro. Os deputados alegaram que a permanência de tropas estrangeiras não deveria ser assente em lei, mas ser resolvida por acordo, como o que existe com os EUA.
Entretanto, em Bagdad foram libertados 35 oficiais e funcionários superiores que tinham sido detidos sob a acusação de quererem reconstituir o Partido Baas.

O projecto de lei rejeitado pelo parlamento iraquiano afectaria as tropas britânicas, australianas e, com contingentes menores, as da Roménia, da Estónia, de El Salvador e da NATO.

O projecto tinha sido proposto pelo primeiro-ministro Nouri al Maliki e previa a permanência das tropas estrangeiras até final de Julho de 2009, foi rejeitado neste Sábado em votação oral, já tinha sido recusado no início da semana e voltará a debate na próxima semana.

Nassir al Issawi, deputado ligado a Moqtada al Sadr, declarou: "Nós acreditamos que as tropas britânicas e outras forças deveriam fazer as malas". Hussein al Falluji, um parlamentar sunita, considerou que "isto deveria ser arranjado, acordado pelas leis internacionais, em tratados e acordos" e não por meio de um projecto de lei.

O acordo de segurança assinado entre o Iraque e os EUA permite que as tropas norte-americanas fiquem no Iraque até 2012. O prazo contraria a promessa de campanha de Barack Obama de retirar os americanos em 16 meses.

Entretanto, o ministro do Interior do Iraque, Yawad al Boloni, anunciou a libertação dos 35 oficiais superiores da polícia e funcionários do seu ministério, recentemente detidos sob acusação de pretenderem reconstituir o Partido Baas. Bolani disse que as prisões tinham sido feitas por forças de segurança que tinham a informação que os funcionários presos "planeavam uma acção violenta contra o edifício" do ministério e que foram libertados depois de se ter concluído que as informações não eram correctas. Bolani negou também que a detenção estivesse relacionada com uma tentativa de golpe de Estado, como havia sido noticiado internacionalmente.

O ministro do Interior do Iraque acusou ainda "elementos" (sem especificar) de dentro e de fora do país de terem inventado as informações para desestabilizar o país. No Iraque correm rumores sobre possíveis conspirações e surgimento de novas alianças políticas a um mês de eleições regionais, consideradas importantes para a evolução política do Iraque.
Fonte:Esquerda.net.

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