Quem diria hein? Um simples blog, montado numa plataforma aberta como o WordPress, sem gasto nenhum para o erário, conseguiu implodir o jornalismo conservador e apático do país com uma simples ação: divulgar as perguntas dos jornalistas e as respostas imediatamente logo que são enviadas para o remetente.
O blog da Petrobras acabou com o jornalismo de caserna, aquele que se aproveita da estrutura pública, recebendo milhões em publicidade das estatais, para agir em conjunto com políticos de meia pataca do DEM e PSDB que decidem fazer da imprensa brasileira sua house organ de informação. Lembrem-se: recentemente publicaram um grampo “escandaloso” sem áudio para comprovar.
Perdidos, sem modelo de negócios para seus jornais que em breve deixarão de circular, os donos da mídia no Brasil insistem na arrogância de não observar que o mundo mudou e as informações tendem à mão dupla, matando, enfim, o jornalismo da década de 50.
Mais do que isso, o público quer e busca a fonte original da informação, sem necessitar mais da interpretação de alguns que se escondem por trás de diplomas corporativistas para indicar e opinar qual será o futuro da nação, sem ouvir os 180 milhões de interessados.
Termina assim uma parte da era do “eu digo vocês ouvem”, vital para o funcionamento da imprensa no mundo nos últimos 70 anos, que impunha sua circulação como única fonte de informação. A rede é cíclica e a discussão é constante. Não adianta a defesa patética de que existem muito veículos, portanto existe diversidade, se todos pensam e agem de acordo com um extrato social da sociedade, achatando cada vez mais quem deseja ter voz.
O blog da Petrobras quebrou o ciclo e em breve diversos outros órgãos públicos terão canais semelhantes de comunicação direta, pura, com fatos e dados.
Importante: não basta somente que os órgãos públicos façam isso. ONGs, empresas, OCIPS, instituições, todas tem o direito de repetir a mesma prática, de divulgar suas informações na íntegra, antes das interpretações ruins ganharem as ruas. Todos tem o direito de se antecipar ao estrago iminente. É o direito, e, antes de tudo, de informar claramente.
Comunicação não é prerrogativa de alguns.
Fonte:Nas Retinas
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